.
.
.
.
.
.
.
Deslizava, insinuante, por entre letras interiores, despertando acordes até então adormecidos. As palavras, com naturalidade, assomavam à flor da pele, criando cenários miscigenados onde sobressaía, delicadamente, o verde e o azul, com um leve toque de violeta à medida dos seus passos. Era a sua aura.
Ainda há pouco intuí o seu vislumbre, esgueirando-se por entre os dourados outonais dos carvalhos e dos castanheiros. Os homens, distraídos com o clamor da posse, não apuravam a profundidade do seu olhar. Ela, indiferente, tudo respirava por inteiro, desenhando no ar as vestes da harmonia.
Imbuído nas palavras do poeta, guardei o vislumbre no bolso para o não perder.
Imbuído nas palavras do poeta, guardei o vislumbre no bolso para o não perder.
.
.
.