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Nasceu na severidade do granito, a acreditar na honra, temperado na discreta tonalidade da urze.
A alma, movida a inquietude, era tão grande que mudou de lugar. E quis saber, indagar, questionar.
Depressa percebeu que, na severidade dos muros, tudo era pequeno, no espaço e nas intenções. Nas areias movediças da vida ressentiu-se da omissão do espelho dos olhos, da ausência da simplicidade de respirar. Para manter a dignidade à tona esbracejou, gritou, recusou pactuar. Até ao fim.
Ciclicamente regressava à urze, ao simbolismo da força das raízes da torga. Desistir, nunca, a força da terra-mãe nunca o abandonou. E, entre o cá e o lá, foi forjando convicções, alimentando afectos, por mais raros, preciosidade em paisagens humanas inspiradas em cata-ventos.
Vi-o passar. Era dos que deixava rasto. As portas que se fechavam, apesar das ferroadas, apenas inchavam o peito de dignidade.
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