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Pintura de Margarida Cepêda
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Quando chegava o verão
Sentavas-te, à tardinha
Debaixo da figueira
Onde a brisa, suave
Anunciava o rumor das cotovias.
Então pegavas, delicada, na minha mão
E contavas, baixinho:
Era uma vez um potrinho
Que adormecia, feliz
A ouvir as histórias do vento...
Sentia-te perto
E o tempo
Adormecido no cantar do ribeiro
Parava, enlevado, para nos ver.
Assim eram os dias
No tranquilo paraíso
Em que desenhavas, minuciosa
O crescer das minhas asas
E eu sentia, maravilhado
O vigor do teu voar.
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Ouvir as "histórias do vento" e saber que o crescer das asas traz com ele o fascínio de voar. História maravilhosa... Linda a imagem.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Muito bonito o seu poema AC :)
ResponderEliminarFica um beijinho
Nessa reciprocidade, nesse dar e receber, nasceu este post magnífico.
ResponderEliminarA pintora criou a tela e tu escreveste este lindo poema, como complemento. E que belas palavras escolheste!
Assim se forjam as asas da criatividade que se inspira noutras asas, voando sempre mais alto.
Um beijinho, A.C. :)
(Votos de boa semana)
Há sempre um momento
ResponderEliminarem que é preciso
ouvir histórias do vento
Esse poema, foi-te trazido pela brisa?
Era uma vez uma historia do vento, que por acaso aqui, algures entre asas, sonhos, esperanças, chuva, borboletas, flores e aves eu já tinha encontrado. Tão lindo, tão puro...! Obrigada, pois por momentos voltei a ser criança...🏃🚶
ResponderEliminarNão me lembro de alguém me ter alguma vez contado histórias assim.
ResponderEliminarMas fizeste-me ir a dias em que uma amiga, ligeiramente mais velha do que eu (uns 4 anos) pegava num livro, cheio de letras, sem desenhos nenhuns, e nos lia contos.
(Foi uma óptima lembrança esta! Obrigada)
Que asas de letras fantásticas AC. Boa noite :)
ResponderEliminarVoltar ao sopro guardado, ao tempo da inocência, aos alinhavos, agora já filamentos, com que se entreteceram as asas do sonho, é poesia.
Gostei muito.
Abraço.
Vc descreveu a paz, o carinho, o amor...lindo
ResponderEliminarBelo poema inscrito na memória do tempo.
ResponderEliminarDo meu, tenho as estórias e contos transmitidos oralmente, debaixo da laranjeira, pelo meu avô.
E, desta leitura, o passado regressou, não pelo vento, mas pela 'nuvem'.
Gostei mto.
Um abraço, AC
E que belas asas nasceram nessas tardes de verão.
ResponderEliminarUma imagem a condizer com a profundidade das suas palavras.
Um beijinho AC
O Toque do coração
"...Assim eram os dias
ResponderEliminarNo tranquilo paraíso
Em que desenhavas, minuciosa
O crescer das minhas asas..."
Há imagens que abrem as janelas todas.
Bejinho, Ac.
Ouvir as histórias do tempo, é privilégio dos poetas. E aqui neste poema, qualquer deles se sentiria bem representado.
ResponderEliminarLindo AC
Um abraço
Um poema lindíssimo, onde o encanto das suas palavras, AC, nos empresta asas... para sonhar...
ResponderEliminarBeijinho! Feliz e inspirada semana!
Ana
as evocações ganham um modo tão real....
ResponderEliminarbeijo
Voos imaginários! todos temos alguns _baixos ,altos,rasantes mas sempre nas asas do vento...algumas vezes descemos ao chão e sentimos que apenas estamos a forjar.
ResponderEliminarLindo poema AC
Chapelada!!
ResponderEliminarAquele abraço
AC
ResponderEliminara saudade da infância...tanta ternura em palavras simples e belas.
gostei muito!
beijinhos
:)
Quanta saudade da experiência maravilhosa da infância onde nos crescem as asas da poesia!
ResponderEliminarUm abraço
Quem nos espevitou o vôo, está sempre presente no nosso caminho. De vez em quando, estendemos a passadeira vermelha para lhe concedemos um galardão. Desta vez foi um poema!
ResponderEliminarBj, AC 👏
E o crescer doía menos, quando havia tempo para se ficar debaixo de uma figueira, a aprender os segredos de umas asas a despontar.
ResponderEliminarBj.
Lídia
Todos os dias crescemos e...comovi-me com esta maravilha.
ResponderEliminarBeijocas
As asas da Poesia em pleno vou do encantamento!...
ResponderEliminarPoema muito belo, AC!
Beijo.
É lindo, AC :))
ResponderEliminarbeijinhos