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Hélio Cunha, A Roda
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No Verão, à tardinha, quando a luz sorria, suavemente, com o aproximar da sombra, insinuava-se a hora do apaziguamento.
No desenhar da cantilena transparecia a vontade de crescer, do olhar envolvente emanava o discreto anseio de proteger. Alimentada por um fogo que ainda não dominavas, só tu, no final, alheia ao despreocupado ecoar dos risos, teimavas em matutar no milagre da maturação dos frutos.
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