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Ele chegou cedo, tal como estava previamente combinado, sendo recebido com todas as mordomias por quem estava presente. Mas faltava algo.
- O avô? - questionou ele, perante a imperdoável falta do visado.
O avô, esse compincha dos sete costados, que tinha o condão de poder voltar a menino na sua presença, estivera de véspera a ver um filme, que o prendera até tarde, sem noção das horas, e só agora começava a abrir os olhos. Contudo, mal se apercebeu dos primeiros sinais do neto, levantou-se num ápice, qual adolescente no encontro com o primeiro amor e, abrindo os braços, exclamou, de forma espontânea:
- Migueeelll!!!!
O neto, dois anos e meio de gente a crescer, a cada dia que passa, não se coibiu de notar, enquanto o abraçava, em jeito de reprimenda:
- Avô! Tu gostas do escuro?
Na sua interpretação das coisas, qual luz vitoriosa sobre todas as sombras, ele tinha razão, mas deixei as explicações para mais tarde. Limitei-me a abraçá-lo, ainda mais, qual manto protector de todos os males do mundo.
Faz-me tão bem, este menino!
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As crianças são o melhor do mundo. Fazem-nos bem. Adorei o texto!!
ResponderEliminar.
O Fascínio...
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Beijos
Bom Domingo...
Esse menino não tem ideia do significado (metafórico, claro), da pergunta que fez. E eu, aqui, estou somente a pensar se, afinal, a humanidade gosta do escuro. Parece que sim, mesmo quando tanta luz está disponível.
ResponderEliminarTenha uma ótima semana, e dê um abraço por mim no seu netinho.
É maravilhosa a interação entre avós e netos. Gostei de ler
ResponderEliminarCumprimentos
É os netos são a nossa maior riqueza.
ResponderEliminarAbraço, saúde e uma boa semana
O amor de avô não se esquece.
ResponderEliminarSei do que falo.
Abraço, boa semana
O amor de avô e neto neste belo texto muito inspirador.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
"Faz-me tão bem, este menino!"
ResponderEliminarO menino, só bem mais tarde se vai aperceber, mas é bom que o avô, tenha noção do quanto faz bem a esse menino, do quanto pesará na boa formação desse homem que agora se faz devagarinho.
Beijinho aos dois :)
Oi, A.C. fantástico como a criança sabe sempre fazer uma pergunta essencial às nossas angústias existenciais...ela acerta sempre no alvo sem julgamento.
ResponderEliminarUm abraço
Uma pérola e o que é que te disse quando ele nasceu? Tudo que encerra eta tua frase:
ResponderEliminar"Faz-me tão bem, este menino"
Tomei conta destas duas netas durante 14 anos e hoje só de me lembrar que a mai velha faré em breve 20 anos e a outra já com 17...digo sempre como o tempo passa. O outros dois netos da banda de lá tinham os avós paternos.
Adorei este teu post e mil beijos ao pequenote já com dois anos e meio.
Beijos e um bom dia
Não sei se inventou ou apenas contou. Seja qual for a resposta, o texto é um encanto.
ResponderEliminarMas "violino e chantilli", também merece.
Que maravilha! A inocência assertiva das crianças, consegue mesmo fazer-nos recordar... que estamos sempre a tempo de ver o mundo por outros prismas... que as realidades quotidianas, por vezes, insistem em toldar...
ResponderEliminarUm beijinho! Domingo feliz para todos!
Ana