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Fotografia de AC
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Entre Gardunha e Estrela, no baixio dos campos sobranceiros ao Zêzere, há uma imensidão de vida que escapa aos olhares dos cultores de vidas apressadas. Por ali, sem qualquer esforço, avista-se a mais díspare passarada, da mais tímida à mais exuberante: melros, cegonhas, milhafres, perdizes, pintassilgos, papa-figos, guarda-rios, tordos, estorninhos, gralhas, toutinegras, pintarroxos, chapins, piscos, cotovias...
Num dia de deambulações, a espreitar possíveis janelas da alma, eis que, na placidez do caminho, surge uma manada de vacas, a pastar, em estreita relação com um bando de garças-boieiras. Parar era quase sacrilégio, não fosse perturbar a harmonia do local, mas a tentação foi mais forte. Ainda pensei em encontrar o melhor ângulo para a fotografia, mas o levantar de cabeça, em modo tranquilo, de uma ou outra vaca, levou-me a mudar de ideias. O intruso era eu. É já daqui, pensei. E, facto consumado, sem alaridos, lá segui o meu caminho.
As vacas e as garças, em atitude zen, ficaram para trás. Eu, sem pressas, prossegui na eterna busca do (im)possível poema.
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Ver esta imagem e ler o texto transportou-me para o Alberto Caeiro.
ResponderEliminarUm abraço e bom Domingo
Imagem e palavras lindas, como a bucólica cena! Adorei! bjs, chica
ResponderEliminarUnidade na diferença
ResponderEliminarAbraço
Ah! Que bonito!
ResponderEliminarA fotografia em si é poesia(seu olhar), as belas palavras são assim feito preciosa moldura!
Beijo carinhoso, feliz fim de semana!
O poema veio em forma de imagem...
ResponderEliminarO poema ali,(aqui), ao vivo e a cores.
ResponderEliminarGrata pela partilha.
Lídia
o poema perfeito é impossível! mas teu olhar aproxima-se... e disso nos dá conta-
ResponderEliminarabraço, meu caro amigo
bela passarada por essas paisagens - boas razões tem o meu (salvo seja) Assobio em não gostar de armas de fogo. rss
O poema está bem visível :)
ResponderEliminarFica um beijo com estima.
Oi, A.C. e o poema se fez dentro da alma...
ResponderEliminarUm abraço
É notável como conhece a multiplicidade de aves/pássaros. A Natureza, tranquila, não se padece para com os intrusos; ela continua, impávida e serena.
ResponderEliminarBeijinho.:))
Quando se vive o próprio poema, ele as vezes
ResponderEliminarfica tímido para aparecer em público em forma
de poesia escrita...rss
Que vizinhos maravilhosos, esta natureza e todos
os bichos em seu estado Zen, como espelho de
aprendizado.Um dia irei viver assim...rss
Uma inspirada semana, querido Poeta Zen!
Beijo.
Uma bonita imagem de vacas, garças carraceiras e o teu olhar sensível à natureza que por si faz um belíssimo poema!
ResponderEliminarConheço todos os pássaros referidos menos "toutinegras" nunca ouvi este nome.
Bom domingo meu Amigo AC.
Um beijinho
Só falta alinhar o poema porque as estrofes estão cá...
ResponderEliminarImaginemos cada animal uma palavra e temos um lindo poema.Gosto da foto :)
ResponderEliminarO poema está na imagem, na paisagem.
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
E o pássaro da alma deu pulos de alegria !
ResponderEliminarUm beijo AC , e boa semana,
Maria
As voltas que um poema dá! dentro e fora de ti! Por inteiro!
ResponderEliminarBeijinho, AC :-)
Esqueci de mencionar, gosto da tua fotografia! :-)
ResponderEliminaro poema está aí todo desnudo e inteiro
ResponderEliminarnas palavras
na foto
que beleza!
boa semana e boas fotos com essa inspiração em alta
beijinho
:)
Adorei este tempo... à velocidade do próprio tempo... traduzido em imagem e palavras... fora da pressa dos dias...
ResponderEliminarAbraço! Feliz semana!
Ana
A foto é o poema...
ResponderEliminarSe tivessemos a capacidade de observar cada belo pormenor da natureza, de admirar a harmonia de todos os seres nela viventes fariamos com toda a certeza um belo poema. Não podriamos nele incluir o mais sábio, o mais inteligente, o tal do racional ser que também nela habita.Falta a ele o respeito pela natureza, não tem ele a sensatez de viver em harmonia com os outros " sapiens" e muito menos com aqueles aos quais é atribuida uma grande irracinalidade. Sujamos a água que bebemos e com isso é impossivel escrever-se um simples verso. Obrigada, amigo, pelo belo momento. Um beijinho e até sempre.
ResponderEliminarEmilia
Tão divino escutar estes sons!
ResponderEliminarE é bom também ler esta sensibilidade!
beijinho
O poema, por mais belo que seja, nunca consegue ser o que as coisas são; é sempre uma representação.
ResponderEliminarQue belas imagens! Na foto, e nas palavras.
xx
Tão bom esse deambular!
ResponderEliminarConheço um pouco esses lugares, de longas caminhadas a pé...
Beijinho meu.
Lindo, prosseguimos sempre!!!
ResponderEliminarBjbj Lisette.
Poeta , " os cultores de vidas apressadas " nem imaginam o que perdem . Tudo aqui é lindo . Palavras e fotografia . Beijos
ResponderEliminarPassando novamente, por aqui, só para dizer, que deixei uma distinçãozinha, por lá no meu canto, para este blog espectacular!
ResponderEliminarBeijinho! Continuação de uma boa semana!
Ana
Linda fotografia e lindo texto!!!
ResponderEliminarAs vaquinhas bem merecem poder pastar ao ar livre à vontade!
Beijinhos, boa semana :)
Mas ficou o momento - nas palavras e na imagem. O impossível torna-se possível, ainda que por breves instantes, na presença destes momentos raros.
ResponderEliminarUm beijinho, AC :)
Rodeaste o poema, prosseguiste o teu caminho, mas a poesia não se perdeu! Está toda na imagem e no sentir das tuas palavras.
ResponderEliminarIncrível como sabes os nomes de toda essa passarada...de nome também conheço, mas não os saberia distinguir!! :)
Beijinhos, AC...:)
A natureza é poema, mas raros são os que a escrevem em poema!
ResponderEliminarTu é um deles!
Meu apreço, AC :)
Esta tua foto e o tua magnífica prosa poética aqueceu-me um pouco a alma que ultimamente tem andado..."as voltas..."
ResponderEliminarObrigado por este momento!
Beijos
O poema (estava) está lá!, a transbordar serenidade, laborando no equilíbrio das coisas, dos bichos, pondo e dispondo segundo as leis da Natureza. A beleza dos dias primeiros do mundo.
ResponderEliminarParabéns, AC.