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Chegaste de mansinho
Quando a bruma
Asfixiante
Inundava o fundo do vale
E trazias contigo
Sem nada o prever
O aroma das madrugadas
Com o dia por resolver.
O verde das faias refulgia
Com a claridade instalada
E a cotovia
Prenúncio de sinfonia
Galgava as alturas
Em ânsia ilimitada.
Gostaste do teu papel
Forjado em conto de fadas
E a sorrir adormeceste
Mas esqueceste
A função primordial
(Deixaram de bater as asas).
Então o lume
Exigente na atenção
Lentamente esmoreceu
E a bruma
Expectante
Inundou de rompante
A razão do coração.
..
Pé ante pé,
ResponderEliminarfui, ansiosamente, entrando nesse vale...
.........................................
... que silêncio... (serenidade disfarçada de um destino talvez fatal);
... que aroma... (perfume promissor de um destino rendido à sensualidade);
...que ansiedade... (desejo incontrolável de acordar o sono instalado).
Pé ante pé,
fui, sorridente, percorrendo esse vale...
.........................................
Mas quando a claridade se anuncia,
não há bater de asas, sinfonia ou calor que acorde o coração e...
Pé ante pé...
fiquei, irremedialvelmente, perdida nesse vale!
Agora que regressei, posso dizer-te que é sempre gratificante poder perder-me nas tuas palavras!
Lindíssimo poema, Agostinho!
Ainda oiço a sinfonia da cotovia!:)
JB,
ResponderEliminarO teu comentário é cá de uma densidade dramática!!! Ainda bem que regressaste! :)
...É que o teu vale estava enfeitiçado!!!
ResponderEliminar:)
Ah, voltaste às palavras certas no sítio certo. Assim já te entendo.
ResponderEliminarGostei muito, amigo!
Realmente, o que há de mais poético na poesia é a viagem criativa que ela dinamiza mentalmente no leitor. E ela não pertence mais ao dono da sua criação, enquanto verdade unívoca ,depois de publicada e atravessada por outros olhos, ávidos de encontrar a chave que o escritor guarda para si.
ResponderEliminarLi o poema com muita emoção e encontrei-lhe uma leveza e uma docilidade muito claras.Li-o como um cântico de esperança que pode ser muito bem o elogio à poesia. Não interessa.Este é dos poemas que tem que ir para o livro a publicar.
Lido, leve como as asas e como os sonhos bons.
Irei depois ao texto anterir.Tem-me dado que pensar!!!
Realmente, o que há de mais poético na poesia é a viagem criativa que ela dinamiza mentalmente no leitor. E ela não pertence mais ao dono da sua criação, enquanto verdade unívoca ,depois de publicada e atravessada por outros olhos, ávidos de encontrar a chave que o escritor guarda para si.
ResponderEliminarLi o poema com muita emoção e encontrei-lhe uma leveza e uma docilidade muito claras.Li-o como um cântico de esperança que pode ser muito bem o elogio à poesia. Não interessa.Este é dos poemas que tem que ir para o livro a publicar.
Lindo, leve como as asas e como os sonhos bons.
Irei depois ao texto anterior.Tem-me dado que pensar!!!