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Lutavas contra o tempo
Em sobressalto
Vendo as folhas cair
E não reparavas
Que a cor outonal
Era a satisfação
Dum desígnio cumprido
E que a queda
Suave
Era a chave
Do conhecimento do segredo
Debatias-te
Angustiada
Na visão do espelho
E esquecias
O passo a dar
Para entender
A arquitectura do ciclo
Programada
Com a palavra primitiva
Sentia-te a inquietude
Mas nada podia fazer
Para apaziguar o medo
De sentires
O vazio do grande abraço.
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Lutavas contra o tempo
Em sobressalto
Vendo as folhas cair
E não reparavas
Que a cor outonal
Era a satisfação
Dum desígnio cumprido
E que a queda
Suave
Era a chave
Do conhecimento do segredo
Debatias-te
Angustiada
Na visão do espelho
E esquecias
O passo a dar
Para entender
A arquitectura do ciclo
Programada
Com a palavra primitiva
Sentia-te a inquietude
Mas nada podia fazer
Para apaziguar o medo
De sentires
O vazio do grande abraço.
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Porque cada um interpreta as poesias que lê conforme o seu estado de alma, a mim este poema faz-me lembrar o popularismo que diz, "que ao cair da folha...".Associado ao facto de com a chegada do outono, do frio as pessoas vão-se indo.Seja qual o seu sentido do poema está como sempre lindo!obrigada,continue!
ResponderEliminarO poeta enamorou-se da palavra
ResponderEliminarE trouxe-a em Outono de poesia
E revelou-a densa intensa e sibilida
Para apaziguar o medo
E fez-se abraço na solidão do dia.
Agostinho
Nasceu um poeta.Composição cheia de musicalidade, com as sibilantes a emprestarem um ritmo cadenciado e nostálgico à metáfora forte e cheia de pluralidade semântica.ADOREI!!!!
IBEL
Tenho de confessar que fiquei "parada" no tempo.
ResponderEliminarÉ sem dúvida um poema...
... demasiado profundo para ficar indiferente;
... demasiado nostálgico para não o relacionar com a "inevitável partida";
... demasiado angustiante para não o associar à luta pela vida;
... demasiado transparente para não querer ver as folhas que vão caindo;
... demasiado belo para não receberes "O carinho do abraço" de quem retira das tuas palavras sentimentos e reflexões que o Tempo não apagará.
Simplesmente intemporal!
Magnífico, Agostinho!
Quem me dera apaziguar o tempo.
ResponderEliminarLindo!
Às vezes questiono-me qual seria a relação entre o tempo de duração da vida do Homem e o tempo que levou a Terra a formar-se…
ResponderEliminarÉ absurdo pensá-lo…
É absurdo sequer imaginá-lo…
Mas na verdade… O tempo passa.
Quero acreditar que o tempo é relativo…
Quero acreditar que tenho o tempo de uma vida… Quero acreditar que tenho tempo para poder reflectir os teus magníficos textos…
Carolina
Não consigo ficar indiferente aos seus magnificos textos... como não lhe confiarmos os nossos filhos, na aprendizagem da vida, se é possuidor de uma tamanha sensibilidade! Fico sempre triste, corrijo, mais triste, nesta época, mas, confesso que os seus textos me aliviam a tristeza e são o melhor antidoto para a revolta que tenho dos testes que esta vida me tem feito ultrapassar... mas aprendo e continuo diáriamente a assimilar tudo o que os seus textos transmitem. Muito obrigada.
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