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Hélio Cunha, Memórias do absoluto
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Regressas, por momentos, a paisagens há muito adormecidas dentro de ti.
Deslumbras-te na harmonia da água com as pedras, dos pinheiros com os carvalhos, da urze com o medronheiro. O velho, eterno resguardar de memórias, parece-te novo no rigor suave das linhas simples, que te convidam ao devaneio. E efabulas, arquitectas, parece-te viável o reformular da filosofia dos homens. Reconcilias-te com a vida.
Quando partes, não te falo da validade do brilho renovado dos teus olhos. Digo-te apenas para vires mais vezes.
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Belíssimo momento de reconciliação e de esperança traduzido de uma forma sublime: reminiscências da fonte, brisa que afaga, água que canta e lava...
ResponderEliminarUm beijo
A liberdade assumida e o amor incondicional.
ResponderEliminarbeijo
O ir e o voltar...Se há um brilho renovado acabará por regressar o mais depressa que puder. Beijinhos
ResponderEliminarE as tuas palavras incitam a voltarmos sempre, imitando o circuito natural das águas. Lindo
ResponderEliminarPara mim as partidas são sempre muito dificeis, não é fácil dizer adeus.
ResponderEliminarAdorei a imagem
Beijinhos
Maria
Há sempre um espelho
ResponderEliminaronde escrevemos o melhor que somos
como se não fossemos nós
no ciclo das marés
Excelente como sempre
Abraço
Lindo! A sintonia do humano com a natureza!
ResponderEliminarBeijos!
Raízes são raízes...e a primeira água será sempre a mais pura.
ResponderEliminarUm abraço
Seu texto me remete as viagens que exploramos dentro de nós mesmos e que nos trazem renovação visível ao que está dentro e fora de nossas paisagens interiores.
ResponderEliminarBjos!
faz tempo que não venho. há caminhos que nos afastam da essência, mas são efêmeros, ainda bem. volto e saio com brilho no olhar, assim, como sempre foi.
ResponderEliminarbj grande, meu queridão amigo AC
A sensibilidade que não adormece na rotina do fazer,
ResponderEliminarvivencia a equação harmonizada entre o ir e o voltar do sentir,
registrado pelo o olhar que brilha...
Belíssimo texto com brilho da alma poética!
Bj.
Seguramente, este é um sítio ao qual sempre volto.
ResponderEliminarExcelente, AC! Gostei mesmo muito.
Beijo
Sónia
Sempre respiramos por aqui um sopro que alimenta, por isso voltamos. Aqui há sempre um texto com um ritmo adequado à realidade que cria, e neste não diferente.
ResponderEliminarGrande abraço, AC
Ao retornar à fonte, sacia-se a sede momentânea na certeza de que mais uma vez iremos sentir sede e novamente regressaremos para beber a água de fonte perene.. Muito eloquente esta ponte construída nos teus versos. Abraços.
ResponderEliminarum enorme, IMENSO, obrigada, é tudo o que posso dizer-lhe, AC, se, da leitura das minhas linhas nasceu este texto. bem-haja, sempre. bem-haja!
ResponderEliminaruma nota apenas: hoje, ao regressar aos meus quotidianos, de que faz parte uma caminhada na beira rio, quer chova ou faça sol, e, com os meus botões, "escrevi" um texto que fala, exactamente, dessa/desta reconciliação com a vida, com o Universo, na sua plenitude... sensibilizou-me, creia, encontrar no seu texto esta expressão "Reconcilias-te com a vida.", porque, na essência, é disso que se trata - reconciliação com o "eu", com a parte, com o todo...
forte abraço de admiração e estima
Mel
Abraço pelo texto, AC! Muito bom, gostei intensamente.
ResponderEliminarMuito belo o texto e o seu conteúdo de reencontro harmonioso.
ResponderEliminarbjs
Poeta , a beleza do seu texto me faz vir a este espaço todas as semanas .
ResponderEliminarDepois de cada leitura , minha alma brilha mais . Obrigada . Beijos
Belo texto!
ResponderEliminarBeijos
Olá, AC!
ResponderEliminarNem sempre esta vida dá guarida a todos os desejos, e o melhor será contentarmo-nos com pouco - esperando um dia vir a ter tudo...
Bonito texto, com poucas palavras.
Abraço
Vitor
O ir e o voltar as vezes me confudem... e me perco em memorias dentro de minha alma...
ResponderEliminarAcho que o melhor da ida é sempre a volta... :)
ResponderEliminarAC,
ResponderEliminarÉ sempre um prazer voltar a esta página e beber a vida na água fresca das suas palavras. Encontrá-lo e reencontrá-lo numa memória que se registou na história dos meus dias.
Até breve, sempre.
Beijos
Lindo AC, existe momentos de esperança e isso nos faz reconciliar com a vida, não sei lidar muito bem com as partidas.
ResponderEliminarbeijinho e uma flor
Uma reconciliação com a vida ou com os seres humanos é sempre um momento de rara beleza, e de esperança. E ainda que a vida os afaste o tempo os juntará de novo porque a memória o exigirá.
ResponderEliminarUm abraço
É sempre bom o reencontro com a Natureza.
ResponderEliminarBeijinho.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarTambém eu venho mais vezes porque fico sempre com um brilho no olhar pela beleza de tanta harmonia poética!
ResponderEliminarBeijinhos
Bom termos lugares assim, onde se reencontra o brilho dos nossos olhos!
ResponderEliminarUm abraço
"Para chegar é preciso partir / Mas quando a gente o faz / O que é nosso parte também... " (fragmento de um poema meu).
ResponderEliminarBeijo
Laura
Lá estão, AC, as suas palavras tão melódicas, e com um cunho tão pessoal e inconfundível!
ResponderEliminarBeijinhos, boa quinta!
Sentem-se... palavras que invadem a alma.
ResponderEliminarAbraço
Cecilia
palavras alegres e serenas a envolver um belíssimo texto, como sempre...
ResponderEliminar:)
harmonioso - como as doces paisagens da alma.
ResponderEliminarabraço
Belo...
ResponderEliminarBeijo Lisette.
Olá AC!
ResponderEliminarTambém eu vou mas não consigo deixar de cá voltar
Fascinada pela leitura de quem sabe escrever
Eu que simplesmente sei cuidar
Há pouco tempo encontrei o seu blogue
E já não consigo dele desligar
Quanto mais anos vivemos, mais assiduamente regressaremos a essas "paisagens há muito adormecidas" em nós. O que nos fica sempre mais presente em relação ao passado são de certa forma as primeiras impressões e percepções que tivemos do mundo; do tempo em que pensávamos ser possível ser livre a vida inteira e que o mundo e arredores estaria sempre ao alcance das nossas mãos abertas. É nesse tipo de memórias que se encontra o refúgio de um conforto primordial, o tempo de todos possíveis, e os nossos olhos brilham sem que disso nos apercebamos sempre que para lá nos dirigimos.
ResponderEliminarTudo isso não passou, ficou guardado, e a memória que temos desse tempo de conforto ajuda a manter-nos vivos. Um ser sem memória tornar-se-ia um apátrida de si próprio.
Virei aqui muitas vezes, ler prosa poética de grande qualidade.
Obrigada AC. A sua escrita "enche-me as medidas"!...;-)
xx
Quanto mais anos vivemos, mais assiduamente regressaremos a essas "paisagens há muito adormecidas" em nós. O que nos fica sempre mais presente em relação ao passado são de certa forma as primeiras impressões e percepções que tivemos do mundo; do tempo em que pensávamos ser possível ser livre a vida inteira e que o mundo e arredores estaria sempre ao alcance das nossas mãos abertas. É nesse tipo de memórias que se encontra o refúgio de um conforto primordial, o tempo de todos possíveis, e os nossos olhos brilham sem que disso nos apercebamos sempre que para lá nos dirigimos.
ResponderEliminarTudo isso não passou, ficou guardado, e a memória que temos desse tempo de conforto ajuda a manter-nos vivos. Um ser sem memória tornar-se-ia um apátrida de si próprio.
Virei aqui muitas vezes, ler prosa poética de grande qualidade.
Obrigada AC. A sua escrita "enche-me as medidas"!...;-)
xx
AC,
ResponderEliminarum dos personagens de Machado de Assis se propõe, já idoso, a relembrar através da escrita os seus tempos de menino de modo a "atar as duas pontas da vida" e "recuperar na velhice a adolescência". Não é a isso que Nietzche chama de eterno retorno? E que Rubem Alves considera um retorno (e)terno?
Acredito ser esse um dos anseios mais exigentes que experimentamos em nossa travessia no espaço-tempo, ainda que a grande maioria nem ao menos se dê conta disso.
Bom (com)partilhar a travessia com quem reconhece o apelo e ainda fala dele de modo a descompassar o coração.
Fiquei feliz com o "por enquanto" sobre a publicação...
Abraço,
Jussara - minasdemim.blogspot.com
Irei , muitas e muitas vezes ...
ResponderEliminarUm beijo , AC ,
Maria
Um bonito sentimento de guarida_'venha mais vezes'...
ResponderEliminaré gostoso ouvir isso!
abraço
boa noite, acho que hoje tenho uma insónia.
ResponderEliminaré no ir e vir que a gente se constrói, reconstrói, recomeça.
ResponderEliminarAdorei!
um beijo
¸.°º✿♫ •°
ResponderEliminarBoa terça-feira!
Ir e vir faz parte da vida... mas tu está demorando muito voltar.
❤❤°º Boa semana!
✿°º Beijinhos
✿♫ 彡
Que belas pinturas em tuas postagens! Lindos.
ResponderEliminarUma semana iluminada a ti.
Um grande abraço!
A amizade com raízes tem esse respirar, um intervalo...que permite ir e voltar e ser sempre novidade, "estremeço", festa, exitação....
ResponderEliminarBeijo :-D
AC: e qtas vezes.temos que buscar o velho...que vive em nós..pra nos refazermos das mesmices da vida..qtas..abraços querido.
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