sábado, 10 de outubro de 2009

ÀS VEZES

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Às vezes, quando o cansaço ganha contornos, apetece procurar o sol, a claridade dos dias prometidos.
No calcorrear da velha calçada, um letreiro gasto, mas sempre novo, sinaliza, nas subtilezas do tempo, o graal de todas as demandas. Insinua-se um vislumbre de promessa, a centelha do golpe de asa, mas os olhos carecem de rumo, porque temperados com a visão de mil profetas.
Às vezes, com a luz na mão, apenas olhamos para o mistério da sombra.
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3 comentários:

  1. Procurar faz parte da essência humana. Se interpretei bem, às vezes temos junto de nós o que procuramos e não damos conta. Faz parte da condição humana.

    PP

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  2. Às vezes
    Quando o cansaço ganha contornos
    Apetece
    Procurar o sol
    A claridade
    Dos dias prometidos
    No calcorrear da velha calçada
    Um letreiro gasto mas sempre novo
    Sinaliza
    Nas subtilezas do tempo
    O graal de todas as demandas
    Insinua-se um vislumbre de promessa
    A centelha do golpe de asa
    Mas os olhos carecem de rumo
    Porque temperados
    Com a visão de mil profetas
    Às vezes
    Com a luz na mão
    Apenas olhamos
    Para o mistério da sombra.


    Agostinho, desculpe o abuso, mas apeteceu-me dar esta confuguração à sua escrita.Apeteceu-me fazer como dizia a grande Sophia: deixar a linguagem fluir quando é rio de palavras libertas. POESIA PURA(este seu texto),da mais sublime. E tão cheia de claridade!

    IBEL

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  3. Ibel, adorei a sua sugestão.
    Se não se importa, acrescentaria apenas dois ou três pontos finais à sua proposta. Ficaria assim:

    Às vezes
    Quando o cansaço ganha contornos
    Apetece
    Procurar o sol
    A claridade
    Dos dias prometidos.
    No calcorrear da velha calçada
    Um letreiro gasto, mas sempre novo
    Sinaliza
    Nas subtilezas do tempo
    O graal de todas as demandas.
    Insinua-se um vislumbre de promessa
    A centelha do golpe de asa
    Mas os olhos carecem de rumo
    Porque temperados
    Com a visão de mil profetas.
    Às vezes
    Com a luz na mão
    Apenas olhamos
    Para o mistério da sombra.

    Ibel, qual abuso, agradeço-lhe do fundo do coração!

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