sábado, 9 de novembro de 2013

OS NOVOS DEUSES DA LUA

.
Hélio Cunha, A lua do caçador
.
.
.
Queima-se a dignidade, semeia-se o infortúnio. Da colheita augura-se a fúria, o desespero, correrias de vai e vem entre pés descalços e botas cardadas.
No final, purga feita, apenas se cultivam marionetas. Os novos deuses não carecem de mais. 
.
.

45 comentários:

  1. Quando se semeiam ventos....

    E domados, pelas purgas, restam realmente as marionetas.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Onde não há dignidade, o desespero assola-se!
    Beijos!

    ResponderEliminar
  3. Satisfazem-se com as tantas marionetes, os novos donos? Eles não querem correr o risco da humanização das marionetes, pois é sempre mais complicado "aboiar" quem prefere pensar e agir.

    Um beijo, A.C.
    Saudades daqui.

    ResponderEliminar
  4. É a mais pura realidade que infelizmente se repete de tempos em tempos ao longo de toda a história...e os ciclos que se repetem, de tempos mais amenos de esperança à hora de pagar a conta. no fundo o que se conta é o poder de ludibriar e fazer as marionetes dançar ao seu gosto.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  5. Sem dignidade o que mais podemos esperar? Fortes e lindas palavras! abração,chica

    ResponderEliminar
  6. Incisivo e elegante.
    Grande abraço.
    Gilson.

    ResponderEliminar
  7. Penso que se cultivam marionetes só quando se deixam cultivar. Um abraço!

    ResponderEliminar
  8. Quando a dignidade se vai... nao pode se esperar mais nada...

    ResponderEliminar
  9. "Os novos deuses não carecem de mais"

    Beijo :)

    ResponderEliminar
  10. Nem mais, AC!
    A Humanidade não aprendeu nada. Purgas sempre existiram e continuarão a existir, e não vejo assim tanta gente incomodada por pés descalços e desespero.
    Restam as cúpulas e os peões.
    "Com três letrinhas apenas se escreve a palavra mãe", e com quatro frases apenas se escreve um texto pleno de significantes e de significado...:-)
    É um prazer visitá-lo.
    xx

    ResponderEliminar
  11. Por uma avaliação errônea, alguns se julgam detentores do poder de "marionetar", ou de se deixar ser "marionetado". Isso é subentender a capacidade de um pensador, se bem que, são poucos os que pensam.
    Boa semana, AC!

    ResponderEliminar
  12. Em boa verdade o teatro de marionetas está a ganhar terreno social... E cada vez são mais os que maneiam os cordões...

    ResponderEliminar
  13. E são todos tão parecidos... refiro-me aos deuses.

    Cheiros meus,
    Bel

    ResponderEliminar
  14. Poeta , quando a indignidade toca a face , o ventre e atinge a alma não
    existe o direito à Vida . Os novos deuses são os detentores dela . Obrigada pela partilha . Beijos

    ResponderEliminar
  15. Olá, AC!

    Os ventos sopram de feição para aqueles que gostam de gente submissa: a pobreza tende a fazer das pessoas menos cidadãos, e também menos solidários na luta pela pela sobrevivência. E em vez de deuses, eu prefiro chamá-los de algozes...

    Um abraço e boa semana.
    Vitor

    ResponderEliminar
  16. forte AC..
    mas real..
    beijo e bela semana..

    ResponderEliminar
  17. "apenas se cultivam marionetas"... E elas brotam facilmente...!

    AC, venho também agradecer o comentário que deixou no meu blog! :)

    Um abraço e boa semana

    ResponderEliminar
  18. Poucas palavras cheias de significado !
    Somos um mundo de marionetas.
    Bjs

    ResponderEliminar
  19. Eis a prova de que mais vale pouco e bom do que muita palha seca. Este texto é de uma força incrível. Especialmente para a minha geração que já passou uma vez por isso e ainda não perdeu a memória.
    Um abraço e uma boa semana

    ResponderEliminar
  20. AC.,seu texto nos dá a oportunidade de refletir sobre muitas situações, podemos fazer várias leituras de um mesmo conjunto de palavras.A dignidade continua sempre ameaçada. O infortúnio faz morada. Há sempre pessoas submetidas a purgação, pois fica mais fácil a manipulação.Grande texto. Obrigada! Abraço!

    ResponderEliminar
  21. Urgem novos mitos
    Novos territórios
    Novas fronteiras

    Abraço

    ResponderEliminar
  22. Um pequeno grande texto , cheio de tristes verdades .

    Um beijo, AC ,
    Maria

    ResponderEliminar
  23. Infelizmente tudo verdade! Felizmente, há quem escreva assim...
    Belíssimo!!!

    Beijinho!

    ResponderEliminar
  24. Verdade profunda em síntese perfeita...infelizmente, para nós.

    Teremos que urdir a esperança do recomeço.

    Bjs

    ResponderEliminar
  25. Triste realidade AC escrita com dignidade !

    beijinho e uma flor

    ResponderEliminar
  26. marionetas e ídolos de pés de barro...

    excelente. teu texto.

    abraço

    ResponderEliminar
  27. Os deuses devem estar loucos.
    Restam espectros, simulacros, zombies.

    ResponderEliminar
  28. Meu amigo

    Infelizmente palavras tão verdadeiras. que os poetas nunca calem a voz.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

    ResponderEliminar
  29. Sempre uma boa dose de ousadia, inconformismo e originalidade

    para novos terrenos sejam cultivados...

    Neste teu espaço sempre respiramos reflexão poética,AC!

    Bj.

    ResponderEliminar
  30. No fim só restarão marionetas...inertes! :(

    ResponderEliminar
  31. Pudera!
    Também não têm onde ir buscar mais....
    beijo
    anacosta

    ResponderEliminar
  32. A sociedade tem os deuses que merece...

    Excelente reflexão, AC e lindamente escrita.

    Beijinho.

    ResponderEliminar
  33. Oxalá que os pés destas estátuas barrentas, se diluam depressa na lama que criaram. E aqui, se ergam flores que contrastem com a ferrugem do ferro.
    A minha admiração pela mensagem!
    Beijinho

    ResponderEliminar
  34. É urgente que numa lua destas as marionetas acordem e ganhem vida...

    ResponderEliminar
  35. tão verdadeiro
    os velhos deuses de nada nos serviram
    e estes?
    terão pés de barro? pés de pedra?

    beijinho

    ResponderEliminar
  36. Vim visitá-lo, já conhecia o seu espaço, mas é a primeira vez que comento. Este seu post vai de encontro ao meu estado de espírito de hoje, principalmente naquela parte do "Queima-se a dignidade".

    ResponderEliminar
  37. Uma confissão, AC; tenho dificuldade - eu que sempre fui mulher sem tabus, por muito que não pareça... - em trazer para a "praça pública" a minha relação com o humano conceito de divino... se o fizesse, pressinto que não seria a mim mesma mas ao próprio conceito que eu estaria a prostituir, a queimar... e mais não sei dizer porque é exactamente esta a fronteira da minha racionalidade. O resto, sinto-o.

    Abraço!

    ResponderEliminar
  38. Enigmático mas bonito, como muito bela é a ilustração.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  39. Amigo AC, prefiro o seu lado bucólico a este tão catastrófico. Foi o autor que se inspirou na tela do Hélio Cunha, ou a pintura veio apenas complementar um dia e texto desesperançados?
    Abraço, um doce fim-de-semana
    Ruthia d'O Berço do Mundo
    Ruthia d'O Berço do Mundo

    ResponderEliminar
  40. Quem semeia ventos... mas vem a lua e uma nova fase pode fazer mudar tanta coisa!

    Imagem, muito criativa.

    ResponderEliminar
  41. Gosto do AC de qualquer forma; revoltado, justo, poético, bucólico, presente, consciente, verdadeiro.... Felizmente que podemos odiar com fúria , porque quem diz o contrário, mente ou finge que não sente ...e quem tudo encolhe ou guarda ...um dia destes estoira por dentro_ AC , sempre em grande!

    Beijo do teu "tamanho " ou quase...:)

    ResponderEliminar
  42. AC,
    Li os dois textos só esta semana. Gostei dos registos mas este maravilhou-me.
    Boa noite. :))

    ResponderEliminar