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Procurei-te
No mais fundo de mim
Desenhei-te
Nos contornos do viajar intranquilo
Adivinhei-te
No vulto que dobrava a esquina
Ah, quanta cegueira
Quanta insistência na receita errada
Por uma quimera mil vezes desejada
Ah, quanta solidão
Quanto rebuscar no vazio
Em constantes vagas de frio...
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Então chegaste
Vinda do nada
E desmontaste
Com risos despreocupados
A construção do labirinto
Mil vezes tecido
Em adornos florais
Só então
No desespero da nudez
Vislumbrei
A génese da promessa
E percebi
Como tudo começou.
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O poema é tão rico e tão bonito que já o decorei.Acho que vou deixar de escrever...
ResponderEliminarQue procura tão intensamente desenhada, numa linguagem polissémica, cheiae ambivalência semãntica.
Grande poeta, Agostinho!
O anónimo é a Ibel.Já não consego submeter, de novo, osomentários com o meu nome.
ResponderEliminarIbel
Que bela escrita, Agostinho!
ResponderEliminarIrresistível de ler , ler e reler...
Pura poesia vestida de tão profunda simbologia!Quem quer que a desmonte, mergulhará, certamente, no mais fundo de si mesmo.
Não pares de escrever!
Está sensacional!
Nem sei que diga a palavras tão encorajadoras. Tenho a noção que os comentários dos leitores, bons ou maus, são o alimento de quem escreve, por isso todos eles são bem-vindos. Claro que, articulados desta forma, tocam no mais fundo de mim, e o meu ego agradece.
ResponderEliminarObrigado, Ibel! Obrigado, JB!
Agostinho,
ResponderEliminarÉ tão bonito o seu poema, que me inspirou a mão
para mais uma digressão até à musa da minha poesia.
Então chegaste
Vinda do tudo
E montaste cautelosa
Com sorrisos cor de rosa
O sino da catedral
Com pétalas de cristal
Só então
Na alegria da limpidez
Vislumbrei nessa música
A génese da promessa
Do teu regresso inteiro.
IBEL
Ibel, lindo!!!
ResponderEliminarA que fonte vão vocês beber, para saciarem o prazer de quem lê poesia tão refrescante?
ResponderEliminarJB,
ResponderEliminarBebo na fonte dos afectos e dos grandes poetas que viveram pela alma, porque"QUEM TEM ALMA NÃO TEM CALMA",como dizia Pessoa.
Muito obrigada.
IBEL
IBEL,
ResponderEliminarNão era para agradecer... Mas tenho a certeza que dessa fonte só bebem os que conseguem, através das palavras, oferecer aos outros momentos mágicos de reflexão e beleza interior. Eu é que agradeço e continuem a partilhar essa alma de grandes poetas.
Nudez??
ResponderEliminarEstá vestido e muito fino;num fato de lucidez, numa camisa de calma e numa capa que alberga tanto de belo que nem tapa, transparece tanta poesia boa....
Parabéns!
Tenho acompanhado o teu blogue em silêncio, mas não me contenho mais. Continua, amigo, está espectacular!
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