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Pintura de Margarida Cepêda
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A seara ondulava
Sensual
E as papoilas
Efémeras
Adornavam o cenário
Que embalava
O voar das borboletas
Assim eras tu
Em Maio
Na frescura dos caminhos
Radiante
Com o mundo a teus pés
Gostavas do teu brilho
E embriagavas-te
Na imagem do espelho
Que enfeitavas
Com as cores
Duma eterna primavera
Esqueceste os aromas da terra
E não viste que os deuses
Despreocupados
Em olímpico tédio
Jogavam o teu destino
Em jogo de dados
Dedilhado
Em acordes chorados
O espelho fragmentou-se
E não percebeste
A sensação de frio
Nos caminhos que te levaram
À solidão
Dum palco vazio.
Sensual
E as papoilas
Efémeras
Adornavam o cenário
Que embalava
O voar das borboletas
Assim eras tu
Em Maio
Na frescura dos caminhos
Radiante
Com o mundo a teus pés
Gostavas do teu brilho
E embriagavas-te
Na imagem do espelho
Que enfeitavas
Com as cores
Duma eterna primavera
Esqueceste os aromas da terra
E não viste que os deuses
Despreocupados
Em olímpico tédio
Jogavam o teu destino
Em jogo de dados
Dedilhado
Em acordes chorados
O espelho fragmentou-se
E não percebeste
A sensação de frio
Nos caminhos que te levaram
À solidão
Dum palco vazio.
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Reedição
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Esquecemo-nos facilmente que a primavera é efémera.
ResponderEliminarLindo poema e linda pintura! Lembrei-me do mito de Persófene.Um abraço
ResponderEliminarLIndíssimo!!abraços praianos,chica
ResponderEliminarUm palco vazio sem que a cortina abrisse, mas os artistas existem e representam o vazio transmitindo-nos esse frio.
ResponderEliminarBom fim de semana Meu querido amigo.
Beijinho e uma flor
É preciso se preparar para o inverno agora, assim como fazem os ursos, porém, se o verão não foi aproveitado de maneira correta há de morrer de frio.
ResponderEliminarAbraços!
Tu tens brilho carissimo, que me embriaga toda a vez que aprecio suas palavras.
ResponderEliminarbeijos carissimo bom final de semana. E uma linda semana para ti.
... E o que importa cultivar,
ResponderEliminarquando o frio se aproxima?
A "eterna primavera"
ou a eternidade?
Obrigada por partilhar as suas reflexões.
Boa continuação :)
B. Luz
que o palco vazio se encha de novo com muitas e deliciosas emoções. um belo poema, parabéns!
ResponderEliminarMeu querido Poeta
ResponderEliminarTivesse o tempo mais tempo e a Primavera fosse um eterno renascer.
Como sempre um belo momento de poesia.
Um beijinho
Sonhadora
Neste "palco" cheio de fragrâncias e frescura, deliciei-me com as cores do poema a voar pelos caminhos da vida! Lindo AC! Beijinho E BFS :)
ResponderEliminarE o que não é efémero? ;(
ResponderEliminarA morte, talvez.
Abraço-te
Amigo AC,
ResponderEliminarNão podemos admitir que nosso destino seja decido pelo jogo de azar olímpico.
Diante de tanta beleza natural, só poderia mesmo resulta em um valoroso poema contendo poesia deste quilate.
Ótimo alumbramento, amigo!
Abraços do amigo e ótimo fim de semana para ti e família.
O jogo sempre pode virar...
ResponderEliminarConfio.
Um grande bj querido amigo
AC, parabéns pelo bom gosto da pintura, é linda e quanto ao poema, se ele tivesse sido feito para adornar a tela, não nos pareceria estranho.
ResponderEliminarbjs nossos
os deuses nos dedilham em seus acordes, acordem, acode-nos,
ResponderEliminarabraço
Os Deuses possuem mãos tortas,por isso, não é auspicioso permitir-lhes o jogo do destino.
ResponderEliminarEm prosa ou verso, tu me comoves.
bj, meu amigo querido
Sorte minha essa reedição, pelo prazer de ler como se inédito aqui. Para mim, foi, assim, como se repete sempre a primavera. Todavia sempre nova.
ResponderEliminarAbraços, AC. Bom domingo.
Gilson.
Talvez se possa aninhar nesse palco vazio à espera de nova Primavera. Porque se é efémera a Primavera, há razão para pensar que tal efemeridade também se aplique ao Inverno :)
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
A impermanência na vida,
ResponderEliminartudo em constante mutação.
Boa semana!
Beijos :)
Oi AC, nem sei dizer o que é mais lindo, teus versos ou o conjunto dele com a imagem. Perfeito AC.
ResponderEliminarbjsss
✿✿¸.•° Tudo é efêmero! Amei o texto anterior.
ResponderEliminar✿¸.Boa segunda-feira com tudo de bom!
Beijinhos.
✿✿°
✿
Que poema, heim? Isso acontece, mesmo! Movidos pela emoção encontramos também muitas vezes um caminho de solidão, isso se chama vida! Um abraço, uma semana repleta de sonhos e alegrias!
ResponderEliminarAC,
ResponderEliminarTão bonito este poema. A Primavera passou, o tempo não perdoa, corre como a água do rio. Mas na torrente das águas quem sabe se a solidão não acaba?
Um feliz Verão.
Beijinho.
Muito belo... o toque que as palavras escrevem em nós, é eterno.
ResponderEliminarbeijos
cvb
Vejo a solisão, o tempo perdido, o ser em eterna hipnose dentro de tão belos versos.
ResponderEliminarO tema da separação... dolorosa, mas belamente tratado!
ResponderEliminarUm abraço.
Tranquiliza-me e muito que certas coisas sejam efémeras.
ResponderEliminarConto expressivo e cintilante!!!
Beijinhos, boa semana!
Madalena
belo poema - "pagão e puro"...
ResponderEliminarabraços
Linda pintura, e obrigada pela mensagem no meu cantinho, eu adoro os animais.
ResponderEliminarUm abraço
AC linda maneira como descreves teus versos. Amei!! Boa semana meu amigo.
ResponderEliminarDramático erotismo.
ResponderEliminarAdorei :)
Beijoss
O que foi bom, cristaliza na alma, o restante, que se desvaneça no passado.
ResponderEliminarAbraços poeta!
O AC tem destas coisas...consegue transformar algo triste, em incrivelmente belo!
ResponderEliminarBeijo
Sónia
E que essa tristeza seja apenas impulso pra uma bela poesia,,,sentimentos de alma....abraços de uma bela semana pra ti meu amigo...
ResponderEliminarInspirador.
ResponderEliminarIntenso.
Sentimental como são as tuas interioridades...
Lindo, AC.
Beijo!
Tristeza alegre, pela beleza da sua poesia, AC...
ResponderEliminarBeijos,
da Lúcia
Começo por sublinhar a estruturação (muito hábil) do poema, em duas partes (ainda que não espaçadas, o que se compreende pela intenção de tornar imprevista (até brusca) a transição entre esses dois corpos poéticos
ResponderEliminarA estrutura reforça, de forma fulgurante, o que se diz
Acrescento-lhe o contagiante o ritmo, em crescendo, que marcam cada uma das duas partes,
Ritmo apenas quebrado na transição, que acima referi, a qual serve também como ponto de recomeço desse crescendo,
um recomeço quase inverso, em sentido oposto
(a transição é confluência)
dados os diferentes tons
(primeiro o traço idílico, sensual, memorial
depois, claramente enegrecido).
Finalmente,
o que se diz, belo, invasor, intenso, cativante
e as emoções (quase excluendas) que provoca ao leitor
Quando escrevo assim tanto é sinal que gostei mesmo muito do poema
Abraço
A seara ondulava
ResponderEliminarSensual
E as papoilas
Efémeras
Adornavam o cenário
Que embalava
O voar das borboletas
Só aí já basta um grande poema...
O demais ainda o torna mais profundo.
Um abraço e grata pela visita, meu amigo!!!
Um final triste, mas ainda assim um poema muito bonito!
ResponderEliminarBeijos
Eu sei que escreves bem mas, não conhecia ainda, essa tua queda para a poesia! lindo!
ResponderEliminarBjs
Caro Agostinho,
ResponderEliminarDepois, de umas hortícolas de encher o olho, uma poema de encher a alma.Ser poeta é,...
Um abraço,
às vezes não percebemos o frio de nossas escolhas e quando acordamos da queda das ilusões vemos que o palco também não existe.
ResponderEliminarabraços!
Tocou-me, de modo particular este poema, agora que as minhas searas, há muito esquecidas dos os caminhos de maio, procuram o trigo escasso entre a abundância do joio.
ResponderEliminarUm beijo
Esquecemo-nos que o tempo
ResponderEliminar(gela as asas)
Quando cansadas de voar,por um dia terem tocado como harpas.
Adorei a tua poesia.
Beijo
AC,
ResponderEliminarSim, só as flores têm a beleza frágil da delicadeza eterna.
Obrigada pela visita e pelas suas palavras.
Beijinho e boas férias!:)
Triste AC, mas penso qe as vezes os palcos vazios podem ser mais humanos que palcos onde a multidão lá está, porém ninguém escuta de verdade. :), um beijo
ResponderEliminarTentei seguir-te e não consegui, não sei o que houve..., mas parabéns por teu blog. e agradeço por seguir-me.Grande abraço.
ResponderEliminarAC
ResponderEliminarembalei-me no teu poema, comecei numa primavera florida, passei por um verão quente...
mas também há o inverno...
beijinho
Nenhuma primavera é definitiva, e nenhum rosto vive feliz deslumbrado na solidão da própria imagem.
ResponderEliminarUm beijinho, AC
Uma alegria inebriante com as palavras, parabéns.
ResponderEliminarAgradeço a visita em um dos meus blogs.
Abraços de luz.
Lua.
Quantas primaveras existirão em uma vida?
ResponderEliminarQuantos seres têm uma primavera?
Todas as estações possuem o seu ciclo, mas elas não sabem disso, que tudo passa, se vai, esvai-se, e insistimos em fazer de conta que nós também não sabemos de nada, somos uns "pobrecitos"...:)
beijo :)
tudo tem o seu tempo, assim nos mostram as estações do ano
ResponderEliminarbeijos
Lindíssimo!
ResponderEliminarMuito andamos nós na solidão dos palcos
Beijinho
um poema puro e no entanto denso e verdadeiro.
ResponderEliminarmuito bom!
bom fim de semana.
beij
Oi AC, passando para desejar um ótimo fim de semana e prá reler teu texto! bjsss
ResponderEliminarQue lindo AC!
ResponderEliminarTao bom te ler!
Ja estava com saudades
Beijo e bom fim de semana!
É assim o tempo...
ResponderEliminarSublime!
Abraços