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Fotografia de AC
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Os clássicos ficaram-lhe na memória, dos outros apenas leves pinceladas.
De livros já pouco lia, apenas lhe interessavam as pessoas. Acreditava que, na história dos homens, a verdadeira obra-prima ainda estava por forjar. Apesar do esforço, cada vez maior, em se desviar de galáxias de palavras impressas, editadas em luz efémera, continuava a porfiar. Para lá das privações, tecidas em múltiplas ilusões, nas telas imaginadas, em constantes depurações, ressaltava sempre um gesto, um sinal, um anseio.
E assim, lentamente, se foi construindo a imagem dum velho bibliotecário. Não de livros, mas de pessoas.
.E assim, lentamente, se foi construindo a imagem dum velho bibliotecário. Não de livros, mas de pessoas.
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Há aqueles recantos das pessoas que são tão belos.
ResponderEliminarOs livros?
Os livros são mágicos apenas porque nos falam de pessoas..
:)
E há forma mais bonita de ser-se bibliotecário?
ResponderEliminar:)
É que às vezes os livros são como pessoas (ou ocupam os lugares deixados por elas)...
ResponderEliminarAdoraria ter uma conversa com esse bibliotecário de pessoas, estou certa de que aprenderia muitas coisas. Beijinho AC
ResponderEliminarBibliotecario de pessoas... adorei isso...
ResponderEliminarOs clássicos que crescem connosco. A cada releitura, descobrimos novas coisas que não víramos antes. Com eles, aprendemos esse princípio essencial – que as pessoas não se esgotam numa só leitura.
ResponderEliminarGostei muito :)
Um beijinho, AC
Que reflexão linda!
ResponderEliminarCada pessoa é feita de histórias e memórias!
Me encanta ouvir!
Beijo carinhoso!
A eterna insatisfação humana e a demanda do impossível..."a obra prima por forjar"!
ResponderEliminarSublime!
Beijinho
シ
ResponderEliminarLivros são joias a desfrutar quantas vezes quisermos, mas pessoas são enigmas!...
Bom domingo! Boa semana!
Beijinhos.
✿゚ه° ·.
Gosto muito de ler, mas gosto muito mais de pessoas...gente, por vezes autênticos bibliotecários sem saberem ler nem escrever, mas cuja experiência lhes deu muita sabedoria. Se formos genuínos com elas e sobretudo ter paciência de aranha quando tece a sua teia (a foto está 5*****), aprendemos e apreendemos muita coisa nessa partilha que adoro. O folhear de um livro ou mesmo aqui que considero os blogues como os meus livros de bolso, gosto de ler, muito e tu és excelente.
ResponderEliminarPS: desculpa de ser chata, mas encalhei numa palavra cuja falta de uma simples vogal no início (ou não) pode mudar o contexto e deixo-te este enigma para descobrires, porque o texto é teu:) Terei razão senhor bibliotecário?
Beijocas e um bom domingo
Por onde andaria aquele "a", deixando-nos em "penas"?
EliminarObrigado, Fatyly, era mesmo gralha.
Um beijinho :)
Pois é amigo as "penas" são uma mais valia para os "pesssarinhos", mas andamos todos a cumprir "penas" pelo desvario de meia dúzia de politiqueiros e fico-me por aqui.
EliminarBoa semana e o sol já brilha.
Beijocas
Pois bem, de pouco serve alimentar-se de conhecimentos e ser um astro luminoso em cultura geral e ficar muito aquém do contacto com as pessoas... há que existir um equilíbrio das balanças ... já conheci homens e mulheres com grande sabedoria mas como pessoas, são neutros, aberrações, vazios...enfim....
ResponderEliminarO Apolo continua no mesmo lugar de sempre! ainda tens memórias? é bom sinal....:-)
Um beijinho :-)
...e sonhos também...!Sim, porque somos fazedores de sonhos...! Gosto tanto de o ler António... Abraço e continuação de bom domingo.
ResponderEliminarNão me chamo António, mas poderia chamar. Ao fim e ao cabo isso não é relevante, não é assim? :)
EliminarObrigado pela visita.
É verdade Agostinho, somos o somatório das nossas atitudes e não a designação (imagem acústica) que alguém nos atribuiu aquando do nosso nascimento.
EliminarAdorei de pessoas...
ResponderEliminarBjbj Lisette.
Ler pessoas nem sempre é fácil. :)
ResponderEliminar"caçador de almas" - assim o reconheço este teu velho bibliotecário.
ResponderEliminarforte abraço, meu amigo
Uma sabedoria que não está ao alcance de qualquer um.
ResponderEliminarUm beijinho e boa semana
Fê
AC, é fácil ler um livro, mesmo que se chegue ao fim sem lhe ter apanhado o fio. O mesmo princípio já não é taxativo quando se tenta ler uma pessoa. Um pessoa é que nem um guião sempre em constante redacção, é uma fonte inesgotável de fio para tecer. Neste caso é o livro que escolhe o leitor, e não o contrário.
ResponderEliminarGostei muito da sua metáfora.
Beijinho com carinho e estima.
Oi, A.C. livros são pessoas contando suas histórias e suas verdades, seus anseios e suas querências...podemos aprender da vida conhecendo livros e lendo os homens...
ResponderEliminarUm abraço
Adoro pessoas, é da história delas, das suas emoções e vivências que se fazem os livros, é também nos livros que se aprendo muito sobre elas.
ResponderEliminarVim matar saudades deste cantinho, que embora tendo conhecido nos meus últimos anos de blogosfera não esqueci, porque gosto de pessoas que gostam dos outros e que sabem ler os olhares e os silêncios e sabem estar discretamente presentes, com a leveza de uma pena que esvoaça...
A fotografia é espectacular e o texto rico como sempre.
Beijos
Fez=me lembrar a família Sempere de Carlos Ruiz Záffon.
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
Uma ideia muito interessante: bibliotecário de pessoas... Numa época em já quase ninguém se surpreende com ninguém faz falta abrir esses livros que dão para o mundo dos outros...
ResponderEliminarGostei imenso.
Beijo.
Ler as pessoas é difícil. Tornaram-se literatura hermetica. Só os livros as podem interpretar.
ResponderEliminarSou uma leitora compulsiva de livros porque quero aprender a ler melhor as pessoas.
Um beijo
Lídia
Um jovem bibliotecário com experiência
ResponderEliminarAbraço
Começamos por ler livros, tentando descobrir outras vidas, isolarmo-nos dos outros, criar um espaço, interior, só nosso. (foi assim comigo)
ResponderEliminarQuando começamos a olhar à nossa volta, passamos a tentar a leitura dos outros, e verificamos que os livros eram muito mais fáceis de ler e menos enigmáticos. ( é assim comigo)
O orvalho fez sobressair a teia dessa aranha paciente - como todas as aranhas - e o esboço, foi arte da Natureza, a pedir para ser lida.
Excelente sintonia texto/imagem, AC. Como sempre, aliás! :)
Um abraço
Janita
Gostei bastante do texto. É uma ideia bem interessante de um bibliotecário de pessoas. Se formos a pensar melhor no assunto, a ideia tem mais lógica do que aparenta, pois os livros são escritos por pessoas, para pessoas e, muitas das vezes, sobre pessoas.
ResponderEliminarE é por isso que gostei deste texto, activou-me o pensamento :)
Boa semana!
Um excelente texto. Ler pessoas, não é fácil. Se o fosse não haveria tanto desengano, tanta burla.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
A foto é tão bela, esta aranha merece todo o
ResponderEliminarolhar da sua arte!...
Este "velho" bibliotecário é muito sábio e por isso,
entende que as pessoas são muito mais complexas na
sua arte de ser.
Eu fico com as duas artes; a de ler pessoas e livros!...
E com esta tua arte da escrita, sempre, AC!!
Beijo.
Um bibliotecário de pessoas... no fundo... é o que todos nós somos... passamos a vida a ler os outros... que nunca chegaremos a conhecer, verdadeiramente a fundo... pois às vezes, nem uma vida inteira, chega para nos lermos... e nos percebermos... a nós mesmos... quanto mais os outros...
ResponderEliminarMas de qualquer forma... é sempre positivo, e muito recompensador... descobrir, ou tentar descobrir outros universos e personagens... para além de nós...
E mais uma vez... os textos não se medem aos palmos... poucas linhas... que nos dão uma biblioteca inteira, para reflectir...
Beijinho! Continuação de uma boa semana!
Ana
Prefiro ler livros.
ResponderEliminarOiço sempre a Mariza. Esta música é viciante:)
Boa noite:)
Porque as verdadeiras obras primas são as almas das pessoas!
ResponderEliminarBeijos!
Luiza, é nas almas das pessoas que se deveria investir, elas são a verdadeira grande construção, alicerce de tudo o resto.
EliminarUm beijinho
Tão necessária «leitura»...bibliotecário imprescindível.
ResponderEliminarBjs
Para bom entendedor... ;)
EliminarUm beijinho, Ana.
Seria bom que cada um encerrasse em si uma história de vida para exemplo de outras vidas . Infelizmente as bibliotecas estão cheias de papel tanto cheio de tudo como cheio de nada. Será q as verdadeiras bibliotecas são as que encerram vida ? Realidade palpável ? Interessantíssima esta questão A. C .
ResponderEliminarBeijinho
O sentido da vida é, em si mesmo, questionador.
EliminarObrigado, Manuela.
Um beijinho também para si.
Poeta , belo e profundo seu texto .
ResponderEliminarPartilho , no mesmo sentido , palavras de Mia Couto :
" Queixamo-nos de que as pessoas não lêem livros .
Mas o déficit de leitura é muito mais geral .
Não sabemos ler o mundo , não lemos os outros ."
Beijos
Maria, ainda bem que invocou o Mia Couto. Gosto muito dele e da sua tentativa em abrir, sempre, novos horizontes.
EliminarUm beijinho :)
Os livros encerram sempre pessoas imaginadas e vividas porque são escritos pela mão do homem, não necessariamente do bibliotecário.
ResponderEliminarPara mim, este é o codificador dos livros e dos temas, o guardião dos livros. Não há guardiões dos homens... ou talvez sejam os livros...
[hoje não devia deixar registo]
Bj.
É uma leitura interessante, Ana, embora a ache demasiado refém de determinados conceitos. Há muitas janelas ao nosso alcance, basta ousar abri-las.
EliminarObrigado pelas palavras. :)
Interessante perspectiva esta que deriva da sabedoria do "bibliotecário" AC. Antes e para além dos biliões de palavras impressas nas páginas acumuladas estão as pessoas que protagonizaram as narrativas e os escritores que as alinharam incansavelmente à procura do Graal.
ResponderEliminarComo de costume, tiro o chapéu ao AC que tão bem sabe exprimir as subtilezas da vida.
Abraço
muito interessante, nunca tinha pensado assim, e foi bom ter este pequeno texto e tão cheio de tanto...
ResponderEliminara foto está muito boa, pena estar muito pequenita aqui.
um beijo
:)
~~~
ResponderEliminarMuito original este pequeno conto, talentoso poeta.
Há um tempo para tudo
e para o velho bibliotecário tinha passado o da leitura...
Na sua solidão, passou a interessar-se mais pelas pessoas...
~~~ Abraço, amigo AC. ~~~
Já estou como este "teu bibliotecário"..
ResponderEliminarO percurso (quase) natural de um bom leitor: primeiro das palavras de outros, depois das palavras feitas histórias.
Uma abordagem criativa, amigo AC. Bjo :)