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Hélio Cunha, A Porta do Infinito
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Tinha sido forjada em boa conjugação astral. A vida, sempre ávida de provas e testes, bem a tentava com sorrisos de néon, mas ela não cedia. Apenas lhe interessava o que respirava ao ritmo do coração.
Quando ganhou segurança ousou subir às nuvens e, qual sacrilégio, aprendeu a vogar e a pendurar-se nelas. O mundo não aplaudia, como fazia nas traquinices de infância. Depressa percebeu que percorria um caminho interior, só dela, procurando respostas para os vislumbres que, de quando em quando, assomavam à superfície. E com o quente e frio da viagem foi aprendendo a libertar palavras que, a pouco e pouco, ganhavam asas. As suas asas.
Quando as palavras, feitas poesia, chegaram aos outros, sentiu que parte do círculo se fechava. Mas não completamente. A sua solidão, tecida em delicados e imensos fios, continuava a ansiar pela palavra inicial.
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Libertar palavras...é isso, é este o anseio de tantos de nós. Assim me sinto tantas vezes, fechando ciclos, mas sempre ávida pela palavra inicial. Tão sensível, tão belo texto. Tua escrita é de uma delicadeza que emociona.
ResponderEliminarBeijos,
Às vezes sinto-me tentada com a palavra final!
ResponderEliminarAbraço
Um lindo caminho desde o nascer das palavras...Lindo! abração,chica
ResponderEliminarPoeta , não imagina como espero chegar o sábado para alegrar minha alma com a delicadeza da sua escrita . Não sei se tem algum livro publicado e se tiver saio para comprá-lo , já .
ResponderEliminarBeijos e ótimo final de semana
Sabes, Poeta
ResponderEliminarQue fica-me a sensação de que tua prosa bela
Voa para regressar a um em circulo fechado que me inquieta
Ainda espero te ler exterioridades que todos trazemos à flor da pele... em palavras
igualmente com asas.
Os caminhos interiores a percorrer por vezes são tão dificeis quanto os exteriores, mas nada nos impede de seguir em frente.
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Um texto muito interessante. A complexidade dos sentimentos dos poetas nem sempre são fáceis de entender por quem os lê.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
O importante é a viagem interna, independentemente, da oipinião dos outros.
ResponderEliminarSaudações.
Um ciclo. Busco sempre o início.
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo
Amigo AC,
ResponderEliminarAs palavras continuam viajando mesmo depois de seu destino. Muitas vezes, são incompreendidas, mas continuam no ar.
Quando damos asas aos nossos sonhos e ideais, é prudente ainda mantermos os pés no chão. Os nefelibatas podem se precipitarem como Ícaro.
Texto espetacular, amigo!
Abraços e ótimo fim de semana para ti e família.
acredito que as palavras dos poetas, nunca tem fim. Mesmo porque vocês sempre estão refazendo, relendo.
ResponderEliminarbom final de semana.
Asas...Todos gostam de asas, mas, só alguns fazem uso delas para viajar para dentro de si mesmas. Amigo AC, um beijo!
ResponderEliminarAs palavras nos dão asas , mas só a palavra certa nos dá o voo. E qual é ela?
ResponderEliminarDifícil descobrir.
Beijo AC. Um lindo domingo prá você.
Estas palavras imergem de águas arquétipas onde de forma "inexplicável" todos nos revemos. Uma boa semana.
ResponderEliminarOlá, Obrigada pela gentileza de sua visita por lá.
ResponderEliminarQuanto ao texto sinto-me nele. Refugio-me no meu interior e escrevo ao mundo em busca do que está escrito no coração das pessoas.
Por aqui vejo que há muito coração e por isso estou ficando.
Beijos!
O Mundo nem sempre compreende pessoas assim, que se penduram nas nuvens e se atrevem a seguir o seu caminho interior. Tão pouco lhe perdoa por isso... Mas ainda bem que elas existem e não desistem de ser quem são.
ResponderEliminarLindo texto, AC!
Beijos.
Ter asas , saber usá-las só para alguns .
ResponderEliminarE nem sempre compreendidos e aceites .
Porém , isso é como que impulso maior para a busca de certos anseios .
Um belo texto , como sempre .
Um beijo AC ,
Maria
Passamos a vida nos buscando!
ResponderEliminarUm abraço
São asas frágeis, necessitam de muitos cuidados. Nunca definitivas, nunca garantidas.
ResponderEliminarUm abraço.
Senti-o muito perto. Como se fosse meu.
ResponderEliminarObrigada.
Um beijo
Há sempre momentos de solidão, em que as asas não nos levam onde desejaríamos.
ResponderEliminarA palavra inicial... um retorno constante?
Beijinho.:)
AC,
ResponderEliminaruma viagem sem fim..
perene na palavra..
beijos querido..
boa semana.
o anseio de sílabas em combustão,
ResponderEliminarabraço
Se queremos asas precisamos saber usá-las. Um grande abraço e beijo amigo AC. Boa semana.
ResponderEliminarVoei nas asas das palavras...aqui, das suas!
ResponderEliminarBelo o seu texto, AC!
Beijo :)
Sónia
Cada um voa com o que pode...beijo Lisette.
ResponderEliminarE que se faça dessa solidão a mais pura poesia...abraços amigo e uma noite de paz pra ti.
ResponderEliminarMeu querido Poeta
ResponderEliminarPor vezes ficamos assim...sem nós e sem braços para nos abraçar-mos.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Sorriso de néon é o que surge com a palavra final do teu texto. Muito bom.
ResponderEliminarQue belo texto, lindo de se ler.
ResponderEliminarbeijo
boa semana
AC,
ResponderEliminarHá muito quero vir por aqui, não tenho vindo por nenhum motivo especial, apenas porque não tenho passado muito por a maior parte dos amigos da blogosfera, alguns que até considero imenso, mas eles sabem que o silêncio tem consigo os afectos, que os interregnos são apenas porque têm que ser, que a vida não é linear e este texto fala-nos também disso mesmo, a procura da palavra inicial...
Viver é ser, sermos nós mesmos, reaprendermos a ser e escutarmo-nos no silêncio dos dias.
Beijos
Excelente texto, repleto de metáforas vestidas de fortes sensações. Adorei, como sempre. Abraços
ResponderEliminarMeu amigo a viagem e o crescimento interior nem sempre é fácil e compreendido.
ResponderEliminarBelo e profundo como sempre!
beijinhos
彡♡°
ResponderEliminarSeria a vida uma busca infindável... um círculo vicioso!?....
Boa continuação da semana.
Beijinhos.
¸.•♫°`♡♡彡
Olá, sou a tua nova seguidora! Gosto muito do teu blog, e adoraria que visitasses o meu (acabei de o fazer, é muito recente):
ResponderEliminarescrevendoquandochove.blogspot.com
Beijo, 'brigada!!
Uma bela noite pra ti meu amigo...abraços...
ResponderEliminarPalavras, feitas poesia, que ganham asas e, chegam com encanto - à alma de quem as lê... a vida é uma constante caminhada em busca de nós mesmos!
ResponderEliminarLindo AC! Beijinho e boa semana!
Talvez ,o inicio esteja no fim de um começo
ResponderEliminarE o círculo sejam asas fechadas, que esperam um sopro…
Beijo
existe sempre um caminho a ser trilhado mas o interior acaba por nos levar á leveza do Ser
ResponderEliminarbeijinhos
Olá, AC!
ResponderEliminarEsta vida é uma viagem, como lá diz o cliché, sobretudo a efectuada dentro de nós...
Bonita prosa!
Bom fim de semana; abraço amigo.
Vitor
pôr o coração nas palavras e cheirar a solidão como quem cheira uma rosa :)
ResponderEliminarbeijos!
A eterna e insaciável necessidade de se encontrar... Excelente texto, como sempre!
ResponderEliminarLindo blog, amei as postagens, li algumas, voltarei para poder reler e sentir a essencia das palavras.
ResponderEliminarAlçar voos requer segurança, isso se aprende com a própria vida, que bom que é viver, se atrever, poder ir sem medos!
Abraços e prazer em ter você lá no meu recanto!!!
Olá carissimo venho aqui para pedir seu endereço...Não pense que estou com segunda intenções mas, estou com terceiras kkk, bom você ganhou o diário da Madalena Barranco e eu preciso enviar para ti. Então aqui esta o meu email francysoliva@gmail.com, então aguardo seus dados para poder lhe entregar. Beijos tenha um belo final de semana.
ResponderEliminarAinda bem que existem pessoas que não desistem de ser quem são. Mais um excelente texto, belo e profundo!
ResponderEliminarBjs
Caro Agostinho,
ResponderEliminarUm viagem ao mais profundo de nós.A interioridade vestida de palavras e emoções.
Abraço,
ResponderEliminarA busca é interminável!
O coração do homem é um mistério infinito e a solidão, não só nos torna mais conscientes dessa realidade, como nos impele a continuar, sem descanso, a desbravar desertos, dentro e fora de nós.
Obrigada!
Um abraço, AC.