sábado, 26 de janeiro de 2013

ELOS

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Margarida Cepêda, Semente
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Despertaste-me, insuflando vida. Embalaste-me, vezes sem conta, sussurrando melodias que só os bosques, à tardinha, ainda sabiam entoar. Impeliste-me, a custo, sentindo na pele a separação das águas. Olhaste-me ao longe, contraída, com um brilho de quem nunca esquece. E parti.
Quando regressei, já com limos na demanda, quase tudo mudara. Só o canto da lareira, onde me desenhavas as mais belas histórias, se mantinha intacto, como que esperando pela sucessão natural das coisas.
Avivei o lume, aconcheguei-te na cadeira e sorri. Chegara a minha vez de te contar histórias.
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47 comentários:

  1. nossa, AC, que belo, belo!! cuidar de quem cuidou e sempre cuidará de nós, abraçar a fragilidade feita pelo tempo... "chegara a minha hora de te contar história"... a hora de sermos gratidão. tocante.

    abraços!

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  2. Comovente! Volta-se sempre ao que nos foi aconchego e colo. Nem sempre a tempo de retribuir, é certo, mas volta-se à Ítaca do nosso contentamento.

    Um beijo

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  3. Lindo muito lindo!
    Como sempre uma grata surpresa passar por aqui!
    Beijos

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  4. Ainda bem que as coisas mudam não é mesmo AC.
    beijos

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  5. Olá, nobilíssimo amigo!
    Belíssima, sábia e poética reflexão sobre a nossa progenitora, que arrisca sua vida para gerar a nossa e faz de seu coração nossa guarida sempiterna.
    Mesmo partindo, por mais tempo seja, ela sempre nos recebe com júbilo.
    Texto excepcional e comovente.

    Abraços e ótimo fim de semana para ti e família!

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  6. Um dia fizeram por ti, hoje, chegou o tempo de fazeres ... E, mesmo que assim não fosse, devemos tratar com carinho e dedicação o que de nós precisam . Beijinhos com saudade ...sei que tenho andado a leste....e ainda andarei ...espero que não seja por muito tempo.:)

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  7. Comovente meu amigo, mexeu demais comigo!
    Eu fui uma filha abandonada com 8 aninhos pela minha mãe, nunca fui vista como filha, necessitei tanto, mas tanto de uma mão que me amparasse e não a tinha, hoje com os meus 56 anos estou todos os dias à tarde no lar ao lado da minha mãe que sofreu um AVC que a deixou paralizada, eu estou a sofrer demais ao vê-la numa cadeira de rodas, ao mesmo tempo sinto revolta porque não queria amá-la, mas eu amo.
    Desculpe foi um desabafo.
    bom fim de semana AC

    Beijinho e uma flor

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  8. Puxa, que bonito! Eu fiquei até imagindo!!!!
    Que incrivel, em poucas linhas voce foi capaz de fazer surgir na mente as cenas! Amei!

    Beijos

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  9. Mágicas palavras a nos revelar a música da vida. Espaço imperdível o seu, AC.
    Grande abraço.
    Gilson.

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  10. Terno e encantado momento...

    Um abraço, A. C.

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  11. No ciclo da vida são benditos os laços que unem o filho à sua mãe e quando os personagens trocam
    os seus papéis é porque assim é que tem que ser e a vida sorri pois está tudo certo e as consciências ficam em paz.
    Um abraço

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  12. Este me tocou castigando um pouquinho de saudade, certamente, pela vivência desta verdade.
    bj grande, AC, meu amigo talentoso e sensível

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  13. E assim segue a vida...uma infinita troca de sorrisos e histórias. Gosto de ver sorrir quem amo. Um abraço!

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  14. Grata,meu amigo, meu "cumplice, por tuas palavras...bálsamo para minha alma...meu espírito atormentado.
    Leio-te. E aconchego-me na cadeira à espera que alguém me conte essas outras histórias....

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  15. Permaneço em silêncio para não quebrar a magia das histórias contadas e das que quero ouvir. Respiro... nostalgia e poesia. Obrigada!

    Beijo

    Laura

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  16. Como o tempo passa e amadurecemos!
    Temos, pois, o tempo de ouvir histórias e o de contá-las...
    Abraços!

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  17. E que bom quando assim é. Que bom chegamos a tempo de retribuir com duçura as histórias de embalo e sossegar um coração contraído com a serenidade das coisas que valem a pena.

    Um texto que tem a grandeza das palavras gratas e, por isso, inevitavelmente me comove.

    Um abraço, AC

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  18. Gosto do que leio neste blog, AC.
    É a segunda vez que aqui venho e, nas duas vezes, senti qualquer coisa semelhante a pena... pena por estar tão lenta, por ter sempre tantas coisas para fazer, por ter de guardar algum tempo para minha própria produção...

    Gosto muito.

    O meu abraço!

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  19. Que feliz quando o ciclo do colo se completa e chega a nossa vez de dar, dar, dar e, em troca, receber um sorriso cheio de amor e admiração. Boas histórias, é o que lhe desejo.
    Um abraço
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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  20. Meu amigo AC

    Feliz de quem tem essas mãos carinhosas que afagam quando mais são precisas.
    Terno e doce este texto que adorei.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  21. Podemos viajar muito, que teremos sempre necessidade de voltar ao início de tudo. Muito bonito, AC.

    Beijo, boa semana

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  22. Em seu belo texto, vejo retratada a vida em sua essência: o círculo do amor que recebemos e devolvemos, em forma de carinho e cuidado. Abraços.

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  23. Poeta ,

    Sempre terno e amoroso .
    Emocionante o texto .
    Seus seguidores agradecem o presente .
    Beijos

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  24. Um círculo eterno.

    Abraços e uma linda vida.

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  25. Como entendo este belo conto...
    Beijinhos e boa semana!
    Madalena

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  26. Olá, AC!

    É um belo texto este, cheio de ternura; falando do mundo que gira, do ciclo da vida que se vai fechando, e da inversão de papéis que então ocorre - aqui descrita com sensibilidade de poeta.

    Abraço amigo; boa semana.
    Vitor

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  27. quando a gente retorna,
    quem terá vindo?



    abraço

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  28. E as historias sempre trazem otimas lembranças!

    Lindo,lindo!

    Beijos.

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  29. "Aconcheguei-me " num canto do sofá e deixei que as lágrimas rolassem.

    Um beijo , AC ,
    Maria

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  30. Um sorriso para este texto. :)

    Amanhã vai sair um desafio/partilha no (IN)Cultura, gostaria que participasse com o seu contributo.
    Beijinho.

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  31. Neste inverno, um canto aconchegante onde apetece ouvir contar recordações como baladas.
    A suavidade dos afetos em palavras tão ternas.
    Um beijo AC

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  32. descanso do guerreiro? ou espera de Penélope?...

    gostei muito.

    abraço

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  33. O ciclo não é alimentado senão por quem sente o chamado do aconchego e a cor rubra da braseira. Não há mecanicismo em tudo isto. Que histórias contarei para que o ciclo permaneça com a mesma beleza do teu escrito?... tão bonito

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  34. Olá, vim retribuir a visita e gostei muito do teu blogue. Vou voltar. Beijinhos :D

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  35. afinal neste inverno frio e chuvoso há sempre alguém

    beijinhos

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  36. Este é o ciclo.
    Que bom retornar e ler tuas idéias e verdades.
    Um abraço.

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  37. Mudanças são inevitáveis pois a vida é dinâmica,mas as lembranças dos bons momentos permanecem para sempre na alma.
    Abraços,bom dia!

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  38. Tão lindo!
    Tenho pena, porque não chegará à minha vez de contar histórias, pelo menos a quem eu as queria contar.

    Beijinhos

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  39. AC, que lindo! São nossos elos que noa fazem o que somos hoje. E que bom é poder contar para quem já muito nos contou!

    Meu carinho!

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  40. Elos eternos.
    Um grande bj querido amigo

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  41. Agostinhamigo

    Cá estou, voltado do pesadelo da recaída da bipolar desde Maio do ano passado até há 12 dias.

    Um dia destes também voltará a minha vez de te contar estórias...

    Abrç

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  42. AC,

    Tão doce e tão bonito.

    Bom domingo.

    Ana

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