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AC, Neblina com Gardunha ao fundo
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As sementeiras primaveris clamam pela sua hora, mas a chuva não dá tréguas, principalmente para quem se circunscreve aos finais de semana para piscar o olho à terra.
Quem parece feliz são as plantas espontâneas, a redescobrir memórias de convívios ancestrais. Crescem, ufanas, com um viço estonteante, como se, de repente, obedecessem a um qualquer manifesto descolonizador. Eu bem lhes digo que há lugar para todos, mas parecem-me renitentes. E, obstinadas, continuam a crescer, argumentando, desta vez, com matéria existencialista.
Olho a chuva, expectante, através da vidraça. A passarada, acautelada, não se mostra, também ela à espera duma pausa para procurar sementes e lagartas. As plantas, de um verde vivo, parecem sorrir, em espontânea afirmação de tudo o que é novo. E eu, rendido à sua beleza, também sorrio. Mas quando a chuva der folga, e por mais sedutora que seja a sua exuberância, as plantas vão ter que aprender a partilhar o seu espaço comigo.
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Que lindo!
ResponderEliminarHarmonia entre natureza e ser humano!
A troca das estações, natureza exuberante ao olhar dos que percebem!
Beijo carinhoso!
Fiquei alguns minutos a ver a tua foto porque gostei imenso e vou nas asas daquela ave a ouvir o eco maravilhoso da melodia das tuas palavras tão condizentes.
ResponderEliminarUm abraço sincero e mais uma vez...parabéns!
Esbocei um sorriso a este seu registo. A chuva não tem dado tréguas, mas a sua janela tem uma vista priveligiada. Enquanto a sua mostra um manto verdejante, a minha mostra uma urbe cinzenta.
ResponderEliminarVal ver que na hora certa, a verdure sempre prevalece.
Fica um beijinho.
Queria um pouco dessa chuva por aqui. Dizem que só volta a chover em setembro...
ResponderEliminar~~~
ResponderEliminarSão muito especiais estes bucólicos fins de semana, em
que a natureza - doce companheira - é admirada e amada,
como ficou descrito neste encantador texto.
Aproveitem as plantas, porque nós estamos cansados de chuva!
Bom domingo, AC. Abraço amigo.
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Até com a erva que nasce e cresce espontânea, tomando conta do espaço que pertence à sementeira, tu olhas condescendente e com uma bonomia quase poética.
ResponderEliminarAdmirável mundo o teu, AC...esse teu mundo interior tão rico e belo, que faz de ti um agricultor/sonhador :)
Beijinhos, AC, e bom Domingo. :)
Muito belo o texto.
ResponderEliminarA ligação do homem à natureza é sempre inspiradora.
Um abraço e feliz dia.
A chegada da primavera faz-nos reflorescer a alma. O verde viçoso imprime esperança e a chuva pode encerrar a promessa de um arco-íris :)
ResponderEliminarUm beijinho, AC :)
A chuva faz com que tudo fique diferente... O cheiro a terra fica mais intenso...
ResponderEliminarPasse por lá...
Beijos e abraços
Marta
Ah, esse mergulho na exuberância do verde na bênção das chuvas.
ResponderEliminarE quando deixar de cair, cairemos nós no êxtase das flores!
Beijinho AC! **
Que bonito, sempre!
ResponderEliminarA voz da terra...
O texto é "saboroso"...adorei o título!
bejinho
✿゚ه° ·.
ResponderEliminarSomos nós que provocamos o desequilíbrio... a chuva é uma benção!!!
Felizes são as plantas que podem desfrutá-la e agradecer com todo o viço e beleza possível!!!
Quanto à nós... temos que ter paciência com "o sorriso das plantas".
Ótimo domingo!!!
Ótima semana!!!
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A chuva não dá tréguas, nem sua escrita poética, que até às ervas respeita, como parte integrante do jardim: "Eu bem lhes digo que há lugar para todos".
ResponderEliminarBonito
abç amg
Sempre um prazer viajar nas suas paisagens
ResponderEliminarCaro Poeta Zen,
ResponderEliminarQuem tem intimidade com as plantas sabem dos seus sorrisos
e da sua dança de folhas na expressiva alegria da vida!...
As plantas partilharão o seu espaço com o poeta zen e
sua dança de belas palavras espelhadas de natureza pura.
Adoro ler-te!
Beijo.
há sempre algum joio por entre o melhor trigo...
ResponderEliminarsaber mondar é uma arte. e uma necessidade.
pese embora a circunstância de todas as plantas e ervas serem filhas da mesma natureza...
abraço, meu caro amigo
Estou a imaginar-me numa dessas paisagens tão bem descritas, a molhar os pés nas ervas, a cheirar a terra e a ouvir os pássaros chilrear numa qualquer árvore escondidos. Que bonitas palavras AC. Abraço
ResponderEliminarNatureza e letras em plena sintonia! Quanta harmonia nesta entrada.
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Boa semana.
Um beijo
Esta Primavera, em Macau, não é boa para nada nem ninguém.
ResponderEliminarQue neura!!
Aquele abraço, boa semana
E já aprenderam sem dúvida alguma...!Não paro aqui de me encantar...Bj e boa semana AC.
ResponderEliminarLindo! Pois vim agora da varanda e estou agradada com a chuva :) Tenho uma série de sementinhas a germinar, a ver se vingam...
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana!
Fantástico texto! Sei como é a primavera no campo. Acho tudo maravilhoso e, apesar das ervas daninhas, não quero ser expulsa do meu próprio assombro...
ResponderEliminarUm beijo.
as plantas silvestres
ResponderEliminaros campos lavrados
a azáfama...
os sorrisos do campo...
poesia
OI, A.C., OBRIGADA POR COMPARTILHAR SUAS VIVÊNCIAS JUNTO À NATUREZA.
ResponderEliminarUM ABRAÇO
Que texto maravilhoso, AC!...
ResponderEliminarE quando a chuva der tréguas... certamente elas entenderão, que há espaço para todos... havendo boa vontade...
Realmente... um texto irresistível, que também me fez esboçar um sorriso...
Beijinho! Boa semana!
Ana
Tudo brilha! Ainda hoje eu dizia comigo - "Obrigada Chuva. Agora podes ir embora?"
ResponderEliminarBj.
AC
ResponderEliminardeliciosos estes textos como monólogos, mas confesso que sorri com o final, as plantas que se cuidem.
muito belo.
beijinho
:)
... entretanto no Brasil
ResponderEliminaravança o golpe dos coronéis
fardados à civil
Belo AC esse deslumbrar-se de beleza natural! Um beijo.
ResponderEliminarAgora que também eu pertenço ao campo, ou seja, divido-me entre a cidade e o campo, consigo compreender e bem este seu texto. Fosse há uns tempos e talvez não. E se gostei. O "piscar o olho à terra" é simplesmente perfeito.
ResponderEliminarBeijinho, AC, continuação de boa semana.
Aposto que as conheces pelo seu nome próprio e que tu mesmo contracenas no delírio desta primavera.
ResponderEliminarComo sempre, um texto magnífico e com tonalidades poéticas a condizer com o momento.
Abraço.
Sorri porque não é produtor de cerejas. Serão poucas e caras, este ano. Na próxima semana andarei para esses lados, numa formação. Talvez consiga arranjar tempo para dar um salto a Castelo Novo e Alpedrinha, que ainda não conheço.
ResponderEliminarAbraço e mande vir a primavera, se a vir.
Ruthia d'O Berço do Mundo
Pensava já ter comentado. Lembro-me de já ter lido o texto e de me ter deslumbrado com a foto.
ResponderEliminarNa verdade, esta chuva já nos incomoda e, para quem tem de cuidar das sementeiras, imagino o sentimento de impaciência e até "zanga" com os céus...
Contudo, conseguiste escrever um texto em que a chuva parece abençoada. E, de facto, é-o para essas plantas que crescem sem amarras, agigantando-se, pelo menos por uns tempos, senhoras do seu território. Uma espécie de "tempo de antena".
Mais um belíssimo texto, AC.
Também sorrio.. BJo :)
Se lhes explicar com carinho , de forma que elas entendam , sei que o sabe fazer , elas partilharão .
ResponderEliminarUm beijo , AC , e bom fim de semana ,
Maria
Aqui no Novo Mundo, a chuva também insiste. Nosso outono, que normalmente tem modos de verão, anda fora da linha.
ResponderEliminarAbraços,
Ana Christ
Do Nativos do Mundo