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Olhavas para ti
E vias
Em pânico
O tempo a escoar
Qual ampulheta
Meteórica
Sem vontade de parar
E não sabias
Desesperada
Que tecla tocar
Para refrear
A angústia premente
Que minava
Continuamente
A verdade instalada.
Se ponderasses
Para além do ego
Talvez notasses
Sem desatino
O fio de água
Cristalino
Que corria
Galgando a frágua
Para abraçar
Por inteiro
A razão do seu destino.
Então talvez pudesses serenar.
..
Não resisti Agostinho e... apeteceu-me (des)comentar:
ResponderEliminar(Des)cobrir o verdadeiro sentido do (des)olhar
passa por (des)vendar a tímida vontade
de não querer parar...
(Des)ligar o pensamento das angústias
passa por (des)enlear os nós
da sôfrega existência...
(Des)encontrar segundos de serenidade
passa por (des)multiplicar os desejos
de tão destinado abraço...
Se o teu poema permite (des)olhar, o meu comentário serve apenas para te (des)afiar a nunca deixares de poetizar!
A tua escrita "parece" um fio de água cristalino que não pode deixar de correr, porque alimenta quem não consegue deixar de a ler!
Lindíssimo, Agostinho!
Olá, amigo!
ResponderEliminarGosto muito de tentar desvendar os teus enigmas. Hoje parece-me que falas de alguém que olha muito para si mesmo e não repara na vida que decorre à sua volta. Será isso?
Um abraço
Olha lá, nas férias não queres aparecer aqui pelo Alentejo?
#JB,
ResponderEliminarSem mais palavras, lindíssimo comentário!
#Jorge,
Quando leste o poema ele passou a ser teu. Se tu fazes essa leitura...
Quanto a ir ao Alentejo, já tenho planos para estas férias, mas obrigado pelo convite. Talvez na Primavera, quando os campos alentejanos se transfiguram...
Um abraço
O poema exige uma leitura atenta.
ResponderEliminarEu volto.
Abraço
Porque será que todos os dias tenho que visitar o seu blog? adoro ler tudo quanto escreve e tentar decifrar os seus enigmas... continue. Como já lhe disse, estou a aprender a ver a vida doutra maneira e talvez, ou com certeza, deixarei de ser tão revoltada com ela... dá autorização para ír imprimindo o que escreve, enquanto o seu Livro não é publicado?è que assim quando não me apetece vir à Net, leio, simplesmente.
ResponderEliminarQuanto ao poema de hoje "LINDO ... SUBLIME... UMA MENSAGEM BEM ELABORADA" ...
ResponderEliminarQuando lhe digo que imprimindo vou ler, é para me concentrar nas suas mensagens, porque dependendo do estado de espirito, a leitura será sempre enriquecedora e uma terapia saudável, exigindo mesmo, muita atençao e concentração.
Prometo que separo conforme a classificação que lhes atribui.
Este é mais um poema plurissignificativo, daqueles que fazem reflectir intensamente, no sentido de chegar à leitura plausível.
ResponderEliminarEncontrei múltiplas, mas opto por esta: a vida é célere e o "tempo escoa" como uma ampulheta apressada.No entanto,essa realidade tem de ser aceite como uma coisa natural e de forma serena, porque esse é o nosso destino.Já dizia Ricardo Reis" Segue o teu destino/ rega as tuas plantas/ ama as tuas rosas/ o resto é a sombra de árvores alheias".
PS. Se eu contasse todas as leituras que fiz do poema nunca mais acabava.
#Ana,
ResponderEliminarFico contente por apreciar o que escrevo.
Imprima à vontade, tenho todo o gosto nisso.
Obrigado por ser minha leitora.
#Ibel,
Tal como diz, essa é uma das possíveis leituras do poema.
Espero que continue a visitar-me, os seus comentários enriquecem este blogue.
Abraço.
Talvez o poema queira expressar o desatino de certos momentos acelerados,stressantes ou algumas situações de constrangimento, em que nos esquecemos de um fio de água cristalino que nos aguarda para nms apaziguar.
ResponderEliminarLIA
JB,
ResponderEliminarVoltei ao teu comentário e seleccionei:
"(Des)encontrar segundos de serenidade
passa por (des)multiplicar os desejos
de tão destinado abraço..."
Se me permites, retiro o (des) e leio:
"Encontrar segundos de serenidade
passa por multiplicar os desejos
de tão destinado abraço...
Palavras para quê?
Lia,
ResponderEliminarÀs vezes olho para um poema e deleito-me a tentar descortinar as possíveis leituras. Esse exercício conduz-me a viagens (im)possíveis, mas muito gratificantes.
Obrigado pelo delicioso contributo.
É claro que podes (re)escrever e (re)comentar sempre! A tua caixa de comentários ainda fica mais cintilante e assim para além de nos deliciares com a tua escrita também o passas a fazer com a (re)escrita aos comentários!
ResponderEliminarPassa a ser algo como... "O interior das Interioridades" ;)
Lindíssimo, AC...tu me falaste tão delicadamente sobre o meu "inventar poemas"! Volto aqui não só para retribuir a gentileza, mas para te dizer que esse espaço aqui já faz parte dos meus dias. Grande beijo!
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