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AC, Sebe em busca de livro de reclamações
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Não é todos os dias, mas quase, que isto de ser aprendiz tem que se lhe diga. Quando me levanto, tal o apego à vida, há sempre algo que me condiciona a mente: uma vontade de conjugar bem, a cada dia que passa, os gestos que marcam a minha presença no mundo. Não é nada de dramático, como se tudo dependesse de mim, mas algo devidamente filtrado no tempo, com o toque da simplicidade, do dever feito, como se tivesse bem presente que, dos pequenos gestos, podem germinar pequenos grandes botões de rosa.
Às vezes, reconheço, deparo-me com pessoas que só parecem reagir ao fogo e ao aço. Com o tempo, contudo, aprendi formas de as enfrentar. Sempre olhos nos olhos, nunca em tom desafiante, mas em modo invocador de afectos: dos que se exibem, na luz, mesmo que considerados insuficientes, dos que existem, na penumbra, por trás das muitas cortinas que nos talham o destino. Em modo soft, pois é claro, a não ser que a besta tresande de tal forma que, logo à partida - louvo a honestidade de carácter - fiquemos logo avisados de que, por aquelas bandas, não há terreno por arar. Por demais inculto.
Vivo no campo, por opção, onde cada tarefa, para ser executada de forma descontraída, sem o peso dum qualquer encargo, implica comunhão com tudo o que nos rodeia. Só assim se compreende que, para aparar parte das sebes que rodeiam a casa, tenha demorado duas manhãs, sem estar a pensar no que ainda falta. E, podem crer, o gozo que isto me dá, sempre acompanhado pelo chilreio da passarada!
O sentido da vida? Cada um tem a sua receita, mas para ela ter validade tem que ser testada no caminho percorrido, sempre numa perspectiva de futuro. Fora dos roteiros oficiais, é claro.
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Que maravilha, poder tocar a vida no ritmo da natureza! Nos grandes centros urbanos não é assim, infelizmente.
ResponderEliminarUm abraço, tenha uma ótima semana.
:)
ResponderEliminarA vida precisava de mais AC's.
Beijinho
"Fora dos roteiros oficiais" Que bem se está nesses lugares de acalmia onde o fazer se confunde tranquilamente com o ser.
ResponderEliminarBj.
Lídia
Lídia
Daí e sempre que posso fugir para a aldeia onde mora a filha:)
ResponderEliminarDizes tantas verdades sentidas e quem dera que houvesse mais homens como tu e já agora mulheres e o mundo seria bem melhor.
Destaco esta:"dos que se exibem, na luz, mesmo que considerados insuficientes, dos que existem, na penumbra, por trás das muitas cortinas que nos talham o destino. Em modo soft, pois é claro,"
é a mesma postura que tenho mas num acelarar nada soft, mas tal camião TIR e olha que olhando para trás já causei imensas mudanças e sem deixar feridos:))) percebeste?
Beijocas e adorei a foto
Que maravilha, poder viver assim a vida, sem a escravidão do relógio.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
A calma, sentir o sabor do tempo, sim porque o tempo tem sabor, e que deliciosas são as recitas feitas com ele.
ResponderEliminarQue bonito quadro AC - e que saudade de sentir o sabor do tempo.
É sempre tão bonito, assertivo - ai, esta palavra tão em voga, e que me soa tão bem - tão coerente, tão simples e, ao mesmo tempo, tão, mas tão distante da maioria das realidades que conheço, que me sinto fascinada por estes teus desabafos de um quotidiano de fazer inveja.
ResponderEliminarA essa tua vida de campo, de paz, de comunhão com as alegrias simple que enriquecem e dão sentido à vida, que eu chamo ter 'qualidade de vida'!!
Há coisas que são para se ir fazendo, a tua sebe que vá desfrutando da tua companhia. :)
Um beijinho, A.C.!
Que beleza tuas palavras e modo de encarar pessoas e vida! Linda semana! bjs, chica
ResponderEliminarÉ isso mesmo AC, olhos nos olhos, em modo afeto. Resulta (quase) sempre
ResponderEliminarObrigada pelas palavras :)
Amigo AC quando comentei o video não dava e vim agora aqui e consegui ouvir essa fabulosa música dos U2. Obrigado pela partilha!
ResponderEliminarBeijocas
A isenção de obrigações é um bom tempero para uma vida sadia e, portanto, bem melhor. Belo texto! Bela música, ótima interpretação.
ResponderEliminarAbraços,
Furtado
Arte & Emoões
É caríssimo para uma receita ficar de acordo com cada ser sempre precisa ser testada e aprimorada, tenha uma linda semana
ResponderEliminarTambém gostava de viver no campo, assim, com ritmo das estações do ano e de cada dia que passa... Um texto muito belo.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Não há receitas
ResponderEliminarpara os apeadeiros da vida
Estive por estes dias na minha casa em Portugal.
ResponderEliminarCom sebes muito bem aparadas.
Aquele abraço
E essa é mesmo a receita para se ser feliz... fazer o que nos dá verdadeiro prazer... e fora dos roteiros oficiais... é aí mesmo que reside o segredo da receita...
ResponderEliminarE não é que as sebes... estão muito bem cortadas?...
Bom trabalho, AC! Também a ser feliz...
Beijinho! Tudo de bom! Feliz semana!
Ana
Ahahahah
ResponderEliminarNão suportaria viver no campo!
Sou uma dondoca de cidade!
;)
Belas sebes sim senhor!
O verdadeiro sentido da vida: encontrar-se na natureza a que pertence. Perceber-se parte dela, numa perenidade que ultrapassa a existência. Abraços. Bom final de semana.
ResponderEliminarUm texto belíssimo, da natureza humana à natureza mãe!
ResponderEliminarbeijinho
AC
ResponderEliminarno campo ou na cidade o que interessa é a nossa paz.
texto delicado e belo.
beijinhos
:)
Tive um sonho ... logo , logo , quando pudesse , sair da cidade . Hoje sei que não passou de um sonho .
ResponderEliminarAinda que viver " invocando afectos " seja mais difícil nas grandes cidades , vou tentando .O desgaste é menor e por vezes resulta .
Belo texto , como sempre .
Um beijo AC ,
Maria