terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

MEMORANDO

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Ouvia-te, sabia que eras uma igual. Falavas como nuvem despegada, aparentemente sem rumo, mas num tom único, depurado, avesso a ruídos de fundo. Ambos sabíamos, caminheiros de muitas veredas, que na vida há muitos imponderáveis, a maioria fora do nosso controle, mas que é nisso que reside o seu âmago: querer romper, para lá das amarras, em busca da sensação de que todos contamos, amparados num calorzinho que não tolha, mas que amplie.
Procurei dar-te a mão, cúmplice, pronto para retomar a jornada.Também eu sabia que as ilhas, como essência, não nos levam a lado nenhum.
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16 comentários:

  1. «Sabíamos que na vida há muitos imponderáveis, a maioria fora do nosso controle, mas que é nisso que reside o âmago da vida: querer romper, para lá das amarras, em busca da sensação de que todos contamos, amparados num calorzinho que não tolha, mas que amplie.»

    Disse isso mesmo, ontem, falando de mim...

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  2. Verdade AC, embora achemos por vezes que nos bastamos a nós proprios, na maioria das vezes isso não é assim. "sozinhos vamos mais depressa, mas juntos vamos mais longe".
    Beijinho

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  3. Esta música é fabulosa! Não devemos viver em ilhas mas alargar o que de melhor temos a horizontes mais largos. Sobretudo..."de mãos dadas".

    Parabéns pelo post!

    Beijos e um bom dia

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  4. Muito bonito, que lindas vozes!
    Bjs, uma boa semana!

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  5. Na verdade, para seguirmos o caminho que nos conduza a bom porto, não podemos ter uma ilha como essência em nós. A jornada faz-me melhor e com mais ânimo, se feita de mão dada com quem conheça bem os trilhos e nos proteja dos perigos e das pedras... :)

    Quem é a Joana Sobral, que mencionas, nas etiquetas? Não conheço.

    Um beijinho, AC. :)

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    Respostas
    1. Joana Sobral?! Haverá, com certeza, alguém com esse nome, mas também não conheço, confesso. A Luísa vai-me desculpar, com toda a certeza. :)
      Obrigado, Janita.

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    2. Foi essa a minha estranheza, AC...junto do Zambujo figurar outro nome que não o da Luísa. Por isso não comentei mais cedo. Tenho andado a debater-me com o dilema entre falar ou calar.
      Desculpa, só agora me apercebi que talvez tivesse sido mais ético ter-te perguntado por mail, mas juro que nunca me passou pela cabeça que não houvesse uma explicação.

      Para mim, tu és como um Deus, e os deuses nunca erram!!
      Ainda bem que estava enganada...

      Beijinhos, e bom fim-de-semana, AC! :)

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    3. Oh, Janita, eu nunca erro?! Deixaste-me de sorriso à banda. :):)
      Já agora, e à laia de curiosidade, assisti a um concerto da Luísa em meados de Dezembro, em modo intimista, num pequeno estúdio. Aquela menina tem qualidade, foi fabuloso!

      Um beijinho :)

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    4. ;) Sorriso à banda?

      Há Deuses de carne e osso, não sabias, AC?! Ehehehe

      E sim, a Luísa Sobral é fantástica, também gosto muito dela.

      Beijinhos!

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  6. E por aqui, há sempre com cada memorando, mais memorável!... E com um belíssimo complemento musical, hoje!...
    Uma dupla deliciosa de se ouvir, num tema que muito aprecio!
    Gostei imenso, AC! Beijinho! Feliz fim de semana!
    Ana

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  7. Lindo demais demais! Como sempre sempre! Arrasa! Beijo

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  8. Há imponderáveis entre as ilhas que sempre se encontram na união perfeita da harmonia.Belo texto em perfeita união com a melodia.
    Um abraço

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  9. Um texto belo e pleno de amor. Gostei da melodia que o acompanhou, a vida é isso mesmo e o ser humano não foi criado para existir isolado…

    Abraço e bom fim de semana

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  10. Poeta , não haveria pano de fundo melhor que a linda música que se entrelaça ao seu texto , Post perfeito .
    Beijos

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