sábado, 1 de março de 2014

(IN)VENTAR

.
Margarida Cepêda, Ela, o violino e vagas
.
.
.
Forjar a dignidade é tentar construir, camada após camada, alicerces capazes de lograr o vento. Tarefa ingrata, nunca acabada. Enquanto nos contorna, ele vai tecendo, pacientemente, as linhas da nossa imperfeição.
No final parece ficar apenas o discreto rasto da nossa ilusão, mas há sempre algo que a resgata, há sempre alguém que teima em prosseguir. Os ventos da nossa indignidade, por mais que se vangloriem, jamais terão descanso.
.
.

49 comentários:

  1. É esse o seu papel - não descansar nem deixar descansar!

    Abraço de ventanias

    ResponderEliminar
  2. Há no vento uma força e magia singulares e lindas. Eu não havia atentado para isso dele não poder descansar, de jamais resguardar-se. O vento está aí. Está aqui. Transitoriamente está.

    Um beijo, AC.

    ResponderEliminar
  3. È precisamos muito deste estímulo...Muito bom , contornar a voracidade do vento e permanecer de pé, somente para os bem embasados, se cremos conseguimos!Bom descanso , aqui é carnaval efervescente, literalmente!

    ResponderEliminar
  4. Tudo verdade, AC!

    Obrigada pelo belo comentário.

    Abraço grande

    ResponderEliminar
  5. Mas nunca conseguiremos enganar o vento, fazer-lhe frente é impensável, melhor deixar passar os maus humores. O vento estará sempre, quer dele demos conta ou não. Aproveitemos as suas tréguas.
    xx

    ResponderEliminar
  6. A ilusão é como o vento, que tudo faz para enfraquecer nossos alicerces e nos desviar do caminho...
    AC, beijo!

    ResponderEliminar
  7. Oiço-o lá fora. Força a janela, fustiga a roupa na corda. E entoa uma canção que só ele sabe cantar. E assobia, parece gente. No seu bailado, arrasta-nos. E às nossas ilusões também.

    Abraço

    Olinda

    ResponderEliminar
  8. O vento é um mistério...manso é brisa, nervoso é ventania, furioso é furacão.
    um abraço

    ResponderEliminar
  9. AC,
    Sem dúvida.
    Há sempre que limar, construir, reconstruir.
    Beijinho. :))

    ResponderEliminar
  10. O vento, a tempestade e a catástrofe foram e serão sempre o remédio para recomaçar...

    ResponderEliminar
  11. Gosto do vento .
    Chego a pensar que a nossa energia comunga com a dele .
    Faz estragos , sim , mas os que já fizemos contra a sua mãe natureza ?

    E é através dos " ventos da nossa indignidade " que que vamos mais além .

    Um beijo , AC ,
    Maria

    ResponderEliminar
  12. Olá, AC!

    Nós e o vento, soprando em sentidos contrários, é luta que nunca acaba - e que só alicerces fortes aguentam...

    E a bonita imagem não poderia vir mais a propósito deste nosso passado recente ...Bela escolha!

    Abraço amigo, e boa semana.
    Vitor

    ResponderEliminar
  13. °º♡♡彡
    Texto em perfeita harmonia com a pintura!!!

    ♡♬° ·. Bom domingo!
    Ótimo mês de março!
    Beijinhos do Brasil.
    °º♡♡♬° ·.

    ResponderEliminar
  14. há sempre alguém que diz não - aos ventos da indignidade.

    abraço

    ResponderEliminar
  15. Li lá no Roxo, mas estou aqui para comentar: esplêndido!!!
    Beijos,

    ResponderEliminar
  16. Os ventos podem até mudar de rumo...
    Beijo Lisette.

    ResponderEliminar
  17. ~ É imprescindível, aprender com empenho, construir a nossa coerência e verticalidade, defender com afinco, os nossos valores; resistindo continuamente.

    ~ Beijinho.~

    ResponderEliminar
  18. Tao facil se natural! Forjar a dignidade é trabalho perdido de quem o faz, pois o que marca mesmo em nossas vidas, é o que somos de verdade!
    Parabens pelos intensos versos!

    Um beijo

    ResponderEliminar
  19. Poeta , seu texto , como sempre , nos envolve e faz pensar . Inútil lutar contra o vento . Beijos

    ResponderEliminar
  20. Maravilhoso texto! O que nos distingue dos outros seres vivos é o carácter, a integridade...a verticalidade! Nem que para isso tenhamos que lutar contra as maiores tempestades...)

    Abraço AC!!!

    ResponderEliminar
  21. Tranquiliza saber 'há sempre alguém que teima em prosseguir'.

    A pintura a óleo de Margarida Cepêda (Ela, o violino e vagas) é qualquer de muito bom. Bom e inquietante.

    Tenha uma óptima semana, AC :)

    ResponderEliminar
  22. Meu querido Poeta

    Temos que seguir em frente debelando todas as tempestades e por vezes calando o grito que nos sufoca a garganta.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

    ResponderEliminar
  23. Essas camadas me remete as couraças,as máscaras usadas no auto-engano,

    que para alguns tornam-se necessárias na atuação no palco-vida. A glória

    mesmo é a nudez do Ser,construindo o espaço do (in)ventar com a

    força (vento) do sentir verdadeiramente...

    Cada vez mais fã da tua escrita-arte,AC!!

    Nossa,a imagem é belíssima perfeita para o teu texto.

    Beijo.

    ResponderEliminar
  24. A ilusão sempre nos enfraquece, mas que haja sempre quem teima em prosseguir, só assim fará sentido.
    Adorei, boa semana AC.

    beijinho e uma flor

    ResponderEliminar
  25. Por aqui respira-se sabedoria, Como sempre, gostei muito.
    beijos

    ResponderEliminar
  26. Sub-jaz a certeza que haverá sempre vozes que se erguerão por cima do vento. É um sentido para a vida. É ur(gente) (re)ganahar a dignidade. Doutro modo a gente não é gente...
    Admiro a originalidade frásica da tua escrita.
    Bjo :)

    ResponderEliminar
  27. Alicerces fortes, são os da dignidade.
    Não há vento que os derrube.
    Casamento perfeito com a imagem, AC.
    Um post muito belo!

    Beijo

    ResponderEliminar
  28. Que a dignidade saiba sobressair sempre! LINDO! abração,chica

    ResponderEliminar
  29. Os ventos da dignidade sempre tão fustigados... Excelente e reflexivo texto.
    Abraço

    ResponderEliminar
  30. Os ventos podem vincar, mas isso também faz parte do forjar.
    Um bj querido amigo

    ResponderEliminar
  31. Haverá sempre tempestades que temos que enfrentar...De cabeça erguida...
    Gostei muito...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  32. A dignidade, a genuína, suporta todas as ventanias, toda e qualquer intempérie. É difícil, é doloroso, mas é assim!
    A indignidade? Ah, isso é outra coisa, pertence a outro universo.

    Abraço.

    ResponderEliminar
  33. Adoro o vento!!!

    Prefiro a sinceridade, a dignidade, o caráter!!

    Aqueles que se deixam levar pelas ilusões indignas são tragados por ele...e acabam sumindo ao longe...

    Tenha uma ótima noite, com muita paz!

    Amei a imagem escolhida!!

    abraços,

    Lígia e =^.^=

    ResponderEliminar

  34. O vento... sabe-nos. (Rein)ventemo-nos

    Beijinho

    ResponderEliminar
  35. Não há dignidade que seja atingida quando os alicerces são fortes.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  36. Abala, grita, força. Mas não importa se os alicerces tiverem a arquitetura do nosso carácter. A não ser que a traição das vagas apaguem.
    Sempre, enorme AC!
    Beijinho meu

    ResponderEliminar
  37. Os ventos hão-de sempre soprar!
    Abraço

    ResponderEliminar
  38. Como se fosse um livro predileto do qual se viram lentamente as páginas, fui percorrendo suas postagens, já que estive ausente no último mês. Que delícia! Os textos variados, dos poéticos aos profundos, sempre com uma mensagem para o leitor. Parabéns, obrigada pela partilha de suas idéias e de sua poesia.

    ResponderEliminar
  39. Olá, bom amigo AC!

    Se a dignidade for engendrada naturalmente, não intempérie que a faça derruir, pois a honradez tem estrutura sólida.

    Estás, como sempre, de parabéns pelo texto excepcional.

    Abraços do amigo de além-mar.

    ResponderEliminar
  40. almas desassossegadas. (sempre).

    como sempre excelente!

    :)

    ResponderEliminar
  41. Reinventar sempre, abrindo caminho para que a dignidade se instaure sem meandros.
    Grande abraço,

    ResponderEliminar
  42. O atentado à dignidade dos outros é uma constante....

    Abraço

    ResponderEliminar
  43. Verdade...
    Manter-se no caminho é tarefa difícil, há quem sempre queira nos derrubar maquiando sensações...

    Beijo grande

    ResponderEliminar
  44. Caramba, não sei o que mais impressiona: se as palavras acutilantes, se essa imagem imensa. Não conhecia a tela, fiquei presa a ela.
    Por uma vez as palavras do meu amigo AC tiveram concorrência à altura.
    Forte abraço, como essas vagas ameaçadoras
    Ruthia d'O Berço do Mundo

    ResponderEliminar
  45. Porque somos imperfeitos estamos sempre expostos a intempéries de toda e qualquer natureza, são elas que podem (ou não) nos moldar para a vida. O vento, a água ou a falta dela podem nos levar por caminhos nem sempre desejáveis e desejados. E assim vamos forjando nosso existir, tentando ser como aquele bambu que se verga mas não se quebra, mantém-se firme após o vendaval !

    Beijo :)

    ResponderEliminar