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Talvez fosse da conjugação dos astros, dos cromossomas, ou da alma rebelde com livre arbítrio. Não sabia explicar como o fazia, mas levitava, constantemente, enquanto os outros se limitavam a observar. Admirando ou deplorando.
Disseram-lhe que, para ser entendido, tinha que aportar em praias já habitadas, conjugar os verbos dentro da norma. Tentou, tentou, mas quanto mais tentava, mais náufrago se sentia. E então percebeu que, para agradar, mais refém tinha que ficar: de pastores, aduladores, manipuladores, confessores, ditadores, estupores...
Libertou-se, a custo, da névoa da normalidade. Sondou os ventos, libertou as íntimas aves, apanhou o expresso da incerteza. E começou, de novo, a levitar, dando cor e forma às paisagens que ia tentando domar, com dificuldade, no inevitável mergulho aos abismos mais profundos da sua alma.
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Então não pode? Claro que sim!
ResponderEliminarAcontece-me, agora com menos frequência, levitar ao sabor de sonhos nunca sonhados. Quando me apercebo que subi alto demais... é cada mergulho em água fria, que nem te digo nem te conto...
Beijinho, AC! :)
Se mergulharmos em nós próprios (com honestidade) a serenidade encontra assento, o pensamento esvai-se no nada, e a sensação de leveza total toma conta, não será isso uma forma de levitação?
ResponderEliminarLevitar...
ResponderEliminarUm sonho universal, não?
Texto muito curioso e muito interessante.
ResponderEliminarEste é o modo de suportar o peso do mundo, no que ele faz muito bem!
ResponderEliminarUm abraço, AC
É um erro desistir do que somos para agradar aos outros.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Por que ser comum quando se pode ser exceção? rsrsrsssssssssssss
ResponderEliminarExcelente post. Um abraço!
O texto é que é um sonho!
ResponderEliminarEu hem? sempre tive "a alma rebelde com livre arbítrio." e quem não gostar que ponha na borda do prato.
ResponderEliminarAi AC, AC desculpa lá pá...mas o video deu-me uma soneira do catano:)))
Gostei de vir aqui mas vou dar a volta ao quarteirão e apanhar chuva nas trombas.
Beijos e desculpa qualquer coisinha
A levitação é o "modus vivendi" do poeta.
ResponderEliminarAssim, adorei este arrojo qual ave inquieta.
Beijnhos, AC :)
Decerto conseguiremos levitar, quando libertarmos os nossos silêncios e colorirmos as nossas paisagens interiores. Sentir-nos-emos mais leves e mais firmes.
ResponderEliminarBom fim de semana, AC:)
Abraço
OI, A.C....belo texto poético! quando criança levitava e voava para mergulhar no grande lago da imaginação! Adulta presa pelas corrente dos conceitos e preconceitos aprendi fazer relatórios circunstanciais e vazios. Na maturidade da vida estou aprendendo a voar e mergulhar.
ResponderEliminarum abraço
Ter asas para levantar voo e não se sentir náufrago na vida que nos impõem. Ter asas sem medo das incertezas e da inquietude...
ResponderEliminarMagnífico texto! Um vídeo lindíssimo e inspirador.
Um beijo.
AC
ResponderEliminarComo eu me vi neste levitar!
Este sentir de liberdade e não dar atenção ao que nos distrai e contradiz o que nos apetece fazer.
Mesmo sem asas, voar é tão bom!
E levitar também!
Lindissimo texto.
Bom domingo!
beijinhos
:)
Poeta , seu texto é tão bonito , tão bonito , tão bonito !
ResponderEliminarConcordo que quando levitamos conseguimos mergulhar no fundo de nossas almas .
A arte de Duy Huynh , artista que muito gosto , espelhou com maestria seu post .
Obrigada .
Beijos e bom domingo .
Não tenho a menor das dúvidas, AC!...
ResponderEliminarPeriodicamente, gosto mesmo de mergulhar em mim... para me sentir mais leve, liberta, desperta e consciente... pratico convictamente... e recomendo!...
Texto e vídeo, num diálogo perfeito! Adorei!!! Beijinhos
Ana