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Hélio Cunha, A lua do caçador
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Queima-se a dignidade, semeia-se o infortúnio. Da colheita augura-se a fúria, o desespero, correrias de vai e vem entre pés descalços e botas cardadas.
No final, purga feita, apenas se cultivam marionetas. Os novos deuses não carecem de mais.
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Quando se semeiam ventos....
ResponderEliminarE domados, pelas purgas, restam realmente as marionetas.
Abraço
Onde não há dignidade, o desespero assola-se!
ResponderEliminarBeijos!
Satisfazem-se com as tantas marionetes, os novos donos? Eles não querem correr o risco da humanização das marionetes, pois é sempre mais complicado "aboiar" quem prefere pensar e agir.
ResponderEliminarUm beijo, A.C.
Saudades daqui.
É a mais pura realidade que infelizmente se repete de tempos em tempos ao longo de toda a história...e os ciclos que se repetem, de tempos mais amenos de esperança à hora de pagar a conta. no fundo o que se conta é o poder de ludibriar e fazer as marionetes dançar ao seu gosto.
ResponderEliminarUm abraço
Sem dignidade o que mais podemos esperar? Fortes e lindas palavras! abração,chica
ResponderEliminarQuem semeia ventos...
ResponderEliminarUm beijo
Incisivo e elegante.
ResponderEliminarGrande abraço.
Gilson.
A lua, muda!
ResponderEliminarPenso que se cultivam marionetes só quando se deixam cultivar. Um abraço!
ResponderEliminarQuando a dignidade se vai... nao pode se esperar mais nada...
ResponderEliminar"Os novos deuses não carecem de mais"
ResponderEliminarBeijo :)
Nem mais, AC!
ResponderEliminarA Humanidade não aprendeu nada. Purgas sempre existiram e continuarão a existir, e não vejo assim tanta gente incomodada por pés descalços e desespero.
Restam as cúpulas e os peões.
"Com três letrinhas apenas se escreve a palavra mãe", e com quatro frases apenas se escreve um texto pleno de significantes e de significado...:-)
É um prazer visitá-lo.
xx
Por uma avaliação errônea, alguns se julgam detentores do poder de "marionetar", ou de se deixar ser "marionetado". Isso é subentender a capacidade de um pensador, se bem que, são poucos os que pensam.
ResponderEliminarBoa semana, AC!
Em boa verdade o teatro de marionetas está a ganhar terreno social... E cada vez são mais os que maneiam os cordões...
ResponderEliminarE são todos tão parecidos... refiro-me aos deuses.
ResponderEliminarCheiros meus,
Bel
Poeta , quando a indignidade toca a face , o ventre e atinge a alma não
ResponderEliminarexiste o direito à Vida . Os novos deuses são os detentores dela . Obrigada pela partilha . Beijos
Olá, AC!
ResponderEliminarOs ventos sopram de feição para aqueles que gostam de gente submissa: a pobreza tende a fazer das pessoas menos cidadãos, e também menos solidários na luta pela pela sobrevivência. E em vez de deuses, eu prefiro chamá-los de algozes...
Um abraço e boa semana.
Vitor
forte AC..
ResponderEliminarmas real..
beijo e bela semana..
Verdadeiro...
ResponderEliminarBeijo Lisette,
"apenas se cultivam marionetas"... E elas brotam facilmente...!
ResponderEliminarAC, venho também agradecer o comentário que deixou no meu blog! :)
Um abraço e boa semana
Poucas palavras cheias de significado !
ResponderEliminarSomos um mundo de marionetas.
Bjs
Eis a prova de que mais vale pouco e bom do que muita palha seca. Este texto é de uma força incrível. Especialmente para a minha geração que já passou uma vez por isso e ainda não perdeu a memória.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
AC.,seu texto nos dá a oportunidade de refletir sobre muitas situações, podemos fazer várias leituras de um mesmo conjunto de palavras.A dignidade continua sempre ameaçada. O infortúnio faz morada. Há sempre pessoas submetidas a purgação, pois fica mais fácil a manipulação.Grande texto. Obrigada! Abraço!
ResponderEliminarUrgem novos mitos
ResponderEliminarNovos territórios
Novas fronteiras
Abraço
Um pequeno grande texto , cheio de tristes verdades .
ResponderEliminarUm beijo, AC ,
Maria
Infelizmente tudo verdade! Felizmente, há quem escreva assim...
ResponderEliminarBelíssimo!!!
Beijinho!
Verdade profunda em síntese perfeita...infelizmente, para nós.
ResponderEliminarTeremos que urdir a esperança do recomeço.
Bjs
Triste realidade AC escrita com dignidade !
ResponderEliminarbeijinho e uma flor
marionetas e ídolos de pés de barro...
ResponderEliminarexcelente. teu texto.
abraço
Os deuses devem estar loucos.
ResponderEliminarRestam espectros, simulacros, zombies.
Meu amigo
ResponderEliminarInfelizmente palavras tão verdadeiras. que os poetas nunca calem a voz.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Sempre uma boa dose de ousadia, inconformismo e originalidade
ResponderEliminarpara novos terrenos sejam cultivados...
Neste teu espaço sempre respiramos reflexão poética,AC!
Bj.
No fim só restarão marionetas...inertes! :(
ResponderEliminarPudera!
ResponderEliminarTambém não têm onde ir buscar mais....
beijo
anacosta
A sociedade tem os deuses que merece...
ResponderEliminarExcelente reflexão, AC e lindamente escrita.
Beijinho.
Oxalá que os pés destas estátuas barrentas, se diluam depressa na lama que criaram. E aqui, se ergam flores que contrastem com a ferrugem do ferro.
ResponderEliminarA minha admiração pela mensagem!
Beijinho
É urgente que numa lua destas as marionetas acordem e ganhem vida...
ResponderEliminartão verdadeiro
ResponderEliminaros velhos deuses de nada nos serviram
e estes?
terão pés de barro? pés de pedra?
beijinho
Vim visitá-lo, já conhecia o seu espaço, mas é a primeira vez que comento. Este seu post vai de encontro ao meu estado de espírito de hoje, principalmente naquela parte do "Queima-se a dignidade".
ResponderEliminarUma confissão, AC; tenho dificuldade - eu que sempre fui mulher sem tabus, por muito que não pareça... - em trazer para a "praça pública" a minha relação com o humano conceito de divino... se o fizesse, pressinto que não seria a mim mesma mas ao próprio conceito que eu estaria a prostituir, a queimar... e mais não sei dizer porque é exactamente esta a fronteira da minha racionalidade. O resto, sinto-o.
ResponderEliminarAbraço!
Enigmático mas bonito, como muito bela é a ilustração.
ResponderEliminarUm abraço
Amigo AC, prefiro o seu lado bucólico a este tão catastrófico. Foi o autor que se inspirou na tela do Hélio Cunha, ou a pintura veio apenas complementar um dia e texto desesperançados?
ResponderEliminarAbraço, um doce fim-de-semana
Ruthia d'O Berço do Mundo
Ruthia d'O Berço do Mundo
Quem semeia ventos... mas vem a lua e uma nova fase pode fazer mudar tanta coisa!
ResponderEliminarImagem, muito criativa.
Gosto do AC de qualquer forma; revoltado, justo, poético, bucólico, presente, consciente, verdadeiro.... Felizmente que podemos odiar com fúria , porque quem diz o contrário, mente ou finge que não sente ...e quem tudo encolhe ou guarda ...um dia destes estoira por dentro_ AC , sempre em grande!
ResponderEliminarBeijo do teu "tamanho " ou quase...:)
AC,
ResponderEliminarLi os dois textos só esta semana. Gostei dos registos mas este maravilhou-me.
Boa noite. :))