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Nascera em época de míngua, e isso moldara-lhe o ânimo.
Nunca tivera muita paciência para aturar as conversas das colegas, tinha mais que fazer que estar a falar da vida alheia. Gostava de sair, ai se gostava, mas as suas debandadas cingiam-se às compras do dia a dia. Para além disso satisfazia-se com uma passagem rápida pela pastelaria, onde uma bica bem quentinha lhe reforçava o ânimo. Às vezes concedia dois dedos de conversa à D. Fátima, que lhe contava as últimas novidades, e ala para casa, que a vida não se arranja no paleio.
Dentro de paredes era Maria quem fazia e desfazia, e o marido há muito se resignara a tal facto. Conhecia bem a determinação e a energia da mulher, e não adiantava lutar contra tais armas. No fundo admirava aquela força da natureza, que delineava o contorno das suas vidas de forma implacável.
Os filhos conheciam-lhe bem a voz de comando, e foi-os instruindo no caminho do trabalho e do esforço. O percurso deles foi-lhe mostrando que tinha razão.
Do dinheiro do orçamento familiar, rigorosamente gerido, apenas se lhe conhecia uma extravagância: comprar um livro de vez em quando. Lia-o à noite, depois da lida da casa, e o marido nem sempre entendia aquela bizarria. Era a única altura do dia em que a via longe dali, como se a sua realidade controlada, por momentos, não existisse.
Mas os anos já iam pesando, apesar de continuar mexida e desembaraçada. Com os filhos em casa própria, começou a ter mais tempo para si, e a dar largas ao seu gosto pelos livros. Lia, lia muito...
O neto começou a frequentar a casa, adoçando-lhe os dias, fazendo cócegas àquela capa de austeridade. O companheiro, porém, via-lhe nos olhos uma espécie de insatisfação. Bem tentava sondar, mas um seco "não se passa nada" cortava toda e qualquer inquirição.
Uma manhã o marido saiu cedo. Maria, habituada ao seu rosto tranquilo e resignado, notou-lhe uma determinação pouco habitual, mas encolheu os ombros. Retomou a leitura de "Veneza", de Jan Morris, e não pensou mais no assunto.
Depois do almoço, após arrumar a cozinha, voltou para a sua leitura. Ajeitou a almofada, sentou-se, e esboçou o gesto maquinal de pegar no livro. Só então reparou no invólucro, com o logotipo de uma agência de viagens, deixado em cima da capa do livro. O marido olhava, num misto de apreensão e ansiedade. Mas, quando lhe viu o brilho de satisfação ao ler a palavra Veneza, percebeu que tinha acertado em cheio.
Nunca tivera muita paciência para aturar as conversas das colegas, tinha mais que fazer que estar a falar da vida alheia. Gostava de sair, ai se gostava, mas as suas debandadas cingiam-se às compras do dia a dia. Para além disso satisfazia-se com uma passagem rápida pela pastelaria, onde uma bica bem quentinha lhe reforçava o ânimo. Às vezes concedia dois dedos de conversa à D. Fátima, que lhe contava as últimas novidades, e ala para casa, que a vida não se arranja no paleio.
Dentro de paredes era Maria quem fazia e desfazia, e o marido há muito se resignara a tal facto. Conhecia bem a determinação e a energia da mulher, e não adiantava lutar contra tais armas. No fundo admirava aquela força da natureza, que delineava o contorno das suas vidas de forma implacável.
Os filhos conheciam-lhe bem a voz de comando, e foi-os instruindo no caminho do trabalho e do esforço. O percurso deles foi-lhe mostrando que tinha razão.
Do dinheiro do orçamento familiar, rigorosamente gerido, apenas se lhe conhecia uma extravagância: comprar um livro de vez em quando. Lia-o à noite, depois da lida da casa, e o marido nem sempre entendia aquela bizarria. Era a única altura do dia em que a via longe dali, como se a sua realidade controlada, por momentos, não existisse.
Mas os anos já iam pesando, apesar de continuar mexida e desembaraçada. Com os filhos em casa própria, começou a ter mais tempo para si, e a dar largas ao seu gosto pelos livros. Lia, lia muito...
O neto começou a frequentar a casa, adoçando-lhe os dias, fazendo cócegas àquela capa de austeridade. O companheiro, porém, via-lhe nos olhos uma espécie de insatisfação. Bem tentava sondar, mas um seco "não se passa nada" cortava toda e qualquer inquirição.
Uma manhã o marido saiu cedo. Maria, habituada ao seu rosto tranquilo e resignado, notou-lhe uma determinação pouco habitual, mas encolheu os ombros. Retomou a leitura de "Veneza", de Jan Morris, e não pensou mais no assunto.
Depois do almoço, após arrumar a cozinha, voltou para a sua leitura. Ajeitou a almofada, sentou-se, e esboçou o gesto maquinal de pegar no livro. Só então reparou no invólucro, com o logotipo de uma agência de viagens, deixado em cima da capa do livro. O marido olhava, num misto de apreensão e ansiedade. Mas, quando lhe viu o brilho de satisfação ao ler a palavra Veneza, percebeu que tinha acertado em cheio.
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reedição.
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Ai AC, eu sou apaixonada por esse conto, li ele já faz um tempo e ele se encravou em minha memória afetiva!!! Ele é simplesmente lindo!!!
ResponderEliminarQuando estou entre meus livros, paquerando-os, mechendo neles e curtindo minha habitual melancolia ela é um dos personagens que me vem a mente, me recordo desse conto, dessa mulher, de sua paixão por livros, de sua determinação e me inspiro para seguir adiante!!!
Boa reedição, uma ótima forma de terminar a semana!!
Bom Fim de semana para você!!!
Ler é mesmo viajar!!!
ResponderEliminarBeijo
Olá,
ResponderEliminarMe identifiquei com a mulher do texto em parte... quanto ao amor à leitura...
É tudo de bom!!!
Os netinhos também adoçam a minha vida...
Abraços fraternos
Qdo lemos viajamos sem sair do lugar...e, nesse mundo, me perco!
ResponderEliminarPaz*
Não conheço nenhuma mulher que goste de ler:)
ResponderEliminarNão conhecia este registo teu...
Agora conheço...
(que queres que diga mais?)
Um espanto! (o conto!)
Oi AC!!!
ResponderEliminarOs livros nos dão a possibilidade de viver outras realidades...não há distinção de raças,credos,classe social,sexo...bastar soltar a imaginação e se entregar.
Te desejo Um Fim de semana Maravilhoso!!!
Um Beijo
AC
ResponderEliminarBelo texto. Adoro ler e tenho uma boa coleção de livros em casa para ler, posso viver anos e anos que não sei se chego a ler todos, mas adoro por exemplo no verão ir para a floresta com os meus cadernos para escrever e um bom livro para ler, de inverno já é mais sofá ou lareira que convida a presença de livro.
Beijo bom fim de semana
É muito bom sonhar, e entendo esse texto, são as fugas pra dentro de nós, que nos reveste de força e nos dá passo a passo a estrada que sonhamos trilhar.
ResponderEliminarabraço
AC, o conto está muito bom!
ResponderEliminarSua narrativa e sua linguagem são ótimas, é de quem tem virtuose.
Ah, uma amiga minha, Flox de Lix, pediu-me para falar com os amigos acessarem www.dominiopublico.gov.br, um site de livro gratuito que está ameaçado de sair do ar por falta de acesso.
Obrigado pela visita ao meu blog!
Abraços!
que delícia para uma sexta a noite e quente..
ResponderEliminaramo ler ,amo Picasso, amo teu blog..
beijo carinhoso e bom final de semana..
Aquela mulher buscara nos livros o compartilhamento da reciprocidade, o amigo que ansiava e nas letras a sabedoria e a compreensão do universo que lhes rodeava...
ResponderEliminarEnquanto o companheiro somente observava, na curiosidade, o seus gostos, o que dentro daquela mulher se ocultava que até então talvez não conhecesse nada do seu silêncio.
Encontrou por um momento quem sabe, nos seus interessantes livros, alí não estivesse as inquietudes dessa mulher, lhe propondo uma viagem, talvez nos mesmos lugares por onde olhos da leitora perpassara...
Magnífico, explendoroso e incentivador, para quem no silêncio busca encontros, um possível convívio reparador...
Bravo AC!
Bjs
Livinha
uau, texto, título e imagem perfeitamente harmônicos!
ResponderEliminarEsta personagem, a mulher que gostava de livros, para mim não tem nada de ficção. É tão real!
ResponderEliminarOs livros podem proporcionar o prazer da viagem sonhada, mas a materialidade de um bilhete de avião supera facilmente qualquer leitura.
Até porque essa pode esperar.
Um beijo
Oi poeta...
ResponderEliminarSempre digo que um livro na mão significa fantasia,amor, suspense e ação.Ele muda conceitos, amplia horizontes e sem perceber faz na cabeça do leitor uma revolução.
Mas antes e mais importante de tudo provoca sentimentos e deliciosas sensações.
Ler é tudo de bom...
Lindo texto, amei...
beijos Néia e bom final de semana.
meu amigo
ResponderEliminarNa leitura sonhamos...viajamos...choramos e amamos.
Adorei o texto.
Beijinho
Sonhadora
Ah AC, as leituras e as viagens, quase sinônimos, prazeres da alma. Excelente texto, como sempre. Um bj querido amigo
ResponderEliminaro gesto do marido... a poesia saiu do livro e foi para a vida. que delicadeza. beijo!
ResponderEliminarEU AMOOO PICASSO! linda a imagem
ResponderEliminarAC, meu querido,
ResponderEliminarBelíssimo conto! Sutil, a viagem em duas versões.
Um belo fds, bjão
"Ler é fazer amor com as palavras". - Rubem Alves.
ResponderEliminarAbraços AC e Ótimo final de semana.
Ler é viajar pelas palavras, ler é caminhar entre letras e nuvens ao mesmo tempo.
ResponderEliminarBeijos querido
AC,
ResponderEliminarlindíssimo o conto,
emocionou-me.
saber-se ler nas entrelinhas
Beijinho AC
apesar de não ser da altura em que sou sua seguidora, já conhecia este seu conto... andei a vascular as suas escritas e chamou-me a atenção pela prosa... pois o seu registo é maioritariamente a poesia. Inclino-me a dizer-lhe que gosto muito deste seu género literário.
ResponderEliminarQuanto ao conto em si é de uma beleza muito especial...eu como sonhadora que sou, fiquei rendida ao gesto de candura daquele homem!
Um abraço
e BFDS
AC, quando leio um livro ou assisto um bom filme, eu simplesmente viajo, entro na história e o pior é que em alguns casos eu levo um tempinho e dou uma sacudida para poder voltar ao normal.rsrsr
ResponderEliminarJa aconteceu aqui em postagens suas, é muito bom.
Beijossssss e um lindo final de semana
AC, que conto delicioso, bebível!!!
ResponderEliminarMas o final é um pouco quimérico, I'm afraid ;)))
Bjsss, bom sábado!
Madalena
Ler é esta, viajar, amar,descobrir tudo ao mesmo tempo num piscar de olhos(rs).
ResponderEliminarBjs. Tenha um excelente final de semana.
Maravilhoso, pra ler ,reler e desejar algo assim,rsrs Veneza é linda e teu conto é bem familiar!abraços, lindo fds!chica
ResponderEliminarQ que mais me sensibilizou foi a perspicácia do marido em entender a alma da Maria e de uma forma delicada entrar também em seu sonho;muito bonito! Um abraço fraterno
ResponderEliminarAC ,
ResponderEliminaresta mulher já de si especil tem dois bens enormes ... amar ler e ter um marido sensivel .
Um beijo ,
Maria
A parte que mais gosto de ler é o fato de me permitir viajar sem nenhum centavo e ainda voltar muito satisfeita da viagem!!!!! adorei AC. bjs
ResponderEliminarAgostinhamigo
ResponderEliminarBelíssima ideia, esta reedição. Não lera a primeira edição, nem sabia o que perdia, mas a gente lê tanta coisa que...
Rendo-me; rendo-me, rendo-me. Que texto, que palavras, que ideia, que maravilha. A transmissão de pensamentos é uma realidade que tão bem equacionaste. Não seria para admirar, conhecendo o que nos ofereces.
Mas, admirei-me; e admirei-te ainda mais. Talves porque sejam estórias como esta que me abanam, mas que eu gosto que me façam abanar. O relacionamento entre marido e mulher é das coisas mais sublimes porque dia-a-dia é sublimado. Deste no alvo. Ah grande Robin dos Bosques das Palavras!
Abç
então é isso te parabenizo e agradeço a arte!
ResponderEliminarbeijos querido
Ah, Ac, dou ao volto ao mundo (interna e externamente) com minhas leituras!
ResponderEliminarBom estar aqui, amigo!
Bjo e sorrisos no teu final de semana.
Amigo, estou todinha dentro desse conto... Pena que eu nunca encontrei ninguem que compreendesse minha fome pela leitura... Não entendem que se estou fixada em um só lugar a vida toda, eu preciso de encontrar uma forma de viajar, nem que seja através dos livros e da escrita... Amei seu conto, e amei mais ainda o final feliz... Deixo carinhos pra ti... Bjsss
ResponderEliminarAC,
ResponderEliminarA leitura é uma verdadeira fuga ao tédio e à rotina. A mulher que gostava de ler, na sua história, teve a felicidade de encontrar Veneza num bilhete, propositadamente colocado, e do livro passou-se à acção.
Magnífica reedição.
Gosto do que escreve mas como não tenho tempo só leio o que vai colocando depois de o descobrir.
Abraço! :)
AC,
ResponderEliminarQue conto LINDO !!!
BjO Grande .
:)
nossa! que marido!!! tão manso e tão observador!!!
ResponderEliminaradorei.
Gostei do desenrolar da narrativa: da "bizarria" das viagens literárias individuais a um epílogo que realça o prazer de viagens partilhadas.
ResponderEliminarUm abraço.
Ler é levitar
ResponderEliminarÉ evitar ser sempre o mesmo.
Amei o conto!
Assim como Maria, adoro ler...
ResponderEliminarSonhos...
Viagens...
Desejos..
Lindo blog, parabéns!
E obrigada pela visita.
Abraços,
Regina d´Ávila.
o destino com certeza não urdiria melhor trama,
ResponderEliminarabraço
Essa Maria é uma felizarda, além de gostar de ler tem um marido que a sabe entender.
ResponderEliminarBjs
Ainda bem que reedita este conto. Não o conhecia, mas claro, é uma pequena maravilha. :)
ResponderEliminarque personagem bem construído e interessante! achei genial a maneira que o marido encontrou para incentivá-la a viajar para longe da literatura.
ResponderEliminarVeneza com certeza foi a mais inteligente escolha...
beijos
Um bom livro é a paz na alma....
ResponderEliminarÉ viver a aventura....
Beijos e abraços
Marta
Ler é sempre viajar, mas aqui a expressão ganha um duplo sentido!
ResponderEliminarGostei imenso.
Um abraço
Maria a viajante magnífica!
ResponderEliminarVeneza será uma viagem a dois, muitas outras, ele ficou para trás
lê-lo, Ac, também é viajar
um beijo
manuela
uma viagem o conto e a imagem perfeita!!!
ResponderEliminarbjinhus...
Um excelente texto, cuja escrita, escorreita, se devora num trago. Depois, reli-o e degustei-o calmamente como convém quando nos confrontamos com um discurso tão interessante quanto o que aqui vim encontrar.
ResponderEliminarBem-haja, por ter ido ao meu encontro.
Um abraço fraterno
Agostinho,
ResponderEliminarQue história maravilhosa e dicernimento aguçado, só mesmo um caração que ama é capaz de ser tão sensível.
Linda.
Tenha um ótimo domingo.
beijos.
AC, que bem que soubeste retratar tantas mulheres...
ResponderEliminarbeijo
Boa noite AC,
ResponderEliminarfoi uma surpresa maravilhosa, Maria bem que o merecia!
Beijinho,
Ana Martins
Eita carinho bom esse texto!
ResponderEliminarBeijo AC.
Fernanda.
Muito bonito o conto, bastante envolvente.Parabéns.
ResponderEliminarSou uma mulher que adora livros e uma boa leitura como esta. Adorei!!! E obrigada pela visita expressiva ao meu Dispa-me! Bjs
ResponderEliminarOlá passando oara desejar um ótimo domingo!!
ResponderEliminarLer, procurar saber mesmo que falte o possivel, ele só se manifesta quando procurado.
No mais, possivel é questao de esforço e querer.
Nos encontramos no Alma.
Um ótimo domingo!
Caro AC,
ResponderEliminarTexto 5 estrelas.
Persigo um vinho assim.
Ler, interpretar é tudo para mim.Nos gestos,nos sorrisos,nas palavras e, até no sentir.
Coincidências, viagem,Veneza!
cumprimentos, acrescido de um tinto à maneira.
Adriano
Olá, amigo!
ResponderEliminarQue conto mais agradável!...
Amei o final... um prêmio para compensar
tanta fadiga...
♥ Muitos beijos ♥ ° º
° ♥ °º ♥ °º
° ·.·.
O marido mesmo sem leitura e achando estranho o gosto dela,era um leitor da alma de sua companheira.
ResponderEliminarNossa amei o texto.
Agostinhamigo
ResponderEliminarHoje, venho aqui, muito contrito e de baraço ao pescoço para te fazer um CONVITE:
Na quarta-feira, 16, pelas 16:30 (TMG) cá o Henriquinho profere uma conferência - que se presume será bué da fixe, ou seja, sublime - com o tema: 2011 - o ano de todos os perigos...
A desgraça acontece na SOCIEDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA, aqui em Lisboa na RUA MOUSINHO DA SILVEIRA, 23. Portantos (sem s) está convidada toda a malta que penso que (ainda) me atura. Por este intermédio, como é natural. E aquela que te visita e comenta.
Recomenda-se o uso do colete à prova de balas, por vias das agressões verbais que o distinto e dizbanco orador cometerá. E ainda colete salva vidas, bóia & afins, por via da "auga" que o palestrante (???) meterá.
Abç & qjs a todas e todos que aqui vêm - e com muita razão
Estar aqui me faz muito feliz.
ResponderEliminarUm texto maravilhoso!
O livro fala e a alma responde.
Abraço
Ler é isso meu amigo,,,uma viagem ao infinito dos sentidos...abraços de boa semana pra ti.
ResponderEliminaré sempre bom ler...e te ler, melhor ainda!
ResponderEliminarsaudades de você!
beijos,
Bia
Oi AC....
ResponderEliminarFiquei absolutamente encantada com o conto!!!!
Entrar aqui na sua casa é uma viajem....
bjo querido amigo!
Zil
Ai que lindo!!!
ResponderEliminarSabes que por aqui já me aconteceu a mesma coisa?
Um dia te conto!...:)
Beijos, e tenha uma bela e luminosa semana.
Cid@
Que agradável surpresa, um texto lindo e comovente.
ResponderEliminarNada é melhor do que um bom livro, bem... talvez uma viagem de sonho ;-)
Beijinhos
.
ResponderEliminar.
. há re.edições que editam os dias que nunca se fecham nas páginas de um livro .
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. ! bel.íssimo . uma boa semana .
.
. um abraço .
.
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Olá A.C.
ResponderEliminarJá tinha lido e agora re-li.
Gostei, parabéns!
Talvez um dia também encontre um bilhete em cima de uma capa de livro, tenho que escolher bem o destino... Veneza, porque não?
Bjs dos Alpes
começo por dizer-te que adoro Pablo Picasso e não conhecia este "Meninas Lendo" que acho lindissimo, cheio de ternura.
ResponderEliminaro teu conto fez-me lembrar eu, quando ainda a net não era um vicio mas sim a leitura antes do adormecer, como um tranquilizante (que não uso) para sossegar até o acordar da manhã...
pois eu também tenho paixão pelos livros.
e que maneira inteligente aquele marido encontrou de finalmente roubar a atenção da mulher, dos livros para ele.
como nós somos por vezes inconscientemente injustos com quem nos rodeia... :)
gostei do teu conto AC, alerta consciências, para além de ser lindo.
beijos :)
Eu fui das primeiras a ler este texto e fiquei tão emocionada.Ó meu amigo, há silêncios que não se entendem... Perdão. Sabe o quanto é importante para mim, não sabe?
ResponderEliminarBeijo
Eu sou uma destas mulheres...
ResponderEliminarMe Hate
Um conto fabuloso, como teu apanágio.
ResponderEliminarOs livros nos levam para outro espaço, para o real, para o irreal, mas que tudo nos diz. O final é soberbo.
bj
Ler é sair do mundo...beijo Lisette.
ResponderEliminarAC,
ResponderEliminarQue ótimo conto!
É preciso viajar, ou na literatura, ou em cartas ou para um outro país, uma outra cidade, um canto qualquer.
É preciso dar mais leveza à vida!
Um abraço!
Suzana/LILY
P.S.: tudo certo com o convite?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarVou já começar a ler "Uma viagem à India" e esperar, olhando de soslaio, que os bilhetes apareçam no sofá. :-))
ResponderEliminarGrata AC, pelos belos contos com que nos presenteia.
Beijo
Uma bela segunda feira pra ti amigo,,,abraços.
ResponderEliminarAdorei!
ResponderEliminarComo adoro Veneza ;)
Eu conheço muitas mulheres que gostam de ler,
ResponderEliminareu sou uma de tantas.
E Veneza me encanta sempre que por lá passo em
sonhos e em realidades.
AC voltei de muito longe e estou em Portugal!
Obrigada pelod textos que escreve.
Com amizade,
Mª. Luísa
Passo para desejar um iluminado inicio de semana, amigo AC!
ResponderEliminarBjo e sorrisos pra ti, querido.
Agostinho,
ResponderEliminarValeu a pena a reedição de um texto tão bem estruturado e que caracteriza, de forma sublime, a diferente mulher que há em todas as mulheres. Pode-se acrescentar que já não há mães, nem avós assim, porque se houvesse, teríamos crianças, adolescentes, jovens e adultos mais conscientes, mais capazes, numa palavra, melhores seres humanos.
Grande abraço amigo
Caldeira
AC,
ResponderEliminarPassando para te desejar uma ótima semana!!
Beijos,
Reggina Moon
Que bela história, AC! Eu vi um pouco de mim nesse conto... Ah, sem as palavras, eu já teria morrido há muito tempo, nada mais me faria feliz aqui, nada mais me prenderia... Às vezes, as palavras escritas, lidas e sentidas são tudo que eu tenho e que me faz feliz na vida.
ResponderEliminarAh, sim, achei interessante o fato de você ter citado o surf no seu comentário! hahahaha De fato, aquela é uma visão bem diferente... Álvares de Azevedo é sublime. Adoro as poesias dele! Pena que morreu muito jovem... aos 20, 21 anos. Mas foi tempo suficiente para escrever palavras imortais.
Bju!
Amigo, vim te trazer carinhos, e te desejar uma ótima e abençoada semana! Bjsss
ResponderEliminarEla viajava através dos livros, já que o dinheiro não lhe permitia a realização dos sonhos refreados. Os livros eram a ponte para o mundo da fantasia, a porta para outras realidades distantes do quotidiano.Ainda bem que o marido soube lê-la.Nem todas têm essa sorte.
ResponderEliminarLembrei-me de Pessoa:
PESSOA
--------------------------------------------------------------------------------
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Beijinho!!!!!!!!!!
Olá AC!
ResponderEliminarAs pessoas, quando querem, sabem muito bem como agradar àqueles a quem amam. Basta ser sensível e se permitir o amor...
Adorei o conto.
Beijos
Carla
A «Sereníssima» é um mito.
ResponderEliminarPouca gente resistir-lhe-á.
Por ser uma cidade única -- Nem se ouve o ruído de um carro (Qye surdez absurda!) -- tem um ingrediente extra: história.
Depreendi que a protagonista da narrativa prepararia uma viagem a Veneza. Fiquei sem saber se o marido terá aceite ou rejeitou ir.
Pareceu-me que a oferta do livro fora iniciativa dele.
Prémio?
Gostei desta edição.
Um abraço.
Adoreiiiii.... que bem escrito amigo... ler é uma viagem mesmo...
ResponderEliminarTenha uma semana maravilhosa...beijos
Valéria
Agostinhamigo
ResponderEliminarSaíste-me um bom malandro (copyright Mário Zambujal).
GANHASTE UM PRÉMIO!!!!!
Vai já à Travessa para veres como deves fazer, ok?
Não te demores...
Abç
Belíssimo texto, AC. Admiro mulheres determinadas e, sobretudo, pensantes, que não se limitam aos limites que a realidade, tantas vezes dura, pretende impor. Gosto sempre do que por aqui encontro, mas penso que este texto poderia encimar as minhas preferências :) Parabéns!
ResponderEliminarO que mais tenho feito nesse fevereiro AC ler e ler e como tem sido prazeroso!
ResponderEliminaresse conto é um primor e deixou-me a sonhar com Veneza rs
um bom abraço
Percepçao apurada...
ResponderEliminarAC
ResponderEliminarHá tantas mulheres assim, que gostam de livros. Mulheres que através das leituras fazem viagens para dentro e fora de si e onde a vida ganha força, animo, coragem e sonho. Nem todas têm alguém a seu lado que saiba, ao longo dos anos, compreender o que, entretanto, de anseios se escreveram nas entrelinhas.
Esta é uma lição de vida, das muitas que sempre, com enorme qualidade, escreve.
Um beijinho
Também gosto muito de ler. Também gosto muito de viajar. Um belo conto.
ResponderEliminarBeijos.
Ler é uma forma de experimentar mundos que jamais sonhamos que se possam tornar reais: vez por outra nos surpreendemos! Belo conto!
ResponderEliminarAbraço! E vamos confiar na vida! ;)
Parabéns pelo conto, Agostinho. Muito bom!
ResponderEliminarQue bom que o reeditaste, só assim tive a oportunidade de deleitar-me...
beijo :)
Sutilezas nos conduzem pelas mãos do início ao fim do conto.
ResponderEliminarMais um gracioso trabalho!
Beijos
Soube-me bem essa tua sedutora narrativa... ,o vício dos livros é positivo e é a base de tudo...mesmo que não se escreva,só o puro exercício é saudável e abre horizontes...ajuda a expressar-se, a compreender melhor o mundo que nos rodeia... mas no caso de Maria afastava-a da realidade, era uma fuga...e o marido naturalmente resignado com isso lá foi permitindo... essa história podia ter outro desfecho...enquanto estava a ler-te e na parte da viagem,julguei que ele tinha arranjado forma de lhe dizer adeus...enganei-me e ainda bem...nem todos os casos terminam mal...e nada melhor que uma prenda desssas, uma segunda lua de mel...e a oportunidade de reavivar uma relação que está fria e distante...felizmente que Maria encontrava-se receptiva...terá sido por causa do livro? de qualquer forma animou-se...
ResponderEliminarAdorei ler-te ...como sempre AC.
Beijo:)
gosto de ler, leio tudo o que me vem bater às mãos, acho que ler é uma forma de viajar.
ResponderEliminargostei muito da maneira como conduziu este pequeno conto, que se lê com prazer.
beij
Oi, amigo
ResponderEliminarviajei nesse conto, e pelas palavras encontrei pessoas fascinantes, sentimentos sinceros, prazer pela vida.
Obrigade por reeditá-lo.
Beijos
Viajamos através dos livros ...ao vivo bem melhor , ao mesmo tempo em que despertar o reconhecimento do companheiro é enternecedor. Sempre aprendemos com seus textos , meu querido,obrigada!
ResponderEliminarLevo os meus livros a qualquer canto; eles me levam a um canto qualquer...
ResponderEliminarLindo conto!
Beijos!
Belo conto. E uma passagem para Veneza no final não foi nada mal.
ResponderEliminarBeijooO*
Um belissimo dia pra ti meu amigo,,,abraços.
ResponderEliminarLivros e sonhos...minhas fugas desde criança!
ResponderEliminarUm forte abraço meu querido
cuide-se
AC,
ResponderEliminarPassando pra matar a saudade
de te ler ...
:)
BjO!
AC
ResponderEliminarEu também leio muito mas não tive esta experiencia de ler e ter alguem para ter a boa vontade de nos levar onde está o livro.
Mamae quiz conhecer Portugal e fomos.
Ela adorou tudo pois a lingua e o modo de ser do portugues nos cativaram e era muito fácil de ser compreendido.
com carinho MOnica
barbaro amigo...
ResponderEliminarSe não alia nas entrelinhas da alma, conseguiu le-la nas linhas de um livro.
Bjos achocolatados
Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.
ResponderEliminarAutor Miguel Unamuno
Bjs com carinho
AC
ResponderEliminarRegressei do Brasil, por mais uns tempos que espero sejam largos.
Eu sou aquela mulher que gosta de ler e de escrever.
se lembra de mim?
um abraço,
M. luísa
AC, excelente texto!
ResponderEliminarLer é o melhor remédio para muitos males
Um abraço
Boa semana