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Estás a ver aquele besouro, com uma enorme bola de argila, a subir uma acentuada rampa granítica? A massa que transporta é excessiva para a inclinação e, por mais que se esforce, a bola acaba por vir fraguedo abaixo. Repara, ele não desiste. E, sempre na posse do seu pecúlio, ei-lo a tentar de novo, repetindo a empreitada até à exaustão.
No labor do sisífico besouro me revejo, retrato de inquietudes em constante demanda. Sabes, a honra é nunca desistir, por inultrapassável que seja o muro que se nos depare. Mas há algo que dele nos diferencia, e que atenua a dureza da viagem: o bálsamo do calor das nossas mãos.
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No labor do sisífico besouro me revejo, retrato de inquietudes em constante demanda. Sabes, a honra é nunca desistir, por inultrapassável que seja o muro que se nos depare. Mas há algo que dele nos diferencia, e que atenua a dureza da viagem: o bálsamo do calor das nossas mãos.
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