Fotografia de al-Farrob
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Desmontou da bicicleta no cruzamento que dá acesso à Pedra d'Hera, no caminho rural que liga o Souto da Casa a Alcongosta, e prendeu-a com o cadeado no tronco carcomido dum velho castanheiro. Olhou em volta e, por momentos, deixou que a vista se espraiasse na tonalidade outonal dos cerejais que se espalhavam pelo vale do Alcambar, verdadeira sinfonia pinturesca em tons cambiados de verde, amarelo, castanho, laranja... Resistiu à tentação de se perder naquela beleza e iniciou a marcha que a levaria ao Picoto, local privilegiado onde costumava sentir uma serenidade que estava longe de encontrar na cidade.
À medida que subia apercebeu-se que as surribas feitas pelos plantadores de cerejeiras continuavam a trepar a serra com uma avidez feroz, pondo a nu as fragilidades da política ambiental para aquela zona, se é que realmente havia alguma. Aquilo doía-lhe profundamente, pois a mancha de castanheiros e de carvalhos, que caracterizavam a Gardunha, estava a desaparecer a olhos vistos, com o silêncio cúmplice duma opinião pública que nunca se assumiu como tal.
Tentou alhear-se do problema, pois estava ali com outros intuitos, e alargou o olhar. Em volta, para seu deleite, e impregnando a paisagem de uma dignidade nostálgica, os castinçais começavam a mudar de cor, com uma policromia que tocaria a mais indiferente das criaturas. Inês começou a sentir o efeito da atmosfera envolvente e, a pouco e pouco, foi apaziguando os seus pequenos demónios interiores. Nem a carcaça duma velha máquina de lavar, a cinco metros do caminho, lhe conseguiu desfazer aquela sensação reconfortante. Os diabinhos do seu descontentamento ainda deitaram a cabeça de fora, tentando explorar a pouca fé que lhe restava na espécie humana, lembrando-lhe a notícia sobre os detritos perigosos que alguém, com certeza com as mãos muito bem untadas, andava a depositar na Serra dos Candeeiros. Mas Inês estava a entrar no seu território, e ali era-lhe relativamente fácil resistir a negativismos. Continuou a subir, sentindo-se cada vez mais ligada à paisagem.
Quando chegou ao Picoto, o seu refúgio de eleição, trepou os rochedos e instalou-se no cume. À sua frente tinha a majestosa Estrela, o enorme gigante adormecido, e entre as duas serras espalhavam-se os promissores campos da Cova da Beira, iludidos durante décadas com a promessa de um regadio que já usava bengala carunchosa. Assomando dos lados de Belmonte, vindo duma Estrela generosa em recursos hídricos, o Zêzere era um arremedo do rio cheio de vida de há uma trintena. Vítima de uma mistura explosiva - ignorância, incompetência e ganância - em poucos anos transformara-se num rio moribundo, suscitando nas populações ribeirinhas a nostalgia dos refrescantes banhos estivais e de frutuosas pescarias que patrocinavam animadas tertúlias. Reparou, sem surpresa, que o casario entre o Fundão e a Covilhã era cada vez mais intenso, trazendo à liça da memória as previsões daqueles que auguram, a médio prazo, a formação de uma pequena metrópole.
Inês recostou-se sobre um grande bloco de granito e deixou-se invadir pela quietude do local. Quando ali estava os pequenos dramas da sua vida relativizavam-se, como se tudo fosse ínfimo perante a transcendência da vida. Acabara há pouco tempo a relação com o Fernando, e precisava de oxigenar o cérebro. O antigo companheiro, que tanto prometera nos tempos de enamoramento, fora uma desilusão. No final, quando tudo se resumia a nada, Fernando refugiara-se no sofá da sala, base da sua central de zapping. Pôr-lhe as malas à porta, mais que o corolário de uma relação falhada, fora o sinal de que continuava a lutar contra a resignação, que não desistia de encontrar o seu lugar no mundo.
O espírito do local invadia agora Inês na sua plenitude. Deixou que a alma absorvesse aquela amálgama de tranquilidade, sentindo um equilíbrio interior que a fazia estar de bem com o mundo, e deixou que a noção de tempo se fosse esvaindo, a pouco e pouco, até desaparecer por completo.
Enquanto descia, liberta dos seus diabinhos, foi enchendo a pequena mochila de castanhas. Juntamente com uma boa jeropiga, seriam um excelente pretexto para, ao serão, juntar meia dúzia de amigos. A felicidade, estava cada vez mais convicta disso, também passa pelo usufruto dos pequenos prazeres da vida.
.À medida que subia apercebeu-se que as surribas feitas pelos plantadores de cerejeiras continuavam a trepar a serra com uma avidez feroz, pondo a nu as fragilidades da política ambiental para aquela zona, se é que realmente havia alguma. Aquilo doía-lhe profundamente, pois a mancha de castanheiros e de carvalhos, que caracterizavam a Gardunha, estava a desaparecer a olhos vistos, com o silêncio cúmplice duma opinião pública que nunca se assumiu como tal.
Tentou alhear-se do problema, pois estava ali com outros intuitos, e alargou o olhar. Em volta, para seu deleite, e impregnando a paisagem de uma dignidade nostálgica, os castinçais começavam a mudar de cor, com uma policromia que tocaria a mais indiferente das criaturas. Inês começou a sentir o efeito da atmosfera envolvente e, a pouco e pouco, foi apaziguando os seus pequenos demónios interiores. Nem a carcaça duma velha máquina de lavar, a cinco metros do caminho, lhe conseguiu desfazer aquela sensação reconfortante. Os diabinhos do seu descontentamento ainda deitaram a cabeça de fora, tentando explorar a pouca fé que lhe restava na espécie humana, lembrando-lhe a notícia sobre os detritos perigosos que alguém, com certeza com as mãos muito bem untadas, andava a depositar na Serra dos Candeeiros. Mas Inês estava a entrar no seu território, e ali era-lhe relativamente fácil resistir a negativismos. Continuou a subir, sentindo-se cada vez mais ligada à paisagem.
Quando chegou ao Picoto, o seu refúgio de eleição, trepou os rochedos e instalou-se no cume. À sua frente tinha a majestosa Estrela, o enorme gigante adormecido, e entre as duas serras espalhavam-se os promissores campos da Cova da Beira, iludidos durante décadas com a promessa de um regadio que já usava bengala carunchosa. Assomando dos lados de Belmonte, vindo duma Estrela generosa em recursos hídricos, o Zêzere era um arremedo do rio cheio de vida de há uma trintena. Vítima de uma mistura explosiva - ignorância, incompetência e ganância - em poucos anos transformara-se num rio moribundo, suscitando nas populações ribeirinhas a nostalgia dos refrescantes banhos estivais e de frutuosas pescarias que patrocinavam animadas tertúlias. Reparou, sem surpresa, que o casario entre o Fundão e a Covilhã era cada vez mais intenso, trazendo à liça da memória as previsões daqueles que auguram, a médio prazo, a formação de uma pequena metrópole.
Inês recostou-se sobre um grande bloco de granito e deixou-se invadir pela quietude do local. Quando ali estava os pequenos dramas da sua vida relativizavam-se, como se tudo fosse ínfimo perante a transcendência da vida. Acabara há pouco tempo a relação com o Fernando, e precisava de oxigenar o cérebro. O antigo companheiro, que tanto prometera nos tempos de enamoramento, fora uma desilusão. No final, quando tudo se resumia a nada, Fernando refugiara-se no sofá da sala, base da sua central de zapping. Pôr-lhe as malas à porta, mais que o corolário de uma relação falhada, fora o sinal de que continuava a lutar contra a resignação, que não desistia de encontrar o seu lugar no mundo.
O espírito do local invadia agora Inês na sua plenitude. Deixou que a alma absorvesse aquela amálgama de tranquilidade, sentindo um equilíbrio interior que a fazia estar de bem com o mundo, e deixou que a noção de tempo se fosse esvaindo, a pouco e pouco, até desaparecer por completo.
Enquanto descia, liberta dos seus diabinhos, foi enchendo a pequena mochila de castanhas. Juntamente com uma boa jeropiga, seriam um excelente pretexto para, ao serão, juntar meia dúzia de amigos. A felicidade, estava cada vez mais convicta disso, também passa pelo usufruto dos pequenos prazeres da vida.
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reedição
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Isso sim é oxigenar a alma.
ResponderEliminarBela crônica.
Beijos e bom fim de semana
uma mensagem muito boa para nunca desistir do sonho de pertencer
ResponderEliminarum beijo em ti A.C.
Como são alentadores os textos deste blog. Sempre que leio um ou outro, saio daqui mais leve.
ResponderEliminarSaudades, A.C!
Bjs
Que maravilha, texto e foto!!! abraços,tudo de bom,chica
ResponderEliminarAc
ResponderEliminarA gente precisa de todo tipo de oxigenio para sobreviver na vida. Uma boa leitura então é uma delicia!
com carinho e amizade Monica
AC
ResponderEliminarBelissima imagem e texto!!! Adorei.
Beijo
Caro AC, não me dê ideias, que tenho ali um monte de castanhas! Não tenho é jeropiga, e agora?
ResponderEliminarO conto: denso, envolvente.
Beijinhos, bom sábado!
Madalena
nos detalhes germinam os alumbramentos, quando a vida faz viço nos olhos e nos sentidos
ResponderEliminargrande abraço
Pela palavra
ResponderEliminartambém se dá a calma
(e oxigena a alma)
Tenho castanhas
Batatas doces
Jeropiga
Amigos
...e assim se passará um serão
ganhe quem ganhar
no jogo que vai passar
daqui a pouco na televisão
AC,
ResponderEliminargostei muito da tua prosa, dos pormenores subtis e destes aromas de outono!
Um grande beijinho!
Uma caminhada para a oxigenação do cérebro.
ResponderEliminarNesta vida todos precisamos de espaços assim abertos, convidativos para nos libertamos de pressões interiores.
E para concluir nada melhor que juntar-se aos amigos e com eles saborear castanhas ou simplesmente falar e acertar ideias.
na verdade é nos pequenos prazeres da vida , na sua simplicidade que encontramos a felicidade, e quando os nossos diabinhos queres aprontar nada como um passeio pela natureza para os apaziguar
ResponderEliminarbjs
e como são importantes para nossa felicidade AC..
ResponderEliminarlindo texto como sempre..
beijos perfumados querido.
tão calmo o caminho
ResponderEliminare Inês
o oxigénio alimenta as serras e as mulheres
e torna doces as castanhas
um beijo
manuela
Lindo.
ResponderEliminarNo meio do caos que é às vezes a vida, temos que procurar a felicidade onde é possível. E está muitas vezes nas coisas simples.
E, às vezes esquecemo-nos que a vida é feita de pequenos prazeres que não devemos desperdiçar...
ResponderEliminarPorque temos que respirar.....
Lindo....
Beijos e abraços
Marta
Apesar do desconforto de vermos a deterioração da natureza e a exploração desatinada de seus recursos, apesar de falharem os sentimentos que se sentiam verdadeiros, ainda assim, é preciso manter no coração uma chama de esperança para retirar dos momentos da vida a paz possível e sentir prazer no que ela generosamente nos concede.Linda a mensagem do seu texto!
ResponderEliminarUm abraço
Um deambular por caminhos diversos, a caminho da tranquilidade e da paz interior.
ResponderEliminarNo regresso, a disposição renovada para a partilha.
Muito bom!
Lídia
Nada como ver um problema resolvido para nos sentirmos em paz e de bem connosco próprios.
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Maria
Um texto soberbo: eu, tal como Inês, preciso de ir à aldeia paa fazer essa terapia mental...
ResponderEliminarPena que haja pessoas insensíveis à beleza e pureza da terra e não tenhm pejo em nela dsepejar detritos...
lamentável.
Te abraço.
º°❤
ResponderEliminarOlá, amigo!
Castanhas eu conheço mas não sei o que é jeropiga.
Boa semana!
Beijinhos. º° ✿
♫° Brasil
·.♪
❤♥
Tivesse eu certeza de "reencarnação", teria eu sido esta Inês. A visão da Estrela, já tive uma única vez, quando fui ao lindo Norte dessa linda terra. Que paz me deu, essa leitura, AC.
ResponderEliminarObrigada, por essa Oxigenação! Perfeita, para minha manhã de Domingo.
Beijos,
da Lúcia
Olá AC
ResponderEliminarNada melhor para lavar a alma e acalmar pequenos diabos interiores do que andar pela Natureza e aspirar o ar a plenos pulmões ...
Mesmo assim, tal como Inês, não podemos deixar de notar o descaso de quem de direito e de nós próprios, como cidadãos, perante o corte de árvores e a poluição de rios.
Mas haja castanhas quentinhas e boas e jeropiga para afogar as nossas mágoas... :))
Texto lindo e profundo!
Abraço
Olinda
Subscrevo inteiramente o pensamento que remata este texto. A par da descrição exemplar, é igualmente notável a demonstração do efeito terapêutico que produz o contacto com a natureza. De tal modo, que a simples leitura é, em si mesma, reconfortante.
ResponderEliminarParabéns e um abraço :)
Arrepiante AC
ResponderEliminarA natureza é sempre uma boa conselheira...comungar com ela é dos maiores prazeres que sinto quando preciso refugiar-me e ficar só. O bom é saber que parece existir um recanto algures à nossa espera que nos transmite esta sensação de paz e plenitude! :)
Vir aqui, neste momento proporciou-me isso
Abraço e BFDS
A beleza harmoniza o pensamento e relativiza os problemas. Quem não se rende à Natureza?
ResponderEliminarA sua magistralidade cria laços mais fortes que o micro-mundo onde vivemos e nos relacionamos. A dor pode ser difícil de esquecer... mas o tempo apaga-a.
Beijinho.
Lá fora, desde ontem, chove a cântaros, mas aqui, aconchegada no meu ninho, oxigenei o cérebro, e colhi castanhas com Inês...
ResponderEliminarE foi tão bom!
:)
Obrigada por isso!
Forte abraço, e seja feliz.
Cid@
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAC
ResponderEliminarQuando nos deixamos encontrar com a natureza, percebemos pelas cores e pelos silêncios, nos aromas ou nos sons que nos acordam os sentidos, o quanto dela fazemos parte. Nesses momentos, doem-nos as suas feridas como se fossem chagas sem remédio na nossa pele, e compreendemos o quanto lhe fazemos mal enquanto nos esquecemos que a terra é parte da vida que possuímos.
É-me tão familiar a viagem de Inês...
Excelente trabalho!!
Um beijinho
Uma gostosa leitura. Fui criando as imagens em minha retina. Um lugar tranquilo, silencioso, bonito...Esse contato com a natureza nos deixa mais leves, relaxados, mais bem dispostos. Um lugar de paz. E foi isso que seu texto me proporcionou, um momento de paz e relaxamento. Grata pela visita e comentário em meu blog. Bj.
ResponderEliminarINTERIORIDADE invadida pela paz e quietude da paisagem.
ResponderEliminarabço
a natureza por vezes faz milagres.
ResponderEliminarum texto muito bom, como já nos habituou o seu autor.
bom fim de domingo e uma bao semana!
beij
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarQuando temos estes encontros com a natureza, sentimo-nos invadidos por uma tranqulidade que nos desperta os sentidos. Lindo o teu texto!
ResponderEliminarVoltar a casa...retornar sem regredir. Belo.
ResponderEliminarum beijo,
rromí Zerafim
Agostinhamigo
ResponderEliminarReeditaste e fizeste muito bem. Lembrar as coisas boas é uma virtude e um mérito.
Entretanto, aviso-te de que Hjtksdt ywsqjhr mjvnzxc (*)
(*) Na nossa Travessa há extraterrestres
Pquenos prazeres nos geram garnde sfelicidades, beijo Lisette.
ResponderEliminarMuitas vezes precisamos desse momento de retorno...uma bela semana pra ti meu amigo.
ResponderEliminarTudo que sai de sua escrita nos enaltece, nos encanta. Acredito que a felicidade está na simplicidade.
ResponderEliminarBeijooO*
Olá, AC!
ResponderEliminarPrimeiro o olhar de desencanto, depois o reencontro:Desse nicho só nosso onde tantas vezes nos reencontramos connosco e com a Natureza, oxigenando o corpo e o espírito, para de novo olhar a vida.
Que pena que tão mal tratemos aquilo que nos é indispensável para viver - e sobreviver; é a mais pura cegueira...e uma pena!
Abraço amigo.
Vitor
A natureza faz milagres que as pessoas não conseguem: alimenta-nos a alma, tranquiliza-nos o coração que, ás vezes,bate por quem não deve e devolve-nos a paz primitiva sacudindo
ResponderEliminara tempestade.
Belissimo texto.
Bj e boa semana.
Graça
Fantástico e delicioso.
ResponderEliminarQuando a infância era infância... A descrição de uma paisagem pela qual sou apaixonado.
Parabéns por todo este brilho.
Abraço.
Enquanto lia o seu conto, parecia-me estar viajando por essas plagas desconhecidas... Um beijo, AC!
ResponderEliminarOi Ac,
ResponderEliminarMais uma vez me levas em viagem em tuas palavras.
Adorável.
Estou precisando de contato com a natureza, ando nessa mar de prédios e cinzas.
Beijo meu
Olá, grande amigo!
ResponderEliminarSeu conto está uma maravilha.
Não há nada para recompor uma fase desiludida da vida do que o cenário descrito tão bem pelo narrador onisciente e extradiegético. Nossa heroína Inês, procurou sua catarse psíquica, pois já possuía a pureza física, na natureza, para se refestelar e seguir seu curso vital empós a intempérie.
És deveras um mestre também na narrativa. Esse colorido lembrou-me de Homero.
Parabéns pela versatilidade!
Abraços fraternos do amigo de além-mar.
Perfeito texto.
ResponderEliminarLevou-me ao topo do monte e a vislumbrar alguma felicidade.
Castanhas e vinho, um excelente pretexto para juntar amigos...
Beijo
Ná
A Natureza tem o poder de nos restaurar, de nos
ResponderEliminarrenovar e sempre nos traz de volta o que pensávamos haver perdido: o oxigênio para VIVER!
beijoss :)
lavar os olhos na paisagem e mergulhar no horizonte...
ResponderEliminar"perco-me" em paisagens assim...
gostei muito do texto.
Tão belo este texto AC!
ResponderEliminarAo mesmo tempo feito de tantas e actuais realidades e de tanto boculismo que faz retornar à paz interior da comunhão com a natureza que somos e na qual nos encontramos.
Saudades que tive de um sítio ali bem perto destes que descreve, em Sabugal, a aldeia do Soito, é assim mesmo a sua toponímia, apesar de alguns mapas lhe chamarem Souto, como aliás seria lógico ser, pois são imensos e centenários alguns dos seus castanheiros, alguns já com os troncos secos, mas mesmo assim muito belos.
Passei por lá alguns tempos que me souberam muito bem.
Deixo beijos e saudades.
Branca
Depois da leitura, leveza...
ResponderEliminarMuito bom!
Abraço :)
Uma descrição perfeita e muito bucólica. Um encanto só.
ResponderEliminarGrata pela sua atenção nas minhas páginas na revista LETRAS ET CETERA
Abraço
Seja na Beira ou na Madeira :), a natureza é uma verdadeira benção. Pagaremos caro o constante desrespeito.
ResponderEliminarO texto é magnificamente sensorial :)
Um beijo.
Da beleza do bucólico...A vi toda aí.
ResponderEliminar=)
Um beijo.
"Enquanto descia, liberta dos seus diabinhos, foi enchendo a pequena mochila de castanhas. Juntamente com uma boa jeropiga, seriam um excelente pretexto para, ao serão, juntar meia dúzia de amigos. A felicidade, estava cada vez mais convicta disso, também passa pelo usufruto dos pequenos prazeres da vida."
ResponderEliminarÉs perfeito até na reedição, AC!
Bjo, querido.
A simplicidade da natureza.
ResponderEliminarAs saudades do ar...simplesmente do ar.
Nem que fosse para fechar os olhos por um instante e voltar a respirar assim.
Gostei de sentir esta interioridade bonita, do sentir das serras da vista delas!
ResponderEliminarVi a vista da Gardunha a norte, mas não esqueço a austeridade da Gardunha de sudeste, a de Castelo Novo e de Alpedrinha!
Foi lindo ler-te... obrigado.
Um texto muito bonito, em que Inês parece procurar na beleza da natureza, força interior para deixar de vez as recordações de uma relação falhada. Gostei.
ResponderEliminarPeço desculpa por não ser muito constante este mês, porque nesta época sempre tenho alguns trabalhos de artes decorativas para fazer e fica-me menos tempo para a escrita e para as visitas.
Um abraço e muito obrigada pelas visitas ao Sexta.
Um texto ao meu jeito: a natureza...a procura , o encontrar-se...
ResponderEliminarNa natureza me alheio de tudo qaunto me magoa e encontro a Paz...
Obrigada...Bj
BShell
Um belo sábado pra ti meu amigo...abraços fraternos.
ResponderEliminarº°♥❤ Olá, amiga!
ResponderEliminar❤ BOM FIM DE SEMANA!!!
º°❤ Beijinhos.
♥❤ Minas.
Bem precisamos de oxigénio, sim...que o país está asfixiando!
ResponderEliminarBom fim de semana
Muitas vezes é difícil encontrar a beleza crua entre a marcas da presença hostil do ser humano, mas nem por isso devemos deixar de apreciar as pequenas coisas.
ResponderEliminarAlguns textos trazem palavras que não usamos mais por aqui, nada que um dicionário não resolva, mas é meio triste pois percebemos como a linguagem está cada vez mais pobre deste lado do mar.
Abraços
fazes magia com as palavras mais simples..
ResponderEliminaramo estar aqui..
beijos sempre...
Vou publicar numa rubrica há muito tempo parada:)))
ResponderEliminarSe não quiseres ordena que eu retiro:)
Beijocas