.
.
.
Dezembro de 2011
.
.
Margarida Cepêda, Berço
..
Eram nómadas por convicção. Traziam consigo, coladas no dorso, conchas de outras eras, medalhas naturais adquiridas no seu deambular.
Vislumbraram há muito o padrão das estrelas, mas continuavam sem encontrar correspondência nos seus passos. Sabiam dos limites da explicação do claro-escuro, perpetuadora de fronteiras, e percorriam os caminhos em busca de novas tonalidades. Tentavam de todas as formas geométricas, mas o brilho almejado, sem eclipse, teimava em não se revelar.
Na sua tentativa de descobrir o futuro, ser nómada tornara-se condição. E, por entre as carícias do vento, a música e a dança tendiam a suavizar o caminho.
..
Dezembro de 2011
.
.
O mar une... e o mar separa...
ResponderEliminarO mar termina... no mesmo sítio onde o mar começa...
Por entre as carícias do vento... as ondas do mar, terão um mundo inteiro por descobrir de incoerências... e se as há no mar... imagine-se as incoerências que não existirão em terra...
Serão nómadas por condição, sim...
Para mim... são as ondas do mar... procuram chegar mais além... descobrir o futuro... talvez para entender o presente...
Adorei o texto!... E o enigma que deixa transparecer...
Beijinho! Bom domingo!
Ana
E essa busca faz parte do ser humano, sobretudo de quem mais sofre às mãos de governantes "sem adjectivos".
ResponderEliminarUm bom domingo
Um belo poema feito prosa. A busca do futuro sempre foi o sonho da humanidade. Talvez por isso o presente seja tão mau. O futuro é uma miragem, não existe. O amanhã quando lá chegarmos será presente. E a humanidade,já não vive. Sobrevive entre as recordações do passado e os sonhos do futuro.
ResponderEliminarUm abraço e bom domingo
Creio que todos somos nômadas à procura de nós próprios. Um ponto, uma luz que nos ajude a descobrir o paraíso....
ResponderEliminarUm texto para reflectir....
Beijos e abraços
Marta
Tão belo, tão belo!!
ResponderEliminarFiquei no silêncio percorrido, neste brilho
que a grande e sublime poética nos abarca...
A imagem é um poema!
Beijo, AC.
Só um espírito nômada e lutador consegue fazer do presente um futuro condigno.
ResponderEliminarMais um belo momento de prosa poética, AC.
Fica um beijinho e continuação de um bom domingo.
Que belo texto!
ResponderEliminarTodos trazemos coladas essas conchas. Já em busca constante nem todos andamos, isso já requer audácia ou algo superior a impelir-nos.
Beijinhos, bom domingo :)
Nessa busca somos todos nómadas.
ResponderEliminarUma vida nómada, uma luta sem fim pois o futuro é sempre amanhã. Beijinho AC
ResponderEliminarPura viagem..através do nosso tempo imaginário!!!abraços meus a ti.
ResponderEliminarE somos mesmo todos nômades.
ResponderEliminarBelo, AC.
Beijinho.
Oi, A. C....sempre num sonho distante a descoberta das maravilhas do feminino que trazem no seu bojo o destino do mundo ...as nômades que descobriram as artes do
ResponderEliminartempo que se embaralham nas cartas e nas palmas das mãos..
Um abraço
Linhas bem tecidas para reflectir! Ser nómada será uma virtude, uma missão?
ResponderEliminarBeijinhos, boa segunda!
Caro A.C,
ResponderEliminarAgradeço o olhar generoso sobre o meu texto. E o que digo sobre as nômadas?
Nômadas por convicção, como se lhes faltasse alguma coisa. E lhe falta, já sabemos.
É tudo mesmo assim, se pouco sabemos dos imensos rios, ainda menos do futuro, que o digam as nômadas!
Forte abraço,
A devolver a visita!
ResponderEliminar:)
Vou voltar com mais tempo!
Uma viagem que não tem fim, talvez por isso seja tão aliciante.
ResponderEliminarUm belíssimo texto poético e uma pintura linda de Margarida Cepêda,
Um beijinho e boa semana
Fê
hóspedes da Vida se fizeram nómadas...
ResponderEliminaros teus textos são sempre "revelação" poética.
forte abraço
Vidas vertidas num bloco de notas recheado de poesia.
ResponderEliminarNo final pareceu-me ouvir um tilintar. Reconforto duma canção?
Nas esquinas moram oportunidades para encontros de realidade.
Na cidade? Na poeira dos caminhos?
Cada vez mais nómadas afloram nos que cá estão.
Obrigado, amigo AC.
Nos faz pensar na vida....
ResponderEliminarBjbj Lisette.
E somos todos nómadas...é preciso fazer caminho.
ResponderEliminarAbraço*
E não somos todos, um pouco, nómadas?
ResponderEliminarSaudações poéticas!
O nomadismo da memória e dos afectos... Ao ler este excelente texto lembrei-me do poema de Kavafis: "Não te apresses nunca na viagem. É melhor que ela dure muitos anos, que sejas velho já ao ancorar na ilha, rico do que foi teu pelo caminho..."
ResponderEliminarUm beijo.
Que grande diferença existe entre ser nómada por convicção e a "obrigatoriedade" de ser nómada!
ResponderEliminarBelo texto!
xx
Olá meu Amigo
ResponderEliminarHoje vim apenas deixar o meu beijinho.
Até breve.
Adélia
acho que também sou um pouco nómada,..
ResponderEliminarcurto e belo AC
beijinho
:)
Uma vida nómada, com ou sem futuro...uma eterna busca.
ResponderEliminarBjs
Magnífico texto, já que todos somos um pouco nómadas...
ResponderEliminarGostei imenso, parabéns.
Tenha um bom fim de semana, caro amigo AC.
Abraço.
Belíssimo... mas só penso no cavalo, como um errante paladino ao serviço sazonal de quem o tem...
ResponderEliminarUm abraço
Todos somos nómadas na vida.
ResponderEliminarExcelente texto
Um abraço
Maria
Ser "nómada por convicção" faz toda a diferença: é a escolha da aventura e da descoberta pela proximidade aos lugares, às gentes. Admiro pessoas com esta "convicção".
ResponderEliminarMais um belo texto, amigo.
Bjo :)
Admiro quem tem esse espírito sem fronteiras! Nos dias que correm as pessoas são obrigadas a viajar em contra mão! Não é a mesma coisa!
ResponderEliminarO teu texto poético é uma verdadeira aventura aos nossos sentidos!
Beijinho, AC :-)
Ser-se ser filho do vento e da lua cheia, é um sonho que a realidade castra.
ResponderEliminarBoa noite, sô AC