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Hélio Cunha, A Estação dos Pássaros
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Avesso a conjuras e maus presságios, o ressoar da madeira ecoava pelo vale, entoando cantilenas de pássaros em construção.
Sentias-me habitado, emaranhado em equações de verdes desígnios, e subias ao alto da colina para me trazeres novas do horizonte.
Oferecias-mas ao serão, imbuída de cores, retribuía com relatos da arquitectura das aves. Já os sabias, já a sentias. Nessas horas éramos crentes, o ritual apenas acentuava o brilho das palavras primordiais.
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E era só então, que nessa íntima comunhão, os pássaros verdes, que atravessavam o sentido primeiro das palavras, nos vinham poisar nas mãos...
ResponderEliminarBeijo
Laura
não resisti :)
Há sempre um rumor de água límpida, a correr entrelinhas da foz para a nascente.
ResponderEliminarUm beijo
Tanta profundeza em tão poucas palavras...
ResponderEliminar"A arquitectura das aves"... poesia do voo.
Como sempre, é uma viagem ler as suas publicações.
Grata pela magia do momento.
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Por aqui há sempre uma magia nas palavras, um tom encantatório, um lirismo repegado, revivificado. Uma elaboração cuidadosa da escrita. É sempre um renovado prazer fazer a leitura da palavra dita, entredita em cada postagem.
ResponderEliminarAbr.,
A poesia em construção!
ResponderEliminarAbraço
Três parágrafos que tanto dizem, que tanto sentem.
ResponderEliminarbeijinho meu amigo
Fê
...e eis um quadro pintado com a maestria de quem sabe plantar cantilenas verdes nas colinas e a calma silenciosa do horizonte!
ResponderEliminarFraterno abraço
Palavras coloridas soltaram-se do alto dessa colina de vida :)
ResponderEliminarHá sempre uma unida crença,
ResponderEliminarhá sempre uma clara conivência
uma profunda intimidade
com quem nos traz novas do horizonte
...e ouvem-se o bater das asas
por entre a geometria das palavras
ditas em cada serão
Ah, meu amigo, não há quadro mais colorido...
A poesia é instrumento da arquitetura dos sonhos... lindo!
ResponderEliminarUm abraço
As palavras brilham, beijo Lisette.
ResponderEliminarBelo AC, como sempre!
ResponderEliminarum beijo
A arquitectura das aves emitem o mistério, a beleza dos sons e a
ResponderEliminarpaz do silêncio que ecoa em nós em asas...
E as tuas palavras ecoam a beleza profunda e muito bela!!
Beijo.
equações de verdes desígnios: demais
ResponderEliminarabraço
Não era mais preciso, mas evocava as sensações em fortes tons.
ResponderEliminarUm toque divino, AC!
Abraços poeta.
Paz e Luz
Olá AC:)
ResponderEliminarMuita esperança aqui se encontra! Apelo à fé... e pergunto: de forma proporcional, seremos também senhores de uma maior angústia!?
bjs:)
Verdes desígnios, que coisa larga e pulsante...Lindo!
ResponderEliminarBeijos, AC
Verde esperança. Profundo este verde- Beijinhos
ResponderEliminarNeste caso, tambem sou o avesso!
ResponderEliminarBeijos
Uma excelente elaboração de poesia, tal como a construão dos pássaros que não desitem da luta, da conquista!
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
"Pagãos e puros" - inocentes no "brilho das palavras primordiais...
ResponderEliminarbelo texto.
abraço
Olá, AC!
ResponderEliminarCom inspiração e talento, muito pode ser dito com poucas palavras; bonito, como sempre.
Um abraço amigo.
Vitor
E das palavras se fez poesia....
ResponderEliminarlindo....
beijo e bom fim de semana
Belo texto poético!
ResponderEliminarEstava com saudades daqui.
Abraço especial, AC.
E aqui se lêem palavras primordiais.
ResponderEliminarAbraço
Maravilhoso!
ResponderEliminarMais uma vez te vou dizer que, é espantosa a forma como traduzes sentimentos e imagens em palavras!
ResponderEliminarBjs
Cores e pássaros só são possíveis de serem vistas quando a alma está aberta para a vida. Lindo poema, um abraço!
ResponderEliminaro aprendizado da vida talvez nem seja o que dele intuímos, quiçá esteja anteriormente pre-escrito na matéria, quiçá?
ResponderEliminarAC, sabe-se sua leitora atenta. Deixe-me, contudo, que acrescente, e que lhe diga que cada texto seu me obriga a questionamento interior e isso, estimado AC, é enorme, e por isso lhe fico grata.
um abraço amigo
Mel
Às vezes queremos chegar às palavras primordiais mas elas não brotam.
ResponderEliminarO essencial perde-se... e o silêncio é frio.
Beijinho.
Poeta ,
ResponderEliminarSuas metáforas ...
Nos deixa extasiados .
Lindo texto .
Agradecemos .
Beijos
O que já se sabe e o que já se sente fazem parte de um conhecido ritual, independente das novas que do horizonte chegam. Abraços!
ResponderEliminarpalavras primordiais, que ecoam no vale e que precisamos a ecoar em nós.
ResponderEliminaruma boa semana.
beijo
:)
Lirismo brilhante, que nos encanta.
ResponderEliminarBoa semana, abraço
cvb
Precisamos , com toda a urgência , ir com as aves buscar os verdes desígnios .
ResponderEliminarUm beijo , AC ,
Maria
Um texto reflexivo, as vivências que sempre afloram de nossa reflexão mais profunda.Muito bom!
ResponderEliminarforte abraço
c@urosa
AC, os seus contos nem precisam de ilustração, estão de tal forma bem escritos que criam uma sequência de imagens e paisagens!
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana!
Madalena
"O brilho das palavras primordiais."
ResponderEliminarNuma frase, pura poesia!
Querido amigo, obrigada pela visita e comentário.
Abraços!!
Há sempre um prazer imenso em ler as suas palavras!
ResponderEliminarBeijo :)
Sónia
Me encantei pelos verdes designios...
ResponderEliminarbjs nossos
as cozinheiras
Show, AC. Lindo! Beijos!
ResponderEliminarAo ler todos os comentários anteriores, que falam de maestria, de encanto, de fé, de palavras primordiais, nada de novo tenho a acrescentar... excepto para dizer que consegue evocar sentimentos muito fortes e positivos com a sua escrita.
ResponderEliminarUm abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
P.S. E o frio que não nos larga
Tao bom ler versos profundos que fazem sentir a grandeza e o lirismo da poesia que escorrem em ti.
ResponderEliminarPS:
Querido, sei que ja ando sumida e vou estar um pouco mais ausente nossa querida blogosfera, mas não poderia deixar de passar por aqui para agradecer o carinho de sua amizade de longas datas!
Sempre que der estarei passando para matar a saudade de te ler.
Muito obrigada!
Beijo grande!
Todas as palavras são coloridas, para mim... as cores vão-se combinando e podem modificar-se ligeiramente conforme a combinação imposta pelo texto que leio ou escrevo. Nada "do outro mundo", AC... chama-se "sinestesia" e corresponde a uma ínfima mutação, algures no décimo sexto cromossoma...
ResponderEliminarTudo isto para dizer que a "combinação" me foi muitíssimo agradável, nesse aspecto também.
Abraço!
Um texto muito bonito que eu tenho pena de não saber comentar à altura.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
verde é uma cor que me faz pensar bonito e crer no amarelo do sol
ResponderEliminarvc é imenso, AC, poeta queridíssimo meu!
bj grande
Fica-se em paz quando se observa o voo dos pássaros...
ResponderEliminarEncontram a rota certa, têm um destino e enfrentam os desafios...
Foi o que senti ao ler o texto - paz....
Adorei cada palavra...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Nada como esconjurar os tons de verdes, gosto do verde... Beijos meu querido poeta bom final de semana.
ResponderEliminarTamanha inspiração...
ResponderEliminarBeijos.
No contrario do que se vê
ResponderEliminarÉ verde o tom construído já á muito.
Nas penas espera-se esperança.
Gostei muito, mesmo.
Beijo
É urgente o verde da Esperança! Beijo:)
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