sábado, 4 de fevereiro de 2017

RASTEJAR, ALEGREMENTE, NA AUSÊNCIA DA SEMENTE

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Fotografia de AC
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A semana foi intensa, com as exigências do trabalho a ofuscar qualquer olhar circundante, possível passaporte para amenizar a ditadura da obsessão produtiva. 
A escola, meu local de realização profissional, está a tornar-se, cada vez mais, epicentro único do percurso educacional, relegando a família para segundo plano. Por melhores que sejam as intenções, a verdade é que a maioria dos alunos deste país - há excepções, todos sabemos - apenas convive com os pais ao deitar e ao levantar e, quase sempre, com uma disponibilidade deficitária: à noite estão todos cansados, de manhã é o desagradável despertador a ditar leis, dando o sinal de partida para nova correria. Nas escolas, assumindo múltiplas facetas (professor, pai, psicólogo, enfermeiro, confidente...) os professores - alguns, é certo, mas creio que parte significativa - fazem o que podem, tentando que a compreensão da estrutura da vida faça sentido; lá fora os pais esforçam-se por cumprir as exigências, cada vez mais musculadas, dos horários de trabalho, moldando-se à luta pela sobrevivência, ao mesmo tempo que aconchegam, por mais discreta, a esperança dum amanhã mais desanuviador; os políticos fazem contas às metas, analisando obscuros mapas e gélidas grelhas, procurando ir ao encontro das exigências do verdadeiro poder, que se esconde na sombra, sob um imposto denominador comum: o obscurecer da essência humana; a maioria dos meios de comunicação social, adaptados ao papel de modernos necrófagos, teimam em explorar a miséria das pessoas; discute-se, na Assembleia da República, o incómodo tema da eutanásia, mas os argumentos são mais calorosos que esclarecidos; as alegrias e tristezas da tribo refugiam-se, cada vez mais, em obscuros futebóis, verdadeiro muro das lamentações...
Curiosamente, ou talvez não, e atendendo à efervescência do Facebook, toda a gente parece contente, radiante, a vida parece um mar de rosas. É preciso, acima de tudo, parecer, enquanto, paralelamente, os radicalismos se insinuam, cada vez mais, para lá das sombras.
Lá fora, enquanto escrevo, a chuva não cessa. Já ousei desafiá-la para ver a horta, devidamente protegido, embora não consiga passar por entre os pingos. As ervilhas, os alhos e as favas estão sorridentes, os tempos correm-lhes de feição. E, na mais pura candura, começam a exibir um verde claro, vivo, próprio de quem se quer criar. Sinto a energia positiva a invadir-me, rasgando o meu sorriso. Estava em défice, confesso.
Procuro uma fotografia para ilustrar o texto, mas a semana, amordaçante, não foi propícia à captura de novos olhares. Recorro ao ficheiro e detenho-me numa recente: a entrada da toca dum rastejante. Bem vistas as coisas, talvez os tempos estejam propícios a isso.
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29 comentários:

  1. A vida é mesmo uma correria, embora haja ocasiões em que alguma dose de fatalidade nos obriga a parar. Eu que o diga já que uma lesão no pé me prende há várias semanas e me faz suspirar por essa correria dos dias de trabalho. Para não falar das saudades que tenho de me meter aí pelos campos fora com uma máquina fotográfica em punho.
    Bom fim de semana, caro AC.

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  2. Captas bem os tempos atuais AC, gosto da fotografia , adorei o título estamos todos assim rastejando, alguns mais alegres, outros tristonhos. Um beijo.

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  3. Hoje presenteia-nos com um texto que envolve, num abraço abrangente, quase todos, se não todos, os vastos problemas do quotidiano da maioria do nosso povo, do povo a que pertencemos. Cada um de nós, revendo-se em algumas partes deste teu desabafo.
    Até os senhores que discutem na A.R. o melindroso tema que é esse do direito a terminar a vida de forma digna, porém...Há tanta Lei que acaba distorcida, que é com grande apreensão e muitas reticências que se enfrenta essa enorme responsabilidade.
    Mas, é na terra, de onde provém o teu e nosso sustento, que me debruço, não em apreciações sobre como plantar e quando colher, nada disso; mas, não sei se por dívida à chuva, aos benefícios que nos traz, apesar de tanto dela nos queixarmos, este Inverno tenho comido tenros e verdes grelos de nabiças, como há muito tempo não comia!
    Tens uma toupeira na tua horta, AC?
    Por aqui, de quando em vez, aparecem esses sulcos que estragam a relva, quem percebe de horta diz que são esses roedores. :)

    Obrigada, pela companhia que nos fazes semanalmente, e tanto nos enriquece.

    Um beijinho, A.C. :)

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  4. Um texto que aborda vários problemas do mundo atual. Desde logo a educação, e a frustante vida familiar, num tempo em que todos correm, embora a maioria nem bem saiba como ou porquê se chegou a tal estado.
    Esta chuva é ouro para as hortas e seus produtos.
    Um abraço e bom domingo.

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  5. Por aqui um dilúvio também, a ponto de me dar vontade de hibernar (que, como o amigo sabe, é contranatura na minha pessoa curiosa). Aproveita-se para escrever um bocadinho, visitar os amigos e mimar os nossos pequerruchos, que o tempo é sempre pouco para estar com eles.
    Tento ser uma mãe muito presente, mas sei que sou uma privilegiada nesse quesito, pois tenho horários flexíveis.
    Que o fim-de-semana restitua essas energias que fraquejam
    Abraço
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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  6. Meu amigo, parece-me, ao ler seu texto, que alguns problemas são mesmo universais. Fico pensando se haveria, também, soluções universais...

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  7. Este texto, como sempre bem escrito, pede-me um comentário alongado, mas vou tentar ser sintética.
    1-Precisamente porque a escola de que falas já não fosse a minha, aposentei-me, com penalização, quando o pude fazer. Sei bem (porque continuo por perto) que tudo se vem agravando, vivendo os professores à beira da exaustão. E como lamento! Oxalá diminuíssem, pelo menos, as horas que o professor tem de passar na escola!

    2-De facto, parece haver cada vez mais gente a resguardar-se numa toca. Certamente, não é o teu caso.

    Bjo, AC

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  8. Nada a acrescentar... tudo foi dito de uma forma brilhante, com a qual concordo na integra...
    Rastejemos... nesta sociedade... que gosta de comprometer boas sementes... para que as grandes colheitas, não necessariamente boas, fiquem apenas ao alcance de muito poucos...
    Beijinho! Feliz semana!
    Ana

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  9. Olhando uns anos para trás e comparando, neste momento as famílias são verdadeiros robots, não há espaço para pais e para filhos em em calma e verdadeira consonância, não espaço nem tempo para brincadeiras na rua, para convívio saudável, para uma vida como ela era, agora somos escravos do tempo, do materialismo e dos homens. Rastejantes? Na terra são cada vez menos, já na vida somos quase todos. Boa semana AC

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  10. Fizeste uma boa radiografia social e sublinho as tuas apreensões. As crianças chegam a casa para estudar, os pais têm que apoiar e falta espaço para conviver e relaxar. O stress aumenta e, deste modo, não vamos por bom caminho. A valorização da escola deve ser o epicentro das preocupações de quem quer levar o país a bom porto.
    Ac, as plantas também me encantam os dias.
    Beijinho.

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  11. Enquanto isso a natureza faz o seu papel, as estações vão seguindo o seu rumo, as crianças crescem e um dia já adultos vão rememorar saudosos a escola risonha e franca...nós ficando mais velhos vamos sentir como foi proveitosa nossa tarefa de educar e como embora não pareça,sempre acaba dando bons frutos. Em nosso trabalho somos como a natureza semeamos para colher o que nos compete no tempo certo. Palavra de educadora que nunca se arrependeu. As coisas do mundo transformam-se mas as sementes plantadas vão germinar.
    Um abraço

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  12. Vamos lá levantar a moral neste início de semana.
    Aquele abraço, boa semana

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  13. O retrato impiedoso do que se passa. É difícil não estar de acordo quando pensamos como é penoso este mundo onde os professores têm que ser também pais e os pais estão ligados à "folha de Excel" que os empregos querem preencher... Do Fb não falo porque não estou lá. Mas resta a Natureza para nos lembrar como todos os seres vivos merecem atenção...
    Um texto muito reflexivo.
    Uma boa semana.
    Beijos.

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  14. Belíssimo a forma com que descreve a vivência do dia a dia, os problemas que tanto preocupa, mas também os pequenos/grandes momentos de lazer, como olhar a chuva que cai sobre a horta.

    Boa semana meu amigo AC e um beijinho.

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  15. As vicissitudes da vida tão bem retratadas neste texto. Adorei a breve visita à sua horta, tão verde e feliz com a natureza, que a tem presentado com esta chuva muito bem vinda. Um beijo e obrigada por mais uma vez nos encantar.

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  16. Há pais e pais
    Há professores e professores
    Há políticos e políticos
    Há vendedores da banha da cobra e vendedores de cobras de banha
    Há avós e avós
    Há alunos e alunos
    Há directores e directores
    Há colegas e colegas
    Há familiares e familiares
    Há...

    e talvez por ser mais velha do que tu (o que aqui pouco importa)...digo em alta voz:

    Há tempo para tudo desde que tenhamos organização, aceitação, vontade e sobretudo encontrar em pequenos "nadas tão cheios de tudo" onde possamos carregar baterias e nunca por nunca descurar a família.

    Ser professor nunca foi fácil, mudam-se os governos, desarrumam a casa e voltam a afundar-se em papéis, tudo de pantanas... infelizmente em tantas profissões são atingidas por tal!

    Trabalhei quase 40 anos numa profissão terrível (judicial) e ao mesmo tempo fui pai e mãe e sei bem do que falas e digo sempre o que disse aos mais novos e que ainda trabalham (felizmente porque há muitos que bem querem e não conseguem): força no capacete, pés bem firmes nas rodas e faz o que conseguires deixando à porta de casa o trabalho e à porta do trabalho o de casa, (difícil mas não impossível) sem nunca deixares por mãos alheias o bem mais precioso que todos temos: família... com filhos ou sem eles, sozinhos e ou acompanhados.

    No meio da chuva há abertas e é nessas abertas que se devem unir esforços em prol do nosso "eu e consequente bem estar interior"e da família.

    São os tempos actuais iguais aos do meu tempo...uma correria doida...mas não gastava energias em filas loucas para o quer que fosse, noites a dormir ao relento para obter a melhor posição nos...e muito menos passar horas e horas em Centros comerciais onde o ar se torna irrespirável.

    Força campeão, anda, levanta-te sfv e jamais em tempo algum te deixes chegar à exaustão porque o tempo passa rápido!

    Desculpa a extensão.

    Beijos e uma boa noite

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  17. São tempos assim...meu amigo! E sei bem do que falas, mas o teu delicado olhar sempre encontrará a beleza dos dias...

    Beijinho

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  18. Visão muito pertinente. Excelente texto! Eu só me arriscaria a acrescentar que há pais que NÃO QUEREM educar( é trabalhoso) e preferem a«efervescência do Facebook».
    Também sou professora e vivo a mesma inquietação. Um abraço, amigo.

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  19. Tristemente me revejo nesses pais à pressa... nos horários esticado noite dentro, digo de mim para mim que a qualidade do tempo que passo com os meus filhos é mais importante do que a quantidade... mas também aí falho... Ser criança/adolescente não é fácil. Ser pai também não...
    Mas não creio que estejamos a piorar.
    Os pais estão mais informados, mais próximos fisicamente dos filhos, sentam-se no chão, brincam, jogam à bola... leem uma história ao deitar. Ouvem os pesadelos, socorrem a meio da noite.
    Também os professores desceram do estrado e renunciam ao papel autoritário e hierarquizado.
    Temos condições, no geral, para fazer crescer jovens com capacidade critica e criativa, com autonomia e boa fé.
    O barco é o mesmo para todos nós.
    Temos de tornar a viagem o melhor possível - o óptimo não existe!

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  20. Caro amigo, tens aqui um texto fantástico que retrata fielmente o que se passa nas nossas criancas, o que se passa com os pais e seu relacionamento com os filhos; a situação não é nada fácil, embora como é dito num comentário tanto pais, quanto escolas tem melhorado bastante. Li todas as opiniões aqui expressas e também
    concordo com uma que diz que há tempo para tudo, o que é preciso é estabelecer
    prioridades. Há pais, acredito que uma minoria, se abstêm da sua função de
    principais formadores dos seres que fizeram vir ao mundo e pensam que os
    professores têm de fazer tudo; eles, além de estarem sobrecarregados de trabalho
    burocrático, tem de ser tudo isso que aqui descreves e ainda por cima são agredidos
    verbalmente e não só por alunos e, pior, pelos pais. Não sou professora, mas tenho a
    filha com esta profissão que adora, mas, não é preciso estar envolvido nesta
    profissão para entendermos o que se passa. A criança não pediu para vir ao mundo
    e, se veio, tem que ser prioridade na vida dos pais. Vou falar aqui dum caso que, sei, não é único; todos nós, felizmente conhecemos casos assim. Tenho dois netos de 9 e 7 anos e desde que entraram para a escola que, na casa do meu filho não se vê futebo, novelas e muito menos face book; o pouco tempo que sobra depois da escola é para as crianças; ajudam nos trabalhos de casa ( e aqui as dúvidas do costume..serão necessários? ), brincam com eles ou veem programas infantis, jantam em familia e depois deitam-se. Depois disso, sim, os pais fazem o que quiserem, ou dormem, ou veem outros programas de seu interesse. As crianças não precisam de muito tempo, basta-lhes que os escutem, que deem atenção aos seus probleminhas, ao que aconteceu na escola, às briguinhas que tiveram com os amiguinhos, às repreensões dadas pelos professores; coisinhas pequenas, mas muito importantes para elas. Sei que muitos pais chegam muito cansados de tanto trabalho e as mães muito trabalho ainda para fazer em casa, mas também conheço mães " fanáticas " por limpeza e o que é pior, comprometidas com o face onde publicam tudo o que se passa pondo muitas vezes a segurança dos filhos em risco. Há que pensar muito bem antes de se planear um filho e, se ele vier há que dividir tarefas para que as crianças não fiquem sozinhas apesar de terem os pais perto. Amigo, este assunto daria pano para mangas, mas, temos que ser sinceros dizendo que teriamos escolas melhores se tivessemos pais mais responsáveis, adolescentes bem educados se tivessemos pais conscientes da importância que têm os limites dados aos filhos desde o berço . Se assim não for, será tarde e não haverá escolas capazes de resolverem os problemas com que hoje se debatem. Obrigada, amigo por esta bela reflexão. Um beijinho e boa sorte nesta tua missão que, pelo que entendi, está ligada ao ensino. Infelizmente as pessoas esquecem que tudo o que são o devem aos pais ( nem sempre..) e aos professores. Até breve e obrigada
    Emilia

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  21. Nestas tuas preciosas e profundas palavras, AC, tu descrevestes com maestria e realidade, a condição atual da sociedade humana. Nada mais para por ou tirar.
    Parece que estou a ouvir dois improtantes filósofos brasileiros, dos dias atuais, de tanta verdade que vejo aqui.
    E no meio de uma vida quase sem sentimento, regada por ausências, nas redes socias, tudo parece uma eterna felicidade.
    Acho que nas escolas, sabe-se muito mais sobre a sociedade do que em qualquer outro local ou consultório.
    Vamos ver aonde vamos parar...
    Beijocas tropicais, amigo AC!

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  22. AC
    um texto duro, que é o espelho de uma realidade, aqui tão bem definido e escrito com palavras escolhidas para lhe dar uma certa leveza.
    um texto necessário e acutilante.
    a foto está muito bem.
    beijinhos
    :)

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  23. Um excelente texto, aprimorado com uma fotografia bem apropriada.
    Um abraço
    Maria

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  24. Tarde, mas vim! Logo irei ver como trabalha o Tear, se não houver engano.
    Agora é o bicho da toca. Toca e torna a tocar para que na toca se faça o bicho. À falta de semente o bicho fica demente!
    O que penso é que o homem tem, ou deveria ter, direito à “preguiça”. Tal como os gatos que são seres inteligentíssimos, que sabem cuidar de si e não se submetem a modas de produtividade, empreendedorismo, inovação e horários sem horário. Deveríamos ser mais felinos, donos do nosso tempo: fazer alongamentos, passeios e deambulações, cavaquear com os amigos, serões em família com a miudagem, visitar museus, ir a concertos… e ter trabalho e trabalhar.
    Não o fazendo estamos a contribuir para a desagregação da ideia de comunidade e afunilamento de gostos e pensamento. Geramos problemas atrás de problemas onde o principal é o Homem. Que homens surgirão amanhã das crianças de hoje?
    Chega-se a casa, abanca-se no sofá da sala, como muito bem refere o amigo AC, perante o “Muro das lamentações “ diria eu, antes, Muro da Alienação, onde tudo aparece feito em papinha para gente desdentada. A gente do nosso tempo tende a servir-se só de papinha.
    Os digníssimos cavalheiros que enfermam a TV, de domingo a domingo, , na qualidade de especialistas em matéria esférica de bola – de futebol, entenda-se – a tal que rebola, rebola na bola da nossa imensa gente em constante inquietação, deixando outras modalidades desportivas no remanso da informação, e até os assuntos da política, da economia e as outras coisas que se passam e interessam à vida – o lazer e a cultura, fazem as mais eloquentes considerações, a troco de pataco: a formação e educação dum país faz-de-conta.
    Agora vou para a toca antes que me desanquem...
    Antes, porém, parabéns pelo trabalho, que trata de um tema actualíssimo, e um abraço, amigo AC.

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  25. Um texto de uma crítica perfeita e estou
    de total acordo.
    O melhor é olhar a verdade da natureza crescendo
    e nos acrescentando, numa renovação das estações
    da nossa alma!... Não gosto de redes sociais,
    somente o blog para partilhar de artes e literatura.
    Beijo.

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  26. Poeta , faço minhas as palavras da amiga Suzete Brainer . Parabéns por seu texto . Beijos

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  27. A fotografia é belíssima e o texto tecnicamente maravilhoso. Toca numa realidade que também é a minha, a escola. Sabe do que fala e fala bem!
    Uma engrenagem mirabolante esta que nos manobra!
    Há que fazer, nos intervalos, aquilo que nos dá prazer :))
    Beijinhos

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