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Lembras-te, meu amor, daquela música? Sorríamos quando a ouvíamos, ainda sorrimos, apesar de sabermos que não existe a tal canção, ela apenas faz cócegas nalgumas das muitas camadas com que vamos adornando a compreensão das coisas.
Já falámos disso tantas vezes e continuamos a falar. Umas ao final da tarde, a olhar para a multifiguração dos tons alaranjados, outras à lareira, aconchego ancestral tecido em partilha, em pequenas confidências. Esculpimos, no soprar do mais fino pó, que cada pessoa vai acumulando, ao longo da vida, camadas e mais camadas de segredos, ligados por pequenos filamentos, que são a complexa estrutura, quase invisível, do seu edifício.
Disseste-me, às tantas, que não te querias limitar à descoberta das tuas camadas, querias ousar descobrir as minhas e as tuas, onde convergiam ou se despediam.
Sentias que, na concordância, o meu sorriso era espontâneo. Também eu te queria dar as mãos.
Sentias que, na concordância, o meu sorriso era espontâneo. Também eu te queria dar as mãos.
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Gostei para lá de tanto:)), deste momento poético e musical, AC.
ResponderEliminarTão bom quando nossas camadas encontram par em outras camadas que caminham a nosso lado, e sabem ouvir a mesma canção.
ResponderEliminarabç
É um bonito conjunto!
ResponderEliminarAs canções, as memórias, os pequenos segredos...vão mudando e vão-se acumulando ao ritmo da vida. É bom ter coisas bonitas para recordar.
Bom domingo, AC:)
Todo o amor é composto de camadas, e de uma musicalidade própria, feita de espontaneidade.
ResponderEliminarBelo texto, e o António Zambujo é uma boa novidade da música portuguesa.
Tudo em harmonia, por aqui.
xx
E como é bom quem amamos saber ouvir a mesma canção!
ResponderEliminarLindo recordar e música.
Beijinho AC e um bom domingo.
Acamadas as belas palavras musicais
ResponderEliminarO amor!...Sabem-no, camada sobre camada, atentos que são ao tempo comum... Edifícios de gémea arquitectura...
ResponderEliminarBeijo
Camadas de ternura neste tecido onde só o sabe bordar a outra alma que o veste.
ResponderEliminarMaravolhoso, AC!
fraterno abraço!
São tão bons de ler os teus momentos poéticos!
ResponderEliminarEstive lá nesse concerto no coliseu, também estives-te?
Bjs
So os que amam conseguem ouvir uma musica propria... ela toca por dentro...
ResponderEliminarDeliciosa música ...por isso os enamorados possuem a música que lhes fala ao coração ...porque através do seu conjunto, música e letra se faz a magia do encontro das almas e dos sentimentos, tocando-se no mais profundo, por um instante ou pela vida inteira...ficamos nus diante dela (da canção)
ResponderEliminarUm abraço
" Dar as mãos " o gesto mais prometedor que existe .
ResponderEliminarUm beijo AC ,
Maria
E sentir no aconchego a verdade de tudo o que a música e o coração dizem...
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
Olá, AC!
ResponderEliminarE texto e canção casam lindamente, neste post com saborzinho bom a recordação.
Um abraço e boa semana.
Vitor
Quando as (des)camadas se cruzam e se conjugam, de mãos dadas, no aconcehgo.. é a pura felicidade :)
ResponderEliminarNão estive exatamente neste concerto, mas estive noutros com o mesmo sorriso de quem vive o momento por inteiro, Volto a sorrir ao ler estes pedaços de vida, tocados ao som de cordas vibrantes que ecoam num livro que dia a dia se escreve na ternura das mãos que se tocam e se sentem plenas de musicalidade.
ResponderEliminarObrigada, AC.
Beijo.
Descobrir as camadas do outro e aconchegá-lo com as nossas!
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana!
É meu querido AC muitas vezes a música nem tem melodia ou som, apenas sensações as quais apenas a alma e o coração sentem. Tenha uma linda semana.
ResponderEliminarpartilhar camadas - até alcançar âmago!...
ResponderEliminare prender as mãos!
belíssimo. um prazer sempre os teus textos.
Abraço, meu amigo
A recordação aconchegante e o fio dourado das tuas palavras...lindo!
ResponderEliminarBeijo meu
Ah...
ResponderEliminarSegredos e lembranças sempre tem um lugar mágico... Especial...
No livro de nossas vidas.
bjo de luz
L.L.
Texto tão bonito, AC. Os seus textos lembram-se sempre aqueles momentos em que depois de sair do trabalho, quando a noite já cai, chegamos à rua, vemos um trânsito absurdo, muito barulho, muita confusão, e nós procuramos um sitio tranquilo para beber um cacau quente e ver a cidade a acontecer lá fora através do vidro.
ResponderEliminarOs seus textos são precisamente um sitio tranquilo para beber um cacau quente e ver a cidade a acontecer lá fora através do vidro.
Tenha uma óptima noite, AC :)
PS: Ainda não entendi o porquê de muita gente dizer que não gosta de António Zambujo. Eu gosto. E muito.
Independentemente do local (mas os que referes são excelentes) a descoberta do outro nas camadas dos anos, seja a pretexto da música que marcou momentos ou outro referente qualquer, é que sela o afeto maior, o amor. Gostei imenso desta(s) cumplicidade(s).
ResponderEliminarBjo, AC :)
A isto se chama amor !
ResponderEliminarDesejo-lhe um excelente fim de semana.
beijinho
Fê