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AC, Medronhos
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É forte o bramido das ondas, procurando almejar as barreiras que teimam em se perpetuar, sempre em constante mutação.
O vento sopra-me que não há outro caminho, mas adivinha-se a proliferação dos diques, das ilhas, dos desertos. A multidão agita-se, inquieta, enquanto se multiplicam os profetas, quase todos urdidos em cinzentas vestes.
As aves, contudo, continuam a apurar o seu voo, enquanto os medronhos, tingidos dum rubro sedutor, atingem o seu pico de maturação. E o sorriso, para lá do tom ruidoso dos ecos, acaba, naturalmente, por se instalar.
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Apesar da agitação dos ecos e dos profetas que vêm e vão, bela é a cor e o sabor - suponho - desses teus vermelhinhos medronhos.
ResponderEliminarIsso será sempre inalterável! :)
Beijinho, AC.
Tão lindo e que muitos sorrisos se mostrem assim, como os belos frutos. Adorei! abração,chica
ResponderEliminarPelo menos a cor dos medronheiros... ainda nos vai devolvendo uma sensação de normalidade... neste mundo cada vez mais inquieto... também climatericamente!...
ResponderEliminarBelíssimo texto, AC, brilhantemente conjugado a excelente imagem!
Beijinho! Feliz semana!
Ana
É a época dos medronhos enfeitarem o outono e os sorrisos.Delicio-me para lá dos tumultos.
ResponderEliminarBeijinhos, AC.
Há sempre um caminho novo para desbravar ainda que o vento sopre o contrário.
ResponderEliminarComo sempre um texto muito inspirado
Abraço e uma boa semana
«E o sorriso, para lá do tom ruidoso dos ecos, acaba, naturalmente, por se instalar.»
ResponderEliminarCerto
mas leva tanto tempo, tanto
que muitos de nós
não chegaremos a vê-lo
Os ecos que ouvimos podem se transformar em algo positivo e acreditar que tudo se acalmará no "ser" de cada um.
ResponderEliminarA tua foto está linda mas é fruto que não gosto:)
Beijos e um bom dia
Esses medronhos souberam-me a sorrisos!
ResponderEliminarDaqueles que são expontâneos e inesperados.
Ao ritmos da vida tornam-se impiedosamente inaturais, disse alguém. Talvez precisemos de voltar a essa arte tão humana que é a lentidão. A lentidão do voo dos pássaros. A lentidão do amadurecimento dos medronhos… Texto muito belo!
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
E quem é que não esboça um sorriso ao ver frutificar uma árvore que plantou?
ResponderEliminarBelo texto, bela foto. Tenha uma ótima semana!
Olha, o amigo AC voltou com os medronhos, tornou-se sazonal? Vai desaparecer novamente? Ou podemos esperar mais pequenas pérolas como esta nos próximos tempos?
ResponderEliminarAbraço
Ruthia
O Berço do Mundo
Os caminhos fazem-se.
ResponderEliminarE tal como o ritmo da natureza vão se aplanando.
"E o sorriso, para lá do tom ruidoso dos ecos, acaba, naturalmente, por se instalar."
Abraço, AC.
Olinda
Havia uma árvore assim no topo do campo de futebol do colégio.
ResponderEliminarSe ela contasse os segredos...
Aquele abraço, boa semana
Poeta , todo seu texto é forrado de sensibilidade .
ResponderEliminarAgradeço , como sempre , a partilha e sua visita ao meu espaço
que sorriu com sua volta .
Beijos
Quando os pássaros se purificam nos medronhos
ResponderEliminarvoam mais alto
Abraço
É sempre gratificante ver a beleza natural exposta pelo vegetal. Belo post. Ótima escolha.
ResponderEliminarAbraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
No início sente-se a incerteza movediça de dias incertos. Cinzentas vestes? Pestes.
ResponderEliminarPorém a Natureza desafia e cura. E os medronhos têm o condão de inebriarem melros e homens.
Muito bom.
Abraço, AG.