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Para a D. Lucinda, mestre na arte de viver
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Para a D. Lucinda, mestre na arte de viver
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Brotaste num meio
Muralhado
Na ancestral verdade
Preconceito angular
Petrificado
No deixar arrastar
A máscula vontade.
As voltas que deste
Ao ícone cinzelado!
Com riso gaiato
Cordato
Bordado com muito tacto
Apanhaste a linha solta
Avessa à reviravolta
E contrariaste
O fado traçado.
Forjaste o teu destino
Amparada na visão
Indestrutível
Do equilíbrio da vida
(Na chegada e na partida)
Só perecível
Na prática da omissão
Inadmissível
A quem pede a mão
Em busca de solução
(Solidária desmedida).
Esculpiste as crias
Acto inventor
Tela de projecção
Permanente
Do afecto partilhado
Em respeito definido
E com risos temperado
Futuro bem delineado
Do fruto amadurecido.
Olhas para o mundo
Eterna paixão de viver
Todos os dias sentida
Equilíbrio permanente
Nos eleitos residente
Vontade nunca contida
Menina para toda a vida!
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