sábado, 27 de março de 2021

TALVEZ

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AC, Ribeira de Alpreade, Castelo Novo, Serra da Gardunha
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Prosseguias, vetusta, movida por desígnio ancestral. E, por mais que te acenassem, só uma coisa importava: cumprir o teu desígnio, fazendo mover as azenhas, saciando sedes e fertilizando as margens. 
Talvez, em pleno estio, satisfeita a necessidade de muitos, te seja permitida uma pausa, enquanto multiplicas pequenos charcos para as rãs se deleitarem, enfeitando a noite com o seu coaxar. Se assim for, talvez possas, por fim, compor as canções que te enfeitam a memória, transportadas pela brisa que agita, levemente, os salgueiros.
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10 comentários:

  1. Corre, corre, água da Ribeira,
    ágil e fresca, sempre
    sem parar.
    Mata a sede de quem passa,
    deleita o olhar do A.C.
    E faz as azenhas dos
    moínhos, cantar.

    Um abraço, AC.

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  2. ...e claro, adorei o bonito texto poético e a excelente fotografia.
    Algo já tão do meu/nosso conhecimento que, desta vez, até me passou.
    Peço desculpa.

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  3. A água é como o vento. Passa e segue o seu destino, até chegar a um ponto desconhecido, onde para para descansar.
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    Feliz fim de semana … Cumprimentos poéticos.
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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  4. Linda água a correr e a lembranças mover...beijos, tudo de bom,chica

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  5. Mais uma bela pintura, com a mestria e delicadeza que o pintor das serranias, já nos vai habituando.

    Boa noite, sô AC

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  6. Bonito, quase posso ouvir o som dos salgueiros ao vento.
    Tenha um ótimo domingo!

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  7. Entro aqui "em bicos de pés", porque não desejo macular esse santuário poético.

    Texto lin-dís-si-mo!

    Obrigada, por tê-lo escrito.

    Beijinhos, A.C., bom domingo.

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  8. Uma foto excelente com mais um hino poético à ribeira "do teu enorme espaço" que bem podiam ser a todas, mas a humanidade teima em as desviar pela ganância imobiliária e outras poluídas por descargas nocivas.

    Gostei muito|

    Beijos e um bom domingo

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  9. E a água... é vida!... Um verdadeiro hino à vida... neste encantador pedacinho de prosa poética... Adorei ler, AC! Beijinho
    Ana

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