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Pintura de Carlos Godinho
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Hoje a chuva, imperativa, requer espaço para melodias de uma só corda, primeiros embalos dos distantes aromas de Maio.
Recolho-me a ancestrais aconchegos. Na vizinhança da lareira há sempre pequenas feridas para lamber, há sempre terrenos de assombros por cultivar.
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As gotas de chuva não atingem quem se refugia perto da lareira, mas outras podem escorrer se as feridas forem profundas.
ResponderEliminarGostei do texto. A ilustração é perfeita!
E descobre novamente a simplicidade do mundo...
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
Dia de chuva,junto á lareira, recordações que chegam, novos momentos se desenham...
ResponderEliminarGostei.
Bom fim de semana
Olá caríssimo o recolhimento sempre se faz necessário em alguns momentos, e a chuva sempre nos leva a ele.
ResponderEliminarBeijos tenha um lindo final de semana.
PS. recebeu o diário da Madalena?
o singular tom da solidão que o verso impõe
ResponderEliminarUm prazer te ler
Abraço
Tudo se move
ResponderEliminaraté o vento
Segue nessa intimidade com tuas próprias palavras e recolha-se sempre, a fim de apreende-las.
ResponderEliminareste dia a isso convida.
ResponderEliminara recolhimento puro.
um bom fim de semana.
beijo
Uma beleza! Um cenário belíssimo, ainda que as feridas latejem e não nos permita dormir sob a quentura da lareira.
ResponderEliminarBeijo!
Uma lareira aconchega sempre. Exalta a melancolia ou não, prende, no entanto, o nosso olhar.
ResponderEliminarBeijinho.
Acolhedor :)
ResponderEliminarBjs
Depois de ler este texto sorri porque me lembrei de um texto de Torga (é tão bom sorrir assim). Diário XI, "Coimbra, 3 de Agosto de 1970 - Tanto que tenho dito de mim - que faz, afinal, um escritor, ainda por cima dobrado de poeta, senão dizer de si, a propósito e a despropósito, explícita ou implicitamente -, e parece que nada revelei do que mais importava aos curiosos da intimidade alheia. E o pior é que os vou deixar mesmo ougados. Seria necessário, para lhes satisfazer o apetite bisbilhoteiro, mudar inteiramente o tom de voz, trocar o mediato pelo imediato, a polpa pela casca..."
ResponderEliminarConfesso que substituí a ambiência da lareira pelo dvd do Stephane Grapelli (nos seus dourados 85 anos) e que nunca nos falte a vontade de cultivar.
Beijos :)
Olá, AC!
ResponderEliminarRecolhimento, hibernação do pensamento ... só disponível para trabalhos de menor monta, enquanto se pensa no Verão que há-de chegar.
E eu fico-me por aqui, a pensar nessa lareira...
Abraço amigo.
Vitor
É necessário remover a terra!
ResponderEliminarUm resto de bom fim de semana meu amigo.
Beijinho e uma flor
Essa é uma lareira solitária, que às vezes sabe bem.
ResponderEliminarOutras vezes, melodias de muitas cordas. Partilhar umas castanhas e uma saborosa jeropiga, em amena conversa, ao redor da lareira...
É bom ter amigos.
ResponderEliminarbelo espreguiçar felino
- ouvi o miado daqui
rsrs
abs
Aconchegos... lareira... rcolhimento...as vezes é necessario para recarregar energias...
ResponderEliminarOlá, amigo AC!
ResponderEliminarA chuva nos obriga a procurar abrigo, mas é um ensejo para contemplarmos a natureza e fazermos introspecção tentando curar nossas mazelas.
Como sempre, texto impecável!
Abraços e ótimo fim de semana para ti e família!
não há do que reclamar...uma lareira,uma chuva mansa, um gosto de saudade e uma alma poeta.Tudo de bom!
ResponderEliminarUm abraço
Lindo e deu pra imaginar a cena...abração,chica
ResponderEliminarChuva frio lareiras, eis um trio que costuma tocar a preceito a melodia do inverno.
ResponderEliminarBom descanso
Um abraço
no refugio da chuva, e entre o calor das paredes, o aconchego convida-nos a ouvir as nossas vozes interiores...
ResponderEliminarBeijinho, AC!
Espero, poeta
ResponderEliminarDe tal cultivo, a colheita
na chuva
ResponderEliminarhá sempre
e sempre há!!
Lindos demais teus versos! .)
É sempre bom ter o aconchego de uma lareira para
ResponderEliminar"cultivar nossos terrenos de assombros", e quando
se tem a poesia como ferramenta(como é o teu caso), fica mais fácil colher bons frutos!!!
Tenho andado meio ausente por conta de problemas
pessoais, mas aos poucos vou retomando o fio...:)
Estava com saudades daqui!
beijo :)
Poeta ,
ResponderEliminarA meu sentir , parafraseando Caio Fernando Abreu , este texto é uma pequena epifania ,quando coloca de modo rápido e delicado , frente a nossos olhos , a possibilidade de reflexão diante da " chuva imperativa " .
Beijos
Ps : Corrigi seu endereço no meu blog .
Obrigada .
Sim, estão a chegar esses dias. E hibernar um pouco é necessário de vez em quando...!
ResponderEliminarUm bom domingo - junto ao calor da lareira. Beijos
E eu amo a chuva, a lareira, as castanhas,...
ResponderEliminarAbraço meu
e são nestes momentos que interiorizamos mais a vida
ResponderEliminarbjs
por cultivar, há sempre o que viceja
ResponderEliminarabraço
Meu amigo esta época do ano sempre nos leva para este aconchego.
ResponderEliminarBeijinhos
E há sempre castanhas para assar...até que gosto de hibernar assim.
ResponderEliminarBjs
já me sinto anfibia
ResponderEliminarkis .:=)
Olá AC é dificil descrever nossos sentimentos quando nos deparamos com algo tao rico e reflexivo como senti em seus poemas, de todos modos quero desejo seguir-te para ter o prazer de ler e conhecer mais o seu trabalho poetico. Parabéns poeta!
ResponderEliminar... memórias para acordar e embalar, no colo aquecido pelas suaves labaredas da lareira. beijo
ResponderEliminarAconchegados no nosso lar se pode sentir e apreciar as gotas que caem lá fora.Lindo modo de expressar esse momento!
ResponderEliminarBom começo de semana,
"Aconchegos ancestrais" soa como música aos meus ouvidos. Lagos, riachos, mares de poesia por aqui. Sempre. Em poucas linhas, um mundo.
ResponderEliminarBeijos,
"cariocas não gostam de dias nublados"... nem chuva, nem frio, acho que nós, na verdade, sempre tentamos argumentar solarmente, porém no íntimo há um espaço invernoso, que nos impõe as dores, essas que dissimulamos com risos.
ResponderEliminarLindo "Recolhimento"!
Bj, querido poeta, AC
Há dias assim, que exigem recolhimento!
ResponderEliminarAguardo o produto do cultivo.
Bj
Acho tão interessante o seu estilo. Bem diferente de todos os que conheço. Belo! Um abraço.
ResponderEliminarPrecisamos de regar o nosso "eu" para sairmos revigorados. Te abraço
ResponderEliminarBS
AC
ResponderEliminarEu tinha um jeito fácil de ver quem eu era amiga.Mas despareceu e entao eu só respondo a quem vem no blog.
Por isso nao vou mais com tanta frequencia e nao sei como retornar ao antigo modelo.
Um grande abraço Reze por mim pois hoje é meu aniversario
Obrigada pelas palvras amigas. Minha tia era o meu anjo que se foi
com amizade Monica
assombros a cultivar, que regue seu jardim para não secarem as plantas, que cultivem assombros de beleza, poesia e música
ResponderEliminarbeijos
Sempre regar a nos e o que levamos por dentro.
ResponderEliminarBjo no coração.
Os ancestrais aconchegos versam possibilidades, atravessar chuvas e inquietudes imperativas.
ResponderEliminargrande abraço,
Neste tempo frio de outono, o recolhimento junto à lareira - conforta e aconchega :)
ResponderEliminarBeijinho AC e boa semana!
a chuva e as memórias de uma primavera talvez distante
ResponderEliminarmas fiquei me pela lareira do vizinho
beijinho
Você tem uma forma unica de desenhar as palavras. Não vi nada parecido.
ResponderEliminarEstou visitando alguns blogs e convidando para conhecer o meu cantinho, está havendo um sorteio, acesse a aba Sorteio: Valorizando o Nacional. Ou, simplesmente visite e conheça minhas singelas palavras.
Beijo fica com Deus.
http://luzia-medeiros.blogspot.com.br/
Caro Agostinho,
ResponderEliminarEssa lareira de que fala.Retiro de poetas por excelência.
Muito bem acompanhado.Sim senhor!
Abraço,
Olá, bom dia!
ResponderEliminarVamos sair do interior e deslocarmo-nos até ao litoral?
Lisboa tem a beijá-la o Tejo e, hoje, tem o sol a iluminá-la, também. Será o nosso esconderijo. Aceita?
Eu sei que não irá responder, mas as perguntas ficam, aí, no inconsciente do seu blogue.
Sei que gosta das manhãs de sábado, do mês de Maio e da chuva imperativa. Veja só as coisas que eu sei!
Eu prefiro a chuva EXCLAMATIVA. Sentires!
O calor, o aconchego, da lareira ou não, sara, sara qualquer ferida. Então deixemo-nos ficar, à mercê, sonhando, sentindo.
Bom sábado, mesmo se a chuva teimosa, acampe aí.
Um beijo da Luz.
Boa tarde, AC. Reportar-se aos carinhos do passado é sem dúvida muito triste, quando vemos o nublado das emoções, as marcas de um amor que ficaram para trás sem sabermos como foi que aconteceu, se foram as tempestades das palavras ou a inundação das brigas.
ResponderEliminarExcelente.
Beijos na alma e fique na paz!
O ancestral fogo que tudo nos traz e tudo nos leva .
ResponderEliminarLindo este pequeno texto .
Um beijo , AC , e bom domingo ,
Maria
O silêncio interno é a porta para ouvirmos a voz que nos levará a grandes descobertas.
ResponderEliminarParabéns pela postagem.
Até mais!
Ah! Quantas lembranças a nos perseguir...Grande abraço, AC!
ResponderEliminarBoa tarde, amigo poeta AC. Existem feridas que nem o calor da lareira, nem o silêncio ajudam a cicatrizar. E com este frio ( em todos os sentidos...)
ResponderEliminarDivinal o seu pequeno texto.
Abraço amigo e bom domingo de S. Martinho.