sábado, 29 de maio de 2010

CASCATA

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Depois do fragor da cascata
As águas amansavam, doridas
E adormeciam na serenidade da várzea.
Assim eras tu, à tardinha
Quando chegavas do calor da refrega
E procuravas a brisa fresca
Nas tranquilas velas do meu peito.
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31 comentários:

  1. "...e procuravas a brisa fresca do meu peito!"
    bonito pelo inusitado...porque o peito também pode ser um ninho quente.

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  2. Em@,
    O sentido é o mesmo, mas depois do "calor da refrega" sabe melhor a brisa fresca.

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  3. UMA ODE À MULHER...UMA ODE À NATUREZA...LINDO!!!DELICIOSO...BEBÍVEL

    GOSTEI MUITO

    ABRAÇO

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  4. VIM DIZER QUE APRECIO MUITO OS TEUS COMENTÁRIOS...

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  5. É romântico e ecológico mas, é mais do que isso. É esperança, é prospectiva. Depois da tempestade vem sempre a bonança. E não há melhor sensação do que o alívio da tormenta, da azáfama, da incerteza e da angústia.
    Um peito, um ombro, um colo, são sempre sinónimos de conforto, de segurança, de tranquilidade, de prazer inefável. Por isso é tão bonito lembrar, nesta tertúlia, que nada é tão sensacional como "o descanso do guerreiro". O remanso das águas calmas que se seguem às cascatas embravecidas.
    Parabéns pela sensibilidade e pela mensagem.
    Abraço
    Caldeira

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  6. Pedrasnuas,
    Obrigado. Também gosto da convicção dos teus comentários.

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  7. Zé Caldeira,
    Sempre atento, perspicaz, e com uma leitura convincente.
    Abraço.

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  8. Um lindo e romântico poema dentro de uma bela prosa. A procura de um colo que nos dê abrigo é constante. Mesmo que seja em sonhos...
    Parabéns pelo seu talento!

    Um abraço.

    E.T. Obrigada pelo apoio dado.Volte quando puder. Gostei muito do seu blog, já sou sua seguidora.

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  9. Zé,
    É sempre um prazer ler os seus comentários. Enriqueço muito com a sua lucidez.

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  10. Tive sede e bebi a frescura do teu poema...
    Senti calor e mergulhei bem fundo nas tuas palavras... Depois, adormeci por aí:

    Banhadas no calor do fresco verde
    As águas, lágrimas de riso ou gritos de dor,
    Encharcaram o leito da Natura.
    No desafio da queda abrupta
    As águas, lágrimas de riso ou gritos de dor,
    Venceram, purificando-se,
    No adivinhar de um renovado
    Respirar em azul turquesa.

    Incendiadas no calor do fresco violeta
    As chamas, fogo de ternura ou gritos de dor,
    Invadiram o seu coração.
    E num duelo sufocante
    As chamas, fogo de ternura ou gritos de dor,
    Conquistaram-se, refrescando-se,
    No sopro de um sereno
    (A)mar em ondular vermelho.

    Acordei...:)
    É realmente bela a forma como refrescas e aconchegas cada palavra!

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  11. Lau Milesi,
    Obrigado pela visita.
    Gostei do seu blogue e vou continuar a acompanhá-lo.

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  12. JB,
    Fico sensibilizado por motivar tanta inspiração. É um prazer ler os teus comentários.

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  13. Gosto quando escreves com serenidade e não preciso ficar a pensar, a pensar, como às vezes fazes com poemas cheios de várias interpretações. :)
    Estou a brincar, mas gosto mesmo deste tipo de poesia. As palavras até parece que deslizam.
    Abraço

    Olha lá, já por aí há cerejas?

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  14. Do melhor que escreveu até hoje.Estrutura comparativa literariamente muito bem conseguida, expressando um lirismo amoroso irrepreensível.

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  15. b,
    Bem-vinda a este espaço.
    Ainda bem que gostou.

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  16. Ibel,
    Sabe como a sua opinião é importante para mim. Obrigado.

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  17. Jorge,
    Já há muita cereja por aqui. E saborosas!
    Aparece!

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  18. Gosto do toque romantico.
    Deixo um abraço

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  19. Tão serenamente bonito .
    Há lá coisa melhor que um peito , para apaziguar um cansaço , tanto fisico como psíquico ?

    Um beijo ,
    Maria

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  20. Maria,
    Sempre serena nas palavras...

    Beijo.

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  21. Poema que tem cor, movimento, frescura e ternura!

    Abraço

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  22. Rosa dos Ventos,
    Também o seu comentário tem ternura.

    Abraço.

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  23. JB,
    Bem digo eu que estamos perante a melhor tertúlia intelectual do nosso Meio.
    Que poema lindissimo. que mensagem tão subtil e tão profunda. Que uso maravilhoso da metáfora (constante) para enriquecimento da ideia. O sentido do, aparente, contraditório das palavras, que nos enche a Alma das coisas boas da Vida.
    O Agostinho tem o condão de aglutinar, em seu redor, gente que pensa, que comunica, que discute, com profundidade as coisas sérias sem as levar muito a sério.
    Como eu aprendo convosco. Com todos. Como fico feliz por ser vosso cúmplice e, quiçá, vosso amigo. Porque tanta simbiose só será possível quando há uma grande dose de entrega às ideias e ideias dos outros e, isto é amizade, é amor puro e singelo.
    Abraço fraterno.
    Caldeira

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  24. zé,
    Não posso deixar de dizer que as suas palavras encheram realmente a minha alma. Obrigada.
    Gostava ainda de dizer que este é realmente um espaço além ideias, além palavras, além texto... Todo ele se veste de um profundo sentir cuja fonte é, sem dúvida, a escrita do Agostinho. É, tal como diz o Zé Caldeira, um privilégio fazer parte deste "interior".

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  25. Um poema singelo, como singelo é sempre o peito que acolhe e protege.

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  26. É muito bom, sabe muito bem, depois de uma atribulação (inc. refrega...)poder contar com um ombro, ou peito, amigo, para refrescar, descansar.
    Essa comparação com as águas da cascata é extremamente poétia.
    Parabéns, é um belo poema.

    Beijinhos

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  27. Se fosse mais perto, belo sítio para ir lanchar logo à tarde :)

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  28. Isa,
    E, para te sentires ainda melhor, de preferência com o computador atrelado, não é? :)

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