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Não somos ilhas, somos interacção permanente.
Ao escrever o meu último texto, "Às vezes", assumi-o como prosa poética. Isabel Fidalgo, uma poetisa por quem tenho a maior admiração, ao lê-lo sugeriu para ele outra configuração, argumentando que é poesia pura. Aqui fica a sua sugestão, com os meus agradecimentos. Entretanto, alterei-lhe também o título.
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.Não somos ilhas, somos interacção permanente.
Ao escrever o meu último texto, "Às vezes", assumi-o como prosa poética. Isabel Fidalgo, uma poetisa por quem tenho a maior admiração, ao lê-lo sugeriu para ele outra configuração, argumentando que é poesia pura. Aqui fica a sua sugestão, com os meus agradecimentos. Entretanto, alterei-lhe também o título.
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Às vezes
Quando o cansaço ganha contornos
Apetece
Procurar o sol
A claridade
Dos dias prometidos.
No calcorrear da velha calçada
Um letreiro gasto, mas sempre novo
Sinaliza
Nas subtilezas do tempo
O graal de todas as demandas.
Insinua-se um vislumbre de promessa
A centelha do golpe de asa
Mas os olhos carecem de rumo
Porque temperados
Com a visão de mil profetas.
Às vezes
Com a luz na mão
Apenas olhamos
Para o mistério da sombra.
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Que belo poema!!!!
ResponderEliminarLIA
Ás vezes pensamos que estarmos sós é isolarmo-nos e pensarmos para dentro, alheados ao estarmos no meio de tanta gente.
ResponderEliminaràs vezes mesmo sós toda a companhia que precisamos, e que nos enche a alma e transporta para um mundo onde a companhia são os pensamentos, está num poema, num texto, assim como os seus.
Lindo!
Gosto sinceramente da nova configuração do texto. Ganha na sua dimensão formal mas principalmente na grandiosidade da sua mensagem. Parece haver um cadência de luz e sombra em momentos alternados de energia e fadiga. A curiosidade pelo desconhecido e a indiferença pela realidade...
ResponderEliminarSão apenas, como alguém já referiu, pensamentos que acordaram com a claridade do teu poema.
JB