.
AC, Plantio de cebolas
.
.
.
Tem chovido abundantemente mas, por entre algumas abertas, os pés de cebola lá se plantaram.
Depois do trabalho feito, com algum esforço, soube bem apreciar a obra, devidamente abençoada pela chuva. Momentos gratificantes.
Hoje, dia de mais um aniversário do 25 de Abril, espero bem que todos o sintam - cada um à sua maneira, pois é claro - e que ninguém se queira apropriar dele. É que, se lágrimas vierem, que sejam, no máximo, como as das cebolas, com a esperança a continuar a ter o fôlego suficiente para soprar para longe a desilusão. Embora os sonhos já estivessem melhor cuidados, todos o sabemos.
A propósito da data, permitam-me algumas palavras de há poucos anos atrás, nas quais, contra ventos e marés, quero continuar a acreditar:
.
Há uma luz que refulge, sulcando as trevas
Há um gesto que renasce, fazendo o dia
Há um canto que se ouve, quase em murmúrio
Há um despontar de vozes, quase melodia.
.
Aqui só para nós, e eu sei que também sabem, não é aquilo que os outros acham, é a nossa prática que faz Abril. Todos os dias.
..
Festejemos as memórias vivas
ResponderEliminarGostei de ver o gosto colocado na seara de cebolas. O meu elogio
ResponderEliminar25 de Abril SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE.
.
Domingo feliz … Saudação poética
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Tal como qualquer plantação, para dar bons frutos, tem que ser cuidada.
ResponderEliminarAssim será sempre Abril, se o quisermos.
Como sempre um excelente texto.
Um beijinho e boa semana, AC
Para quem viveu o 24 de Abril, só pode querer que esta data seja sempre festejada com liberdade.
ResponderEliminarA propósito das cebolas, lembro-me de uma caso que quase podia ser considerado anedota, mas que é verdade. Quando era criança, o meu pai preparou a terra para plantar os pés de cebola quando chegasse do trabalho, mas meu tio, que tinha 13ou 14 anos disse ao meu pai que ele podia fazê-lo. O meu pai explicou-lhe como fazê-lo, e por fim disse-lhe. Mas olha que as raízes devem ver o dono ir para casa. Bom queria dizer na dele que os pés das cebolas não deviam ficar muito enterrados, mas o meu tio levou à risca a informação. Plantou as ramas e deixou as raízes de fora. Menos mal que meu pai vinha sempre almoçar a casa e levou quase toda a hora do almoço a tirar os pés de cebola e a replantá-los.
Abraço e saúde
Belo texto. Que os ventos democráticos lusos se espalhem pelo mundo.
ResponderEliminarÉ muito por esse caminho que vou amanhã.
ResponderEliminarAbraço, boa semana
Que a democracia que permaneça bem plantada e cabe-nos a nós demover os loucos radicais. A estes punha-os a plantar cebolas e não só!!!
ResponderEliminarTal como as cebolas, a liberdade, precisa de cuidados diários. Muitos que não viveram antes de Abril, acham que a liberdade, é um direito calendarizado... e porque não têm outras memórias, do que aquelas com que já nasceram... creio sentirem uma predisposição, para experimentarem e apoiarem outros estados de alma... à boleia de movimentos radicais, que sempre aproveitam períodos de crise, para florescerem... quais ervas daninhas... minando qualquer jardim ou horta...
ResponderEliminarUma belíssima publicação... onde também se cultivaram boas práticas de liberdade...
Beijinhos
Ana
AC
ResponderEliminarE que bem plantadas estão!
Esperemos que a colheita seja boa!
Desejo paz e saúde!
beijinhos
:)
Do lado de cá do oceano abril também deitou-se por terra, de forma diferente. Mas afinal, não são essas sutilezas do espaço-tempo que constroem nossa existência? AC, também tenho sentido tua ausência no meu mundo. Teu olhar sobre minha escrita me motiva e tua crítica me fortalece, porque tens um talento único e aquele olhar acurado que não brilha senão diante do que mereça.
ResponderEliminarA leira das cebolas é geometricamente estudada. Grande agricultor!
ResponderEliminarGosto de ler esta quadra:
Há uma luz que refulge, sulcando as trevas
Há um gesto que renasce, fazendo o dia
Há um canto que se ouve, quase em murmúrio
Há um despontar de vozes, quase melodia.
Parabéns e beijinhos. :)