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Caminhava desde que tinha consciência de si. A princípio muito atabalhoadamente, fase em que o dogma tivera muito peso, mas a pouco e pouco fora conseguindo rasgar as cortinas do pensamento. Quando percebeu que nunca deveria ir pelo caminho mais fácil, começou a encontrar cada vez menos pessoas. Mas prosseguia, munido da sua convicção.
O processo nunca fora fácil. Tinha ultrapassado abismos, atravessado desertos... Por diversas vezes tivera que parar, pausas que concedera a si próprio para retempero das forças. Quando começava a sentir o apelo de ficar, sinal de que estava a baixar a guarda, sabia que era chegada a hora. E partia, cada vez mais por caminhos pouco percorridos. Sem nunca olhar para trás.
Ao iniciar a subida da Grande Montanha já não via ninguém por perto. Mas não ia sozinho. Uma estranha e doce paz interior começava a insinuar-se, tornando-se cada vez mais presente a cada passada.
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..O processo nunca fora fácil. Tinha ultrapassado abismos, atravessado desertos... Por diversas vezes tivera que parar, pausas que concedera a si próprio para retempero das forças. Quando começava a sentir o apelo de ficar, sinal de que estava a baixar a guarda, sabia que era chegada a hora. E partia, cada vez mais por caminhos pouco percorridos. Sem nunca olhar para trás.
Ao iniciar a subida da Grande Montanha já não via ninguém por perto. Mas não ia sozinho. Uma estranha e doce paz interior começava a insinuar-se, tornando-se cada vez mais presente a cada passada.
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Final 1 - Quando, finalmente, chegou ao topo, sedento da bênção final, sentiu um enorme arrepio. A solidão, nua e crua, invadiu-o num longo e frio abraço de morte.
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Final 2 - Quando, finalmente, chegou ao topo, sentiu uma enorme torrente de luz invadir a sua alma. Tinha atingido o ponto de passagem para um novo patamar da existência.
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Final 2 - Quando, finalmente, chegou ao topo, sentiu uma enorme torrente de luz invadir a sua alma. Tinha atingido o ponto de passagem para um novo patamar da existência.
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Escrevinhei este texto, como é habitual no bloco de notas, em parcos cinco minutos. No entanto, na altura de rematar a questão, surgiram-me dois possíveis finais. Tive que optar por um mas, para manter a coerência da forma como o texto surgiu, resolvi também colocar à consideração dos leitores a segunda opção. Que, de resto, é a minha preferida.
Aos leitores que entretanto comentaram apresento as minhas desculpas.
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Aos leitores que entretanto comentaram apresento as minhas desculpas.
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Incrível é que consigo ler seu texto e interpretar de qualquer forma, enxergar qualquer tipo de situação que não seja essa liretal. Me senti emblada de esperanças no inicio, mas no fim, como na vida, acabei sentindo o peso das convicções erradas.
ResponderEliminarUma beleza de texto.
Beijos
AC,
ResponderEliminarMe sinto exatamente assim. Como no seu texto. A princípio, atabalhoadamente... "Quando percebeu que nunca deveria ir pelo caminho mais fácil, começou a encontrar cada vez menos pessoas."
E cada vez menos. Porque o caminhar exige isso. Menos pessoas.
Ao final, encontramo-nos com nós mesmos e isso nos basta. É o que nos basta e o que nos salva.
Olhar nosso reflexo no espelho e sentir que somos o nosso melhor companheiro de jornada.
Beijo
Carla
Apesar do longo frio abraço de morte, penso que a escalada valeu a pena. Ou não terei percebido o texto? Vou ter que cá voltar.A parte final desconcertou-me.Ou será do sono?
ResponderEliminarAbraço, meu amigo!
AC,
ResponderEliminarSabe? Sempre admirei as colinas, era como se eu observasse, o seu topo beijando o céu.
Para se chegar até lá, havia muitos caminhos, um deles seria o essencial sem alardes, sem labirintos, sem demora.
No entanto até no alcance há doçura, entre a solidão uma tempestade ou um furacão.
Amei teu texto amigo.
Beijo.
Fernanda.
Amei!
ResponderEliminarQuando percebemos qual é o nosso caminho, não há como percorrer outro, mesmo que tenhamos que faze-lo sozinho...e com o tempo a satisfação de bastarmos por nos mesmos, nos faz bem...
Lindo seu texto!
Após vencer todos os trajetos, discernindo o caminho, vencida as barreiras, dado-se a mudança, foi desbrada a subida, como que se alcança, o fim do trajeto, ao caminho dos céus.
ResponderEliminarEu adoro os teus textos, já disse, algo puro, verdadeiro, profundo dando-se a reflexão.
Belíssimo
Bjs
Livinha
AC...quando digo que você é incrivel e que eu adoro te ler é a mais pura verdade, eu viajo e que passeio mais gostoso dentro das suas palavras.
ResponderEliminarBeijosssssss
AC,
ResponderEliminarConsegui identificar-me com grande parte do texto.
é assim que tenho tentado fazer a minha caminhada...só que olho para trás, faço balanços...
sabes que me questiono imensas vezes porque se diz que o abraço da morte é frio? pelo desconhecido? as mortes não são todas iguais...os que têm morte de passarinho (morrem serenamente a dormir) de certeza que não têm essa percepção.
fiquei a pensar nisto...
abreijo
Devaneios muito me agradam! rs
ResponderEliminarTexto maravilhoso, envolvente...
Um abraço grande!
Que texto!!!!!
ResponderEliminarEnfim qd nos desvencilhamos de tudo que nos tira do caminho e conseguimos alcançar a trilha certa...vem a tão esperada PAZ....mas...tem sempre um porém....
AC....é tão parecido com a vida da gente...
AMEI!!!!!!!!
Bjos!!!!!
Zil
A subida à montanha é sempre gratificante, embora, seja solitária.
ResponderEliminarOs caminhos mais difíceis são os mais belos apesar da dor que isso possa constituir.
Desertos, jardins, pedras...
no cimo a beleza gélida.
Ainda não cheguei ao cimo mas não vou desanimar, mesmo que o resultado possível - seja um grande vazio.
Revi-me neste texto.
Abraço!
Quanto mais perto de nós próprios mais longe dos outros. Atingir o "cume" implica, quase sempre, a solidão.
ResponderEliminarUm beijo
Uma caminhada, em qualquer circunstância, requer aprendizado. No início atabalhosa- se, caminha-se entre as perdas, mas logo em seguida chega a luz que ilumina a trilha certa a seguir. Aí vem o alívio de não mais precisar se preocupar com nada. Apenas olhar, sonhar, recordar os ganhos. Vem o devaneio. E muitas vezes para essa caminhada uma boa companhia é a solidão.
ResponderEliminarAC, estou aqui a te ler e reler. É impressionante como você instiga, aguça a imaginação da sua leitora aqui. Viajei, mais uma vez. \:)Lindo, muito lindo seu "Devaneio".
Hoje, no Brasil, comemora-se o Dia do Poeta. Aí também?
Sendo assim, deixo dois beijos pra você, meu amigo. Um pelo belísimo post e outro pelo Dia do poeta. :)
Leia: lindo, muito lindo, seu "Devaneio".
ResponderEliminarSorry. ;)
Voltei porque o seu texto ficou a martelar na minha consciência.
ResponderEliminarA sapiência e a clarividência é o que nos diferencia, a marca indelével de que passámos por aqui.
Na procura da sapiência há dor...mas a luz que se encontrará deve aquecer a alma.
Abraço!
AC
ResponderEliminarachei este texto tão real e tão sábio que ao finalizar senti um arrepio.
parabéns por nos brindar com prosa deste calibre.
um beij
Agostinho,
ResponderEliminarPalavras sábias. Bíblicas, mesmo. No sentido religioso do termo mas, também, no sentido histórico.
Na vida há sempre caminhos fáceis, largos, lisos e outros estreitos, pedregosos, íngremes. Temos a possibilidade de escolher e, ainda bem. Escolher o estreito, o difícil, não é fácil mas é seguro. É honesto. É íntegro. Escolher o fácil conduz sempre ao abismo. Quer pela justiça dos Homens quer pela Justiça Transcendental.
O cimo da montanha pode ser o fim do caminho mas não é o fim da vida. Há vida para além do cimo da montanha. Eu, pelo menos, acredito nisso. Poderia dissertar sobre o assunto. Fico-me apenas por um pequeno exemplo: Um dia que nos finarmos para a vida terrena haverá sempre alguém, para quem nós fomos importantes, que se lembrará de nós e isso é uma forma de vida perpétua.
Abraço amigo
Caldeira
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAC ... arrepiada até os ossos!!! Com essa poética nua e crua ... o fim foi apoteótico por demais, porém não tanto quanto a densidade da mensagem!!! Em êxtase profundo!!! Beijo
ResponderEliminarAC, continua lindo. Tá vendo, cheguei ao cume acompanhada da solidãoo e com luz, conforme disse. Mas não quero passar agora para o outro patamar não. :)
ResponderEliminarBeijo e obrigada
Verdade AC... mas tem horas que da um medo...
ResponderEliminarBeijosssssssss
AC,
ResponderEliminarBelíssimo texto , como todos que escreves.
Este , em particular , muito me disse .
Amo a natureza e, em especial ,fazer trilhas ,
subir montanhas.
Te digo:
Quando atingimos o topo de uma delas , a sensação que temos é exatamente esta que , tão
bem descreveu ...
"Quando, finalmente, chegou ao topo, sentiu uma enorme torrente de luz invadir a sua alma."
É assim que me sinto no topo de uma montanha.
Renovada , grande , cheia de Luz.
BjO!
:)
Prefiro o segundo final. Há nele um espaço aberto de continuidade para esta nossa vida peregrina.:)
ResponderEliminarAgora o texto faz mais sentido, porque dá à vida e à luta outra dimensão. Vale a pena dizer:sei que vou vou por aqui.
ResponderEliminarBeijinho!!!!!!!!!
Dizem que a viagem só termina quando o ser se purifica e encontra paz; se o topo da montanha for realmente o fim da caminhada, então fico com a segunda opção.Um abraço
ResponderEliminarAC você é fantástico!
ResponderEliminarNo final da história, gostei mais do final 2! bjs
Um texto real...bem arrepiante...eu escolhi o segundo final:)
ResponderEliminarBeijo d'anjo
Perfeito! O final dois fala da esperança. Gostei do segundo.
ResponderEliminarBeijooO*
Gostei do segundo final...
ResponderEliminardepois de uma longa caminhada o encontro da paz.
Bjos achocolatados
O nosso caminho é sempre só nosso, mesmo que alguém caminhe ao nosso lado...
ResponderEliminarPrefiro o 2º final!
Abraço
POR VEZES DEIXAMO-NOS LEVAR PELA CORRENTE...A FORÇA DO DOGMA É MAIS FORTE DO QUE NÓS...MAS QUANDO SE RASGAM OS HORIZONTES E COMECAMOS A QUESTIONAR,A INTERROGAR,A ARGUMENTAR,A REFLECTIR...O PENSAMENTO SEGUE POR OUTRO TRILHO...E À MEDIDA QUE SUBIMOS MUITOS OUTROS VÃO FICANDO PARA TRÁS,SÃO RAROS OS QUE NOS ACOMPANHAM...AGARRADOS A CONVENÇÕES RETRÓGRADAS ...SEM SENTIDO,IDEIAS OBSOLETAS...
ResponderEliminarE OS QUE CHEGAM AO TOPO PODEM SENTIR-SE SÓS...MUNIDOS DA SUA VERDADE NUA E CRUA COM SABOR AMARGO...APESAR DO TRIUNFO ...MAS SEM NINGUÉM PARA SABOREAR...
OU CHEGAR AO TOPO E SENTIR UMA LUZ INUNDAR A ALMA,MOTIVO DE ORGULHO E REGOZIJO...
NENHUM DOS FINAIS É DESCABIDO...APENAS EM TONS DIFERENTES
BEIJO :)
Também prefiro a segunda alternativa...
ResponderEliminarHá sempre alternativas, temos que saber descobri-las..., e a LUZ é sempre a melhor opção.
e... o teu comentátio :-)
É claro AC, que tu sabes que eu sei, e também sei que muito no fundo, tu sabes bem que nada me passa ao lado, que eu sinto profundamente TUDO quanto cruza comigo...
por vezes precisamos rebuscar nas gavetas, não por nós... mas.....
e isso é uma das provas que te dou de que reparo e sinto TUDO quanto todos os dias se cruza comigo...
aquela é a minha maneira de dizer as coisas, mas isso tu também sabes, tenho a certeza!
Beijos, é-me importante ter-te por lá.
Gosto de poder ver algo que esperar sempre e por isso, o segundo fechou mais. Texto lindíssimo.beijos,chica
ResponderEliminarA ratio prefere o primeiro final, há mais contraste, é mais poético...
ResponderEliminarSorry!:)
AC
ResponderEliminarO caminho da paz interior, é um caminho de solidão, uma viagem dentro de cada um, feita de avanços e recuos, pausas e novas caminhadas, como deliciosamente descreve no texto.
Também eu prefiro o 2º final. No meu sentir, ele é mais coerente com essa viagem de encontro com a serenidade, pois a consciência da solidão é algo adquirido e aceite ao longo do percurso.
Excelente!!
Um beijinho
Caro AC,
ResponderEliminarCaminhos, desafios, convicções, escolhas... imagens que, apesar de fazerem parte do nosso cotidiano, sempre causam admiração e surpresa. Não gosto de finais definitivos, assim descarto o primeiro, uma vez que a morte é por demais arrebatadora. Prefiro o sonho, o impulso, a esperança e a certeza de que valeu a pena seguir o caminho, assim ao atingir o topo deixarei a luz invadir minha alma e passarei para um novo patamar da existência para continuar caminhando, enfrentando desafios, fazendo escolhas e brigando pelas minhas convicções.
Lindo texto
Um beijo no coração
Aqui vim parar, para minha felicidade,
ResponderEliminarem retribuição à sua gentil visita, e, parafraseando você: gostei de tudo o que li, principalmente.
E, se me permite já opinar na chegada, também prefiro o segundo final. Prefiro que haja novas possibilidades para essa caminhada tão cheia de convicções.
Esta sua frase é ímpar: "Quando percebeu que nunca deveria ir pelo caminho mais fácil, começou a encontrar cada vez menos pessoas".
Sigo você!
Beijo!
O caminho com a verdade, a justeza e a coerência connosco próprios é quase sempre solitário e na chegada ao topo da montanha encontramos o que buscávamos, mesmo sem disso ter consciência...agradam-me os dois finais embora, para mim, o segundo seja a meta.
ResponderEliminarUm beijo
Estes textos são profundos, exigem reflexão! gosto de viajar neles!
ResponderEliminarBjs
ps: gosto de ambos os finais
Olá, AC!
ResponderEliminarO pensamento livre, sem peias nem dogmas, baseado na racionalidade e inteligência, nem sempre tem muitos seguidores; por ser "doloroso" para quem o pratica, e muitas vezes incómodo para os que estão à volta.E, concluida a caminhada, ficará sempre a dúvida se o caminho escolhido terá valido a pena ...apesar de te ser sido o certo.
Abraço amigo.
Vitor
Olá meu caro autor,
ResponderEliminarPoxa ! Acho que não conseguiria escrever com tanta propriedade em cinco minutos... Um abraço e grata pelo carinho de sempre.
AC, claro que eu prefiro o final 2. Mas, você escreve lindamente e qualquer final é bom.
ResponderEliminarBeijos
É meu amigo a vida sempre a nos apontar possibilidades , variantes e a escolha sempre será nossa, você e cada um de nós no seu texto ...caminhando ...tropeçando...dando voltas ...Mas encontrando o final perfeito, claro! O final 2, literalmente você e muitos de nós.
ResponderEliminarOie.
ResponderEliminarAdorei como você escreve!
Já estou te seguindo ...
Beijo
Encontrar a paz a luz!
ResponderEliminarO segundo final é perfeito para mim!
O texto é arrepiante e belo como todos que escreve.
Beijinhos
Miha vovò rezava diariamente para ter uma boa morte. E teve faleceu dormindo na vespera dos 15 ano de minha irmã Elisa.
ResponderEliminarCom carinho MOnica
Gostei imenso do texto e a propósito lembrei-me de Torga quando diz: só quem sobe à montanha toca o céu. Na terra chã ninguém se tranfigura.
ResponderEliminarBeijos.
AC,
ResponderEliminarVoracidade em 5 minutos!
Os dois finais são perfeitos ao belo corpo do texto, mas como prefiro ver a luz, eu fico com o segundo.
Bjs grandes
Sem dúvida, a segunda opção é muito mais luminosa, doce, divina...
ResponderEliminarBjins
AC,
ResponderEliminarADOREI O SEU TEXTO...DEU ASAS À IMAGINAÇÃO...QUANTO AO FINAL, GOSTEI DOS DOIS...MAS O SEGUNDO SERIA O MAIS ESPERADO...
PARABÉNS!!
BEIJOS,
REGGINA MOON
AC ,
ResponderEliminaro texto é lindíssimo .
E tão , mas tão verdadeiro , quanto à solidão , conforme os caminhos escolhidos ...
O segundo final , é o mais almejado .
Porém , na morte , se estivermos convenientemente preparados para ela , também haverá luz . Acredito nisso .
Um beijo ,
Maria
Adorei o texto. Queria que participasse do Castelo. No "meu" blog tem meu email.
ResponderEliminarVim comunicar que meu blog, http://lenjob.blogspot.com,está atualizado com cinco poemas novos e pedir para que visite e comente nos posts de http://castelodopoeta.blogspot.com, para que ele se torne o canal artístico interativo mais interessante do país. Estamos trabalhando muito pra isso.
João Lenjob
Dentro de Mim
João Lenjob
Edito a tua vida
Te invento querida
Te afastas de mim
Faço a manutenção
Com toda questão
E nem sinto dono de mim
Sofro com tua dor
E a tua lágrima sai antes em mim
(De mim)
E como feres meu peito
Crava com jeito um punhal de sentimento
Ou a falta dele
Queria um pouco pra mim.
Olá AC,
ResponderEliminarEu gostei bastante do texto, quando há determinação própria e não se vai em rebanho os caminhos podem ser mais dificeis e solitários, mas é esse o caminho que queremos.
Quanto ao final, digamos que a segunda hipótese é mais bonita, mas mais artificial e que a primeira é a mais real e natural, para quê fugir!...
Beijos,
Manuela
AC.
ResponderEliminarGostei do numero dois, depois de tanto um final poético encantador.
Renata
AC,
ResponderEliminarEnquanto lia lembrei-me de um livro que li há alguns anos, A mais alta solidão do alpinista português João Garcia...
Deixo um pequenino excerto do prefácio:
"Sei que deve ser um lugar de abismos e de espantos, de sonho e de demência, vago, impreciso, envolto em névoa e em pavor e, todavia, ali mesmo, ao alcance de um derradeiro esforço.(...) quando lá do alto contemplar um planeta inteiro a seus pés e adivinhar a multidão de seres humanos que o habitam, deixará lá em cima mais um bocado de si mesmo, antes de voltar para baixo, onde os deuses já não se tocam de perto e nenhuma solidão, entre todas as solidões do mundo, procura a sua razão tão alto."
Excelente.
ResponderEliminarAmei!
Caminho assim e espero saber sentir cada momento, entender cada semente plantada e poder colher cada fruto, como no final 2!
Beijo
Michelle
Quem caminha com convicção, construindo-se como acredita, tecendo ou rasgando as suas cortinas (e às vezes as dos outros) dificilmente encontrará outros, uma vez que sempre existiu a maioria que prefere aderir aos pensamentos pré-fabricados, lugar cómodo e tão fácil de seguir. Os obstáculos não nascem nos caminhos fáceis e “batidos” e assim sendo o sabor de serem conquistados, de se terem “ultrapassado abismos, atravessado desertos”, a “estranha e doce paz interior” é sim solidão fria e luz só alcançadas por quem toma as decisões difíceis e que assim tenta chegar à Grande Montanha”. Se aí chegar então tudo o que (não) vier a seguir terá sempre valido a pena… pena dos que, por opção, apenas sobrevivem no patamar das maiorias, numa “solidão, nua e crua,” que nem percebem por não quererem/conseguirem “rasgar as cortinas do pensamento”.
ResponderEliminarOnde estará a verdadeira solidão... na encosta ou no cume da Grande Montanha?
O abraço sentido será sempre de satisfação e paz interior... é como dizes um "abraço de morte" para quem abraçou a vida.
Beijo
Pode parecer - e é - paradoxal, mas tenho visto os dois finais conjugados, e o segundo sempre vence, nesses casos.
ResponderEliminarAbraço.
eu gosto mesmo de passar por aqui! o nome do blog diz tudo..
ResponderEliminarCostumamos dizer que é uma caminhada solitária, mas não só.
ResponderEliminarMuitas vezes fizemos caminhadas busca da visão, saímos em grupos e a cada nível de altitude que atingíamos o silencio se tornara mais intenso. Ao regresso, o som era sentido através do brilho no olhar com um sorriso estendido na face, contagiante como domino.
A subida uma morte ao descer renascimento
A poesia é uma escolha formatação e pontuação do texto na vida.
Bjinhos e uma sexta feira cheia feito esta lua brilhante em vc
o segundo final aquece o coração.
ResponderEliminara humanidade precisa de iluminação!
beijo
Bom dia querido, adorei o primeiro final, por que a morte para mim representa uma transformação, mudança.
ResponderEliminarbjs
Às vezes, chego a ficar assustada com a intensidade com que sinto ao ler as suas palavras.
ResponderEliminarAc
ResponderEliminarÉ tão bom imaginar chegando na montanha e sentindo que existe Deus a nos ajudar na caminhada desta vida
com carinho MOnica
AC,
ResponderEliminarRecebi sua visita e venho retribui-la. Seu texto: exato, enxuto. Gostei dos dois finais, de haver dois finais: duplos sinais de menos, como deve escorrer a boa escrita, como ocorre com sua escrita...
Estarei-me mais vezes mais aqui...
Abraço multiplicado,
Pedro Ramúcio.
INTENSO!!! AC
ResponderEliminarE Com a torrente de Luz foi feliz p/ sempre......
bjsssssssssss amigo.
Aprecio sua visita
AC,
ResponderEliminarA meu ver, o segundo final contém, indubitavelmente, o primeiro: a morte.
No entanto, a forma como ela se nos apresenta é menos dura e quase apetecível. É assim que quero morrer! (um dia) :))
Beijo, do sopé da montanha!
MariaIvone
AC
ResponderEliminartenho dois caminhos à minha frente
e um dogma que ficou para trás
lá em cima, a Grande Montanha, que por um acaso poderá estar em baixo
eu é que já não sou o mesmo
e
quer aceite o frio e a escuridão ou a luz e a sabedoria
nunca mais serei o mesmo!
e o AC o que é que faria?
um beijo de luz
manuela
OI AC
ResponderEliminarHá os dois sentimentos quando se caminha por caminhos estranhos e solitários - com alguma ou total dificuldade .
É normal perdermos o foco e "baixar a guarda" do nosso coração mas a medida que percebemos que ainda pode haver inúmeras possibiliades , mesmo sozinho e "até sozinha" o caminhar fica mais leve e conseguimos ver a luz das manhãs...
\portanto AC penso que o primeiro final é uma realidade inexorável , vou pedir licença pra ficar com o que me dá a chance de recomeçar...
Gosto do seu bloco de notas .
me faz poeta rsrs
abraços abraços abraços
AC, preciosíssimo texto!
ResponderEliminarbjs.
Eu também teria preferido a segunda opção, mais positiva e, no convite a ultrapassar-se, rumo à perfeição, tão atraente, ainda que inatingível - ou deixaria de o ser!
ResponderEliminarAbraço e bom fim-de-semana!
Olá AC! Obrigada por me seguir! Amei o texto e acredito que os dois finais são um. ;) Sigo-te também!
ResponderEliminarE vamos confiar na vida!
AC,
ResponderEliminar`
Ótimo texto... e quanto ao final fica na escolha de cada um, no sentimento de cada ser!!!
bjinhus....
penso que se ele chegou até lá, foi invadido pela paz, pela luz, porque sabia que seria assim, do contrário teria ficado no caminho...
ResponderEliminarBeijos
AC,
ResponderEliminarTe releio e deixo BjO de um Sábado feliz !
:)
AC, é um prazer ENORME,receber a sua visita, ler você, viajar em tuas escritas, receber os seus elogios...
ResponderEliminarBeijossssssssssss e um lindo final de semana
Meu amigo, seu blog é maravilhoso, leitura boa de se curtir e sentir,,,parabens pelo espaço...obrigado pela visita,,,abraços fraternos de bom final de semana e volte sempre que desejar...
ResponderEliminarUm texto de grande profundidade emocional.
ResponderEliminarAbraço
Bom fim de semana
OBRIGADA PELO ELOGIO AO MODELO...:)))
ResponderEliminarBEIJO:)
Olá, amigo!
ResponderEliminarAmei o texto... sempre há mais de um caminho para escolhermos... andar sem olhar para trás, sem desistir até chegar... esse é o problema.
Gostei também do segundo fim.
Bom fim de semana!
Beijos.
Brasil
Eu ficaria com o 2º final que abre uma perspectiva de esperança, de infinitude, de permanência na própria consciência, de continuidade no aprendizado. O texto é acolhedor, como se falasse a cada um de nós particularmente.
ResponderEliminarÉ perfeito, meu amigo.
Beijokas.
Ac a primeira será mais provável, a segunda o fim desejado e pelo qual luta quem escolhe o caminho difícil alcançar um novo patamar da existência.
ResponderEliminarBeijinhos
.