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Margarida Cepêda, Acima do mar das nuvens
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Contornavas, num jeito que te vestia a pele, as palavras de curto alcance, com a morte anunciada, e seguias. Não te entendiam, não viam o que tu vias, apontavam-te o dedo. Doía-te, mas sorrias. E continuavas.
Hoje, quando olho para a tua visão abrangente, saúdo o teu sorriso, cada vez mais depurado, a tua ousadia em ler os olhos de Minotauro, o abraçar da solidão do querer saber, do querer ser.
Eu sei que só olhas para baixo nas pausas, nos momentos de arrumar o que transportas, talvez, quem sabe?, na esperança de vislumbrar cumplicidades. São paragens necessárias, o lamber de feridas, a descontrição das opções. Depois, saciada a bolsa de afectos, é o universo que te espera.
Quanto mais mergulhas, mais pequena te sentes, tamanho é o mistério daquilo que nos envolve. E rejubilas. Mas, por mais que mergulhes, continuas a sentir a ausência do calor nas mãos.
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As mãos são essenciais
ResponderEliminarse forem dadas
Quem sabe que pensamentos transporta na alma , alguém que vive além da realidade do chão e se transporta pelos mundos interiores...
ResponderEliminarUm abraço e parabéns pela linda reflexão.
A vida é uma constante demanada.
ResponderEliminarMergulhar para ir cada vez mais fundo...
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, AC! :)
Os derradeiros momentos, certamente, serão os mais intensos!
ResponderEliminarOntem ouvi, num teatro, um texto de Samuel Beckett, que levou-me à grande reflexão.
Hoje, prossigo na mesma linha reflexiva, após ler o seu tão profundo texto, AC.
Beijos!
Profundo! Uma ausência dorida.
ResponderEliminarBeijinho e uma boa semana AC.
Mais um excelente texto.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
O tempo que nao aparecia aqui. Peço desculpa pela ausencia.
ResponderEliminarKis=:)
Mais pequena a cada mergulho... e assim agiganta-se em afetos...
ResponderEliminarO fato é que quanto maiores nossos pensamentos, menor nos sentimos diante dessa abrangência toda. E lamber as feridas faz parte da etapa da cicatrização...
ResponderEliminarBjkas doces e obrigada pela visita.
Todos nós , alguns sem se aperceberem , buscamos o apoio do calor nas mãos.
ResponderEliminarHá quem pare no desalento das mãos frias , há quem ,pelo contrário, se agigante nessa busca .
Belíssimo texto .
Um beijo , AC , e boa semana ,
Maria
são as mãos que semeiam ...
ResponderEliminare partilham...
belíssimo- sempre.
abraço
Belas...sempre as mãos e estes textos tecidos de ternura e muita beleza.
ResponderEliminarUm prazer ler-te.
Beijo
Simplesmente perfeito...
ResponderEliminar"Quanto mais mergulhas, mais pequena te sentes"
E quem nunca se sentiu assim?
Beijo grande
Pois, nem sempre conseguimos ver com os olhos do outro.
ResponderEliminarExcelente este texto.
bjs
Tem razão, AC, por vezes quanto mais mergulhamos, mais pequenos nos sentimos, porque "tamanho é o mistério daquilo que nos envolve".
ResponderEliminarMargarida Cepêda e as suas obras fascinantes de braço dado com este texto que não lhe fica atrás.
Tenha uma boa noite, AC :)
AC, como sempre, linhas muito bem escritas a traçarem interiores.
ResponderEliminarÉ uma opção dura seguir assim, mas é uma opção, quase sempre...
Beijinhos :)
Olá, AC!
ResponderEliminarEmpresa bem difícil, ter o melhor de dois mundos: Um, nosso, pequenino, e sempre à mão.O outro, bem mais vasto,tentação que nunca poderemos satisfazer sem deixar o conforto do primeiro...
Lindo texto, onde mora a saudade. E também a esperança - porque não...?
Um abraço.
Vitor
Poeta, caro poeta.
ResponderEliminarLinda semana para você.
A busca pelo conhecimento pressupõe o mistério, o medo do inesperado e a solidão. A caminhada é infinitamente longa, demanda coragem e um alto preço a pagar; despir-se da própria pele é ficar em carne viva, criar feridas, cicatrizar-se para renovar-se e prosseguir nesse caminhar que é interminável, mas que pode ser amenizado quando encontramos solidariedade entre os que nos cercam.
ResponderEliminarGostei muito de teu comentário "lá em casa". Obrigada, viu?
Um beijo :)
Sempre na busca de algo....
ResponderEliminarGostei do texto.
Agradeço a sua visita ao meu sinfoniaesol.
Um abraço
Irene Alves
E o silêncio é brutal....Mas temos que lamber as feridas e avançar, porque algures, numa esquina, quando menos esperamos, encontramos alguém que sabe como rasgar esse silêncio e abraça a alma...
ResponderEliminarLindo.
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Envolvente. Marcante. Intenso e muito belo!
ResponderEliminarHá pessoas com palavras de curto alcance mas de vistas largas e abrangentes. Pessoas que sabem que por maiores que sejam serão sempre pequenas em relação ao mistério do mundo. E quando nele mergulham mais sentem o desconforto lúcido da própria pequenez. Essa sensação de mãos frias.
ResponderEliminarBelo texto, que nem sei se entendi...:-)
xx
"E continuamos pequeninos" - título de um poema meu a propósito da verdadeira sabedoria do universo (desculpa fazer alusão, parece pretensioso da minha parte mas mal terminei de ler, associei-o a este belo e profundo texto).
ResponderEliminarHá, felizmente, pessoas assim: estão para lá deste mundo tangível...
Reli. Para saborear a literariedade.
Bjo, AC :)
Belíssimo!
ResponderEliminarOlhar o Minotauro e ter a vida por um fio...
Beijo.
as mãos.
ResponderEliminare o calor de um abraço, que não vem.
e a voz de alguém que não se ouve.
e o carinho que não há.
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estou demasiado comovida com o teu texto....
:(
Pode-se mudar atitudes, aliviar opções, mas não há nada nesse mundo que substitua o calor das mãos. Um abraço!
ResponderEliminar♪♬° ·. Superação e transcendência!...
ResponderEliminarÓtimo domingo!!!
Boa semana!
Beijinhos. ♪♬° ·.
·.·.✿✿ミ
Poeta , texto perfeito . Me emocionei da primeira até a última linha . Obrigada , sempre . Agradeço também suas visitas carinhosas ao meu espaço . Beijos
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