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Ilustração de Luiza Maciel Nogueira
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Meio da tarde. Pelo terreno, espaço de amplas liberdades, cirandava um melro que, qual boneco articulado, ensaiava, com o bico, graciosos movimentos ritmados, de vai e vem, na captura de sementes ou de alguma lagarta distraída.
Um dos pequenotes, movido pelo deslumbramento, tentou apanhar o pássaro, irrompendo de braços abertos. Sentiu o duro do chão, preço normal de qualquer lição. Os outros, rindo, afastaram o espectro do choro.
Um dó li tá,
Quem está livre
Livre está!
O melro, a distância segura, prosseguia no seu debicar. As crianças, num mundo só delas, continuavam a povoar a tarde de estrelas.
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Mundos paralelos e felizes. :)
ResponderEliminarPoeta , lição de pureza . Belíssimo texto , como sempre . Obrigada . Beijos
ResponderEliminarLindo ,doce, momentos deliciosos de ler e viver! bjs, chica
ResponderEliminarDe "estrelas" na testa, heim... :-))))
ResponderEliminarUm mundo só das crianças?
ResponderEliminarOnde?
É perto? É longe?
???
EliminarEstá tudo bem contigo, Rogério?
Crianças são como avezinhas alegres e felizes, porque são livres...
ResponderEliminarUm texto encantador, A.C.
Um beijinho! :)
Um texto brilhante... de uma leveza e candura encantadora...
ResponderEliminarParabéns, por mais esta pérola literária, AC!...
Belíssimo trabalho!
Beijinho! Bom domingo!
Ana
Grande honra AC! Tudo muito lindo por aqui, palavras que nos fazem sonhar! Bjs
ResponderEliminarA infância de um tempo em que o deslumbramento ia muito além da caça aos Pokémons e brincar implicava interagir, comunicar, verbalizar cada emoção...
ResponderEliminarBj.
Lídia
AC escolheu a ilustração perfeita para este terno texto poético.
ResponderEliminarVoltei literalmente à liberdade estrelada da infância...
«Um-dó-li-tá / Cara de amendoá / Um soleto coloreto / Quem está livre livre está». :)
Um beijinho
Livres como os pássaros...felizes como eles...tudo está em seu lugar quando somos crianças ...
ResponderEliminarUm abraço
Tantos mundos neste mundo de estrelas que havia de ter apenas estrelas, brilhantes e puras. Abraço AC
ResponderEliminarLindo, bjbj Lisette.
ResponderEliminarCrianças e passarinhos numa tarde de estrelas!
ResponderEliminarPureza e encantamento a cirandar no pensamento!
Lindo demais!
Beijo carinhoso!
Linda inspiração com bela ilustração que nos remete ao mundo encantado de crianças com suas estrelinhas.Ouço o canto do melro e vejo suas manobras arrojadas no seu caçar.
ResponderEliminarAplausos AC.
Abraços
Era assim que as crianças brincava,.
ResponderEliminarAgora já nem tanto...
Aquele abraço, boa semana
E a malta caía, levantava-se e cara alegre!
ResponderEliminar:)
A delicadeza do texto fascinou-me. Estou a ver os melros. Estou a ver as estrelas que as crianças deixam cair na tarde... Belíssimo!
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
O teu texto remete-me para a minha infância, tão povoada de estrelas...inocência, povoada de natureza, em todos os sentidos, fomos filhos de uma geração habituada a desenvolver os sentidos ao ar livre! A crescer dessa forma, a descobrir dessa forma!
ResponderEliminarNa nossa altura era mais saudável!
Hoje, as crianças não sabem estar umas com as outras, agarradas ao telemóvel... ou na pancadaria... ao ponto mesmo de chegar a magoar! Desenvolvem comportamentos agressivos, o reflexo do mundo em que vivemos, da confusão que reinas nas famílias,etc!
Não, não fui aos Açores, estive quase para ir lá.... :-)
Beijinho :-)
É o que há de melhor em trabalhar com crianças, Ac. Seu mundo cheio de estrelas, a qual muitas vezes fazemos parte também. Abraços!
ResponderEliminarConsegui cair perseguindo o melro [ tão preto e luzidio ] ,vi estrelas e cantei a velha cantiga ... por momentos fui feliz .
ResponderEliminarObrigada!
Um beijo , AC ,
Maria
Que maravilha. As lições da Natureza costumam ser muito sábias. O meu pequeno explorador também andou pelas lides agrícolas e viu, pela primeira vez ao vivo, um louva-a-deus.
ResponderEliminarFelizmente ainda podemos proporcionar estes momentos às nossas crianças em Portugal. É só querer.
Abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
A maioria dos garotos de agora não sabem brincar e felizmente que os meus netos andam quase sempre com os joelhos esfolados, braços arranhados, descalços e por vezes todos sujos de terra. Deixá-los crescer é ordem mas há pais e sobretudo avós que não lhes dão asas para voar, cair e levantar!
ResponderEliminarGostei imenso
Beijocas
Gostei imenso
(mais um texto em modo compota de abóbora à maneira da minha avó, "coisa" muito boa, portanto).
ResponderEliminar...
Tenho um desses melros cá por casa (pássaro preto de bico amarelo e esperto todos os dias) deixa-me doida com a história de passar a vida a deitar a terra dos vasos para o chão. Os meus canteiros que são pintadinhos de branco à volta, são outro alvo. Mal me sentem na passadeira correm a esconder-se debaixo da cameleira. Tenho para mim que ficam por lá escondidos a espreitar-me para, novamente, tentarem desafiar-me. Um dia destes ponho-o na frigideira e junto-lhe tomilho, açafrão das índias e gengibre mooído :))
Beijinho, AC :)
Um mundo à parte, em que ate a dor é relativa.
ResponderEliminarUm mundo pequeno que permite a imaginação sem limite.
Benditas as crianças e as estrelas, o mundo é delas.
ResponderEliminarBeijos
Penetrar no mundo inocente das crianças, na leveza e liberdade dos pássaros e ainda com o brilho das estrelas, é uma oportunidade que eu só quero te agradecer, por compartilhar conosco. Bravo, AC!
ResponderEliminarIntenso momento para quem (d)escreveu e para quem se demora na leitura. Deste prazer (re)nascem outros e, por algum tempo, também sou criança.
ResponderEliminarBjo, meu amigo :)
O mundo perfeito da inocência!
ResponderEliminarMuito bonito!
Beijinho
Assim se enternecem crianças, o negro a gargalhar, e a gente a vê-las aos saltos. Uma aventura mil vezes repetida, os mesmos melros, as mesmas crianças: nós a voar.
ResponderEliminarBelíssimo.
Senti-me em casa, neste preciso momento, em casa e miúda :))
ResponderEliminarBom dia AC
O silencio por aqui já dura há duas semanas, está tudo bem?
o mundo da inocência...
ResponderEliminartão belo de ler.
beijo
:)