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Quando chegava o Verão
Sentavas-te
À tardinha
Debaixo da figueira
Onde a brisa
Suave
Anunciava
O rumor das cotovias
Então pegavas
Delicada
Na minha mão
E contavas
Baixinho
Era uma vez um potrinho
Que adormecia
Feliz
A ouvir
As histórias do vento...
Sentia-te perto
E o tempo
Adormecido
No cantar do ribeiro
Parava
Enlevado
Para nos ver
Assim eram os dias
No tranquilo Paraíso
Em que desenhavas
Minuciosa
O crescer das minhas asas
E eu sentia
Maravilhado
O vigor do teu voar.
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Que poesia tão linda à MÂE!
ResponderEliminarO divino, o mundo e o tempo que não tem fim...
Também eu hoje adormeço feliz...
Um abraço!
Eu volto logo.Estou na escola e vou começar as aulas. O poema merece um comentário ajustado à qualidade dele.
ResponderEliminarEvocação maravilhosa da infância, com o zelar protector da asa materna,vendo crescer a sua avezinha.O poema lembrou-me o Eugénio, pela leveza certa da palavra no lugar certo, pela musicalidade suave e doce sugerida pelas inúmeras aliterações em sons sibilantes e pelas assonâncias em "i" e em "a", sugerindo uma lembrança susssurada e perpassada por uma noltalgia que está gravada no coração,tempo de sonho e de aconchego.
ResponderEliminarCom receio de me repetir,mas sem poder dizer mais nada, aqui deixo um MARAVILHOSO para o escritor e para o Homem!!!!
IBEL
Em tempo de Outono, foi uma bela viagem a um Verão passado, nas asas do pensamento. Um voo delicioso, ao sabor do vento, embalado pelos sentidos, e com rumo a tão aconchegado colo.
ResponderEliminarOutrora, o desejo da liberdade, acalentado pelo receio de voar, iludiu a saudade e adormeceu a vontade de querer ficar.
Agora, nas asas do teu poema, foi fácil poder viajar e lá voltar!
Nas asas do teu poema, qualquer um pode sonhar!
Era uma vez...
:)
JB
ResponderEliminarGostei muito do seu comentário.Dois amigos na mesma sintonia de saudade e da poesia em verso ou em prosa poética. Gosta-se de vir aqui.
LIA
Li, revivi, senti-me reconfortado.
ResponderEliminarComo se diz no comentário anterior, gosta-se de vir aqui.
LIA
ResponderEliminarTambém gostei muito do seu elogio :)
Se me permite, tenho de confessar que é com muito gosto que também tenho acompanhado os seus comentários cheios de alma poética ou prosa enriquecedora.
Sem dúvida que, o mérito de qualquer comentário é de quem nos leva a ter o enorme prazer de o escrever... e isso deve-se ao Agostinho e à sua capacidade impressionante de nos fazer agarrar à sua escrita, de nos fazer sentir livres e apaixonados pelas palavras.
Obrigada, de qualquer forma.
É sempre emocionante vir aqui e ler... MÃE é uma palavra tão pequena e tão linda. É bom vir aqui. Como mãe, sinto-me envaidecida. Gosto tanto de a ouvir! :)
ResponderEliminarSe há uns tempos atrás me dissessem que por esta altura estaria a partilhar os meus escritos num blogue, talvez não acreditasse. Mas as coisas proporcionaram-se, vá lá saber-se porquê (eu sei, eu sei...) e estão a dar no que se vê. Obrigado a todos os que me acompanham, em especial aos habituais comentadores. Sem eles, o mais provável é que já tivesse desistido.
ResponderEliminarEspero que não se importe que tenha levado "emprestado" este poema e o tivesse divulgado.
ResponderEliminarAlgum inconveniente o mesmo será de imediato retirado.
Obrigada.
Cumprimentos
Poesia Portuguesa,
ResponderEliminarNenhum inconveniente, antes pelo contrário.
Grato pela divulgação.