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Reedição
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Saltitava nas pedras
Pé ante pé
Para lá do ribeiro
E o canto do melro
Apelo irresistível
Conduzia os anseios
Do pequeno potro
Na descoberta genuína
Da vida em harmonia
Temperada em odores
De giesta e rosmaninho.
Não havia temores
Nas esguias veredas
Que levavam ao pinhal
E o mundo lá longe
Era aqui tão perto
Num fervilhar de vida
Em vão escondida
Em pleno céu aberto.
Sentia a voz da mãe
Inquieta com a cria
Mas os dias eram seguros
Na pacatez do lugar
Num mundo natural
Encostado às montanhas
Em que o nome das coisas
Forjado pelos deuses
Em feitiço profundo
Ainda era o mesmo
Das palavras ditas
No primórdio dos dias
Da criação do mundo.
.Pé ante pé
Para lá do ribeiro
E o canto do melro
Apelo irresistível
Conduzia os anseios
Do pequeno potro
Na descoberta genuína
Da vida em harmonia
Temperada em odores
De giesta e rosmaninho.
Não havia temores
Nas esguias veredas
Que levavam ao pinhal
E o mundo lá longe
Era aqui tão perto
Num fervilhar de vida
Em vão escondida
Em pleno céu aberto.
Sentia a voz da mãe
Inquieta com a cria
Mas os dias eram seguros
Na pacatez do lugar
Num mundo natural
Encostado às montanhas
Em que o nome das coisas
Forjado pelos deuses
Em feitiço profundo
Ainda era o mesmo
Das palavras ditas
No primórdio dos dias
Da criação do mundo.
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Reedição
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Bonita criação...
ResponderEliminarBeijo!
Infelizmente, assim não se eternizou...
ResponderEliminarBjs e um excelente domingo!
Madalena
AC, querido...
ResponderEliminarÉ um doce balanço de esperança uma imagem que mostra a origem da vida conjugada com o feitiço de eternizar o que deveria ter sido.
Que nome se dá a essa " coisa " que sentimos , sem explicação?
beijos.
Tu és um lindo!
ResponderEliminarLer-te faz um bem danado!
Beijo e um domingo mágico para ti AC querido.
Maravilhosa poesia, tem um ritmo suave e envolvente, a gente se transporta às paisagens descritas.
ResponderEliminarBeijos
Olha que linda a tua criação... me encanto! bjs
ResponderEliminarQue bonito :)
ResponderEliminarMeu amigo, a vida tem muitos encantos e só as
ResponderEliminarpessoas verdadeiramente sensíveis(como é o seu
caso)os conseguem captar.
Gostei de estar aqui.Voltarei.
Saudações/Irene
Maravilhosa poesia q me remeteu ao meu melhor tempo(o tempo da infância).
ResponderEliminarBeijos
Maria
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ResponderEliminar. que se e.ternize então o regresso à Criação .
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. abraço .
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Lindo poema AC,
ResponderEliminarComo sempre um encanto teus escritos.
Beijo amigo.
Fernanda
Lindo poema! A suavidade da infância.
ResponderEliminarBons tempos aqueles ...
bjs
Oi , AC !
ResponderEliminarQue poesia gostosa , leve, de
uma doce nostalgia ...
Acho que ainda tenho um cado
disso comigo.
Que o Sol inunde seu dia ,
o amanhã , ah!
o amanhã é o amanhã , ...
BjO ! :)
EEEEEEEEEE!! Maravilhoso AC, a criação do mundo, gestação da terra, o ninho é uma imagem tão boa para essa poesia da criação.
ResponderEliminarbeijo!
AC que lindo...
ResponderEliminarAdorei a imagem do 'mundo lá longe
Era aqui tão perto'...
Beijos!
AC,
ResponderEliminarMagnífica musicalidade - a da criação do mundo!
Bom final de Domingo.
Abraço! :)
esse blog é sempre um luxo!
ResponderEliminarlindo lindo lindo poema!
Beijos
conheci um lugar exatamente assim, foi em sonhos.
ResponderEliminarobrigada por me trazer.
um beijo.
Olá AC!
ResponderEliminarEra o tempo do prazer da descoberta, feito de coisa simples, mais próximo da natureza, num mundo mais simples e seguro para quem ia crescendo sem pressas. Eram lugares bonitos; os meus ainda os guardo comigo, e, de quando em vez, sabe-me bem lá voltar... ainda que só em pensamento.
Abraço amigo.
Vitor
Esses lugares conheci e vivi na minha infancia...Saudades imensas.
ResponderEliminarLindp poema.
bjos achocolatados
AC
ResponderEliminarno príncipio do mundo, as coisas não existiam
criaram-se, porque lhes demos um nome
e eram tantas
como o pinhal e o potro e a voz da mãe!
e é belo "Quando as coisas tinham nome..."!
um beijo
manuela
AC,
ResponderEliminarEssa desenvoltura de nascer e crescer é sem dúvida a maior prova da vida. Em certos casos dispensa proteção de terceiros. Há descobertas unicelulares que são únicas!
Bjuxxx e xeroo amigo.
A suavidade da sua poesia nos conduz para um mundo acalantador. Carinhosamente Óleo.
ResponderEliminarReminiscências da idade do ouro onde saber os nomes era saber as coisas.
ResponderEliminarUm privilégio poder ler-[te] aqui.
L.B.
Um encanto esta poesia, leveza suavidade...fiquei por aqui lendo, relendo...
ResponderEliminarBjs
lindissimo.
ResponderEliminarAmo tua poesia.
Tocante.
Bj
Nasce-nos o medo nos sinónimos que inventámos...perdemos a inocência!
ResponderEliminarUm beijo
AC, estava a ler Al Berto e antes de me deitar passei por aqui, interessantemente, enquanto lia a bela métrica do poema lembrei-me de um outro que deixo aqui... espero que goste. Beijo.
ResponderEliminarInominado Nome
Persigo-o no ininteligível arbítrio
dos astros, na clandestina linfa
que percorre os túrgidos corredores
do indecifrável, nos falsos indícios
que, de fogos fátuos, escurecem
a persistente incógnita do nome.
Em persegui-lo persisto onde, bem
sei, não lograrei achá-lo, que nunca
achado será em tempo ou espaço
que excedam meu limite e dimensão.
Um nome, ainda obscuro, pressinto
no sal da boca amarga, Conheço-lhe
o rosto familiar, desfocado embora,
no halo do tempo e da distância.
É, creio, a face indefectível de tudo
quanto tenho de calar. Este nome
(este rosto) habita-me silente, contra
a recusa, a mentira, ou a calúnia.
Na epiderme, nos nervos e na carne,
sobre a língua e o palato, adivinho-lhe
forma, sabor e propósito. Ouço-o
dentro de mim, mau grado
o queira ou não, que em mim
só está sofrê-lo porque em mim
vive e dura, enquanto eu dure e viva.
E não por meu mal, que meu
mal seria, mais que perdê-lo,
sem ele viver.
Um rosto persigo,
um nome guardo no sal da boca
amarga, na pedra árdua da memória,
no discurso penosamente reiterado
do sangue. Nenhum silêncio
lhe dará cobro, nem fim que
não sejam meu fim e meu silêncio.
Rui Knopfli
Uma doçura, esse poema!
ResponderEliminarUm beijo por ele.
Lindo!
ResponderEliminarNão é preciso nome para os sentimentos.
Aqui há sempre um ninho de magia em cada palavra.
beijinhos
Olá AC,
ResponderEliminarBonito poema!
Saudades desse tempo!
Bjs dos Alpes
Texto belo e profundo
ResponderEliminarquase um hino ao nome das coisas
e aos afectos
O verbo ainda é verbo... O nome disso é poesia!
ResponderEliminarBela postagem tao sublime.
ResponderEliminarbjs
Insana
lindo o seu poema ! A vida plena sempre existe em algum lugar e o mais importante é termos a consciência disso e principalmente sentir a sua poesia.Deus com certeza privilegiou o poeta! Um abraço
ResponderEliminarDescreveu o paraiso.
ResponderEliminarBeijooO*
Olá
ResponderEliminarUm lindo poema, onde, sub-repticiamente, aparece a figura maternal, tão habitual nos seus poemas/textos.
Não tenho sido muito assídua :( e assim continuarei nos tempos mais próximos.
Não é por minha vontade, mas "outros poderes mais altos se alevantam"...
Beijinhos
AC
ResponderEliminarAh que saudade dessas encostas nas montanhas , dessa quietude e silencio onde só ouvia o cantar dos passarinhos e não havia o medo , portas e janelas ao vento e as coisas tinham nome rs
Achei lindo seu poema quase um conto musicado
e deu saudades!
... de volta ao convívio dos ammigos virtuais , esses que só nao vemos o rosto nao podemos tocar ,mas vemos o essencial - o coração, os sentimentos expostos com essa coisa mágica - as palavras!
Parabéns, boa semana , espero recuperar totalmente e voltar muitas e muitas vezes pra suas "Interioridades"
abraços
Tu és um querido que adoro visitar!
ResponderEliminarObrigada por seu carinho e deixo um beijo com cheiro de mar.
Boa semana!
Tem um convite especial pra ti em meu humilde blog....dá uma espiada lá...espero que vc tope!
ResponderEliminarVou também eu re.comentar:
ResponderEliminarAo espreitar no “ninho” do Interioridades, saltitei ao ritmo de cada verso, palavra a palavra, e deparei-me com coisas(extraordinárias!) que não têm nome.
Tomei a liberdade de ouvir "o canto do melro para lá do ribeiro" e descobri que...
O nome das coisas
Que não têm nome,
São simplicidades do ninho
Que ganham dimensão
No aconchego da mãe
Sempre que abre o coração…
O nome das coisas
Que não têm nome,
São riscos apetecidos
Que perdem na escuridão
o lugar sabido
de um voo cativo
na palma de cada mão.
O nome das coisas
Que não têm nome,
São memórias escondidas
Que ganham emoção
No impulso da palavra
Que tempera a recordação.
O nome das coisas
Que não têm nome,
São sentimentos de um mundo
Que em pleno céu entreaberto,
A medo, nos ensina
Que o mundo lá longe,
Afinal, continua tão perto…
Há coisas que, pela sua grandeza e valor, continuam simplesmente a não ter nome! (e, acreditando que assim seja, nunca poderão deixar de o ter)
Tentar adjectivar a tua poesia continua a ser uma delas.:)
Beijo
Oi , AC !
ResponderEliminarNormalmente as coisas são simples,
nós que temos o mau hábito de as complicar ...
BjO. :)
Bonito:
ResponderEliminar"E o mundo lá longe
Era aqui tão perto"
Muito poético, AC
Lia o teu poema... e era como se fosse uma canção de criança deslumbrada com a descoberta da vida, das coisas, pura, simples e tranquila, mas também alegre, cantante e divertida.
ResponderEliminarE num dia de saudades reparamos que no aqui tão perto o nome das coisas do ali, lá tão longe, é ainda o mesmo, e há outras sem nome, que são as que a gente sente e não sabe explicar!
Adorei o poema, a simplicidade criança, uma saudade!
Beijos AC.
Adorei passar aqui.
Há dias em que, antes de acordar, me sinto como o potro saltitante e confortável em sua vida como deve ser.
ResponderEliminarUm lindo sonho que me permito ter entre as névoas do amanhecer.
Absolutamente delicioso seu poema. Me fez até feliz.
Beijokas.
Logo-logo chega a continuação. Falta só duas partes. Carinhosamente Óleo.
ResponderEliminarAC ,
ResponderEliminarFico neste lugar , com a minha mãe potro .
"Dou por isso, meu trono de princesa,
e todos os meus reinos de ansiedade. "
Um beijo ,
Maria
AC querido, obrigada pelo carinho! Compartilho desse gostar de me encontrar com seus versos, desse toque nos olhos.
ResponderEliminarbeijo
É... Tudo já não se apresenta como antes. O que era serio, virou uma brincadeira, como até mesmo as águas da Ribeira, ex claras, ex límpidas...
ResponderEliminaros pássaros parecem que já não mais cantam, apenas um chilro diferente, meio mudo, meio rouco, traduzido num pedido de socorro...
Já não mais se ouve o galo cantar as 3:00 horas da matina, nem a criança menina, de roda a brincar. Os filhos gritam, os pais se calam, quanta mudança, nem restando hora pra se deitar,
porque as TVs fazem o drama e o palcop de fantoches, passou pro lado de cá...
Belíssimo texto A.C.
Gosto de tuas postagens bem a contexto reais na atualidade em que sobrevivemos...
Tenha uma linda noite
Bjs
Livinha
Adorei!! Lindo mesmo!!!
ResponderEliminarAguardo sua visita em meu blog que está atualizado com cinco poemas novos. Beijos!!!!!
João Lenjob.
Noite e Dia
João Lenjob
Quando eu tinha estrelas você anoiteceu
Me esperando para enfeitar o seu ser
Quando me fiz sol você amanheceu
E assim enfeitou meu brilho com ternura
Fez-se a hora certa e no dia certo a encontrei
A conheci quando eu precisei
Curiosamente precisava também
E assim amamos dando ao céu a lua
E deixando a vida mais viva
E vivos nós dois, como o céu de noite e dia
Como o céu e a alegria
Como a alegria.
Assim como Portugal em meu coração
ResponderEliminar"E o mundo lá longe
Era aqui tão perto"
:))
Beijo
Lindo, AC!! Esse é o paraíso, quem sabe, o abrigo mais seguro. Lindo e lindo.
ResponderEliminarBeijo :)
AC. Lindo. Muitas vezes deixamos e perceber o belo que está ai ao ladinho, em busca de horizontes distantes. Meu Pai quando eu era pequenia me deu o seguinte (que guardo até hoje):"Não deixes que a saudades do dia de ontem ou o medo do dia de amanhã, possa estragar a belesa do dia de HOJE." Me fez perceber que era necessário prestar atenção ao que me rodeava no 'hoje' e deixar o amanhã quando as janelas fossem abertas para vive-los.
ResponderEliminarObrigada pelo comentário no Mínimo Ajuste.
Se desejar ficarei honrada com sua visita lá na minha Casa Também. Ela tem um tudo de Portugal: Minha filhota!ATÉ JÁ AC!
Com amor e carinho,
Sílvia
http://www.silviacostardi.com/
Bonita reedição..ehehehe
ResponderEliminarUm beijo Enorme Querido...;)
O nome das coisas é um tema delicioso para brncar. pena que não sei fazer poesia nem rimar.
ResponderEliminarcom carinho MOnica
maravilhoso mesmo....
ResponderEliminarAC... Beijo!
ResponderEliminarCom carinho.
Fernanda.
belíssima recriação do mundo.
ResponderEliminarNum mundo natural, encostado às montanhas, onde eu pudesse sempre sentir como seguro, o nome verdadeiro de todas as coisas.... era aí que eu gostava de viver.
ResponderEliminarUm abraço AC, o que escreve é sempre particularmente especial.
Simplesmente maravilhoso e como era bom!!!abraços,chica
ResponderEliminarA constância dos lugares e das coisas é quase sempre uma fonte reconfortante de segurança.
ResponderEliminarVotos de uma continuação tão feliz quanto a destas palavras.
QUANDO AS COISAS ERAM COMO ERAM E AINDA NÃO TINHA ACONTECIDO A CONTAMINAÇÃO...REINAVA A HARMONIA...NUM MUNDO FEITO DE TERNURA ...O FEITIÇO DOS DEUSES TÃO PROFUNDO...QUE A FELICIDADE ERA MAIOR...
ResponderEliminarBELO O TEU POEMA ...DÁ QUE PENSAR...
BEIJO GRANDE
Há algum tempo que aqui não passava.
ResponderEliminarO seu blog continua variado, vivo e interessante.
Saudações poéticas
Por aqui sente-se identidade, ela é tão profunda que post após post sentimos a tua alma que nos enfeitiça com palavras melodiosas. Beijinhos
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