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Imagem tirada da Net
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A chuva, imune a injustas reclamações, conjuga o verbo persistir.
Espreito, por detrás da vidraça, uma aberta, uma pequena folga que seja, e dirijo-me para o lado dos pinheiros. As gotas que escoam dos ramos, a dar o melhor delas, ainda me piscam o olho, mas falta-lhes o delicado toque solar, caleidoscópico porto de embarque para outra dimensão. Não, hoje não há milagres, as botas teimam em resmungar contra o terreno demasiado mole.
Tu bem perguntas para onde vou, mas raramente sei para onde. Não, hoje não há milagres, apenas sobram pequenas certezas. Hoje, com a tal música como pano de fundo, vou dialogar com a lareira.
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Milagres literários que nos encantam. A persistência da chuva também é criativa e a sua força tornou o terreno mais permeável.
ResponderEliminarQue linda pequena grande" croniqueta"! Adorei! abração,chica
ResponderEliminarTbm queria uma chuva persistente...um vinho... e uma lareira...
ResponderEliminarContemplar! Extrair a essência poética do olhar!
ResponderEliminarLindo!
Também eu, mantive um diálogo bastante intenso com a lareira, mas não sem antes ter saído para pedalar e ter apanhado um valente banho de chuva que me molhou até às entranhas... Ainda me soube melhor a lareira :)
ResponderEliminarOi, A.C. o outono tem suas delicadezas que preparam a alma para sua interiorização...que motivo melhor para um texto poético... no desfrute de uma lareira
ResponderEliminarUm abraço
Muito bonito... ♪♫ Se um dia eu pudesse ver, meu passado inteiro
ResponderEliminarE fizesse parar de chover... Nos primeiros erros. O meu corpo viraria sol. Minha mente viraria... Mas só chove chove, chove, chove...♪♫♪♫
A chuva por si só é um milagre... E poder está olhando para uma lareira também, privilégio de poucos...
ResponderEliminarAdorei...
"que os bons ventos te cerquem"
É tudo tão belo e sensível aqui...levo suavidade sobre o meu cansaço...
ResponderEliminarBeijo
oi AC
ResponderEliminarDelícia pura! Ah! manhãs chuvosas_ como gosto!
E o poema é todo essas murmurações que o dia oferece_ não sem o toque molhado dos pingos nos ramos beirando a nostalgia.
Amo isso AC
deixo meu abraço e muitos parabéns.
Há dias assim, em que a poesia teima em não fazer milagres. Ainda que um... aqui...!
ResponderEliminarBeijo
Vê, AC, eu bem digo e volto a dizer que é impossível uma pessoa ficar decepcionada quando lê um artigo escrito por si. É um género de simplicidade sofisticada. Se é que tal designação existe (bom, se não existe passou a existir). Ou seja, eu escrevo em modo bravio, o AC escreve em modo de quem sabe escrever em bom.
ResponderEliminarTenha uma boa noite. A lareira para além de ser uma boa companhia, também é uma excelente ouvinte :)
home, sweet home...
ResponderEliminarabraço
A chuva, as cores outonais, e a lareira acesa, são bons e inspiradores ingredientes para quem sabe usar as palavras com maestria de génio. Muito bom.
ResponderEliminarUm abraço
Um belo diálogo que semeia gotas de pura poesia,
ResponderEliminaraquela em que as palavras nos tocam e guardamos
numa boa colheita.
Adoro colher o encanto da tua escrita,AC! Bj.
E que diálogo saboroso!
ResponderEliminarBeijinhos (a sentir-me culpada porque ainda não encomendei lenha...)
Chuva, melodia compósita que embala a natureza e suscita a diálogos de cumplicidade...
ResponderEliminarBelo, sempre!
Bjo, AC :)
E falar com os dourados e inventar histórias do outro Mundo, sobre dragões e bruxas maldosas. Ou simplesmente saborear uma boa chávena de chá...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
E por vezes o fogo das palavras é tudo o que nos falta... Ou nos resta.
ResponderEliminarBeijo, AC.
Uma doce melodia entre "eu" e mais"eu".
ResponderEliminarUm poder fora de série em trazer a Natureza até nós, com a poesia que nasce dentro de si! E ela vem e entra como a chuva mole!
Beijo, AC
"Dialogar com a lareira"... Sei tão bem o que isso é.
ResponderEliminarBeijo.
Uma prosa que seduz...a subtileza com que olha para a natureza e faz poesia.
ResponderEliminarGostei muito!
Abraço...
Eu antes não gostava muito da chuva... Mas gosto dela cada vez mais! Especialmente de chuva como esta! :)
ResponderEliminarTem um presente aqui:
http://instantaneospretobranco.blogspot.pt/2014/11/premio-infinity-dreams-2014.html
Um beijinho e um bom fim de semana!
Que bela é a chuva quando não se esquece do sol a acompanhá-la. Mas estes dias tão cinzentos ocultam todo o brilho que seria suposto encontrar nas gotas de chuva.
ResponderEliminarA lareira é contudo um belo refúgio.
Belo texto, como sempre, AC.
xx
AC, seu poema tão delicado e sensível fez-me subir à tona dos olhos pequenas lágrimas borbulhantes. Eu dialogo com o vento... mas ultimamente não tenho conseguido compreender (ou aceitar) os caminhos que ele tem me mostrado. Um abraço!
ResponderEliminaracho que não é uma croniqueta, mas um belíssimo sentir escrito em palavras poéticas....
ResponderEliminare por vezes sabe bem dialogar com a lareira...
bom fim de semana.
beijinhos
:)
Escrever a croniqueta ao som do crepitar do fogo....o calor do afago.... só podia dar nisto....:) bela inspiração!
ResponderEliminarBeijo ;)
Imagino-te à lareira....:)
ResponderEliminarBeijo
Como sempre , poeta , sua escrita vem nos encantar . Obrigada . Beijos .
ResponderEliminarBoa noite AC
ResponderEliminar"Dialogar com a lareira" faz os dias de chuva mais agradáveis, com certeza.
Não tenho lareira, um bom aquecedor é bom "remedeio", mas falta-lhe "algo" - o encanto do fogo da lareira...
abç