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Último dia de aulas do período. Num cantinho do recinto do recreio, resguardado de outras brincadeiras, o Pedro escava na terra. De repente, após um gesto mais convicto, do buraco sai um pequeno raio de luz. Curioso, o Pedro escava com mais força. Mais um, dois, três golpes, e o brilho alastra a todo o recinto.
As brincadeiras param. Lentamente, num misto de curiosidade e desconfiança, os pequenos figurantes dirigem-se para o local da fonte luminosa. Então, qual filme animado, sete sorridentes formigas saltam do buraco e, a um sinal da líder, a do meio, iniciam uma coreografia hilliwoodesca, entoando em simultâneo:
..........É tempo de parar!
..........É tempo de folgar!
..........Vamos lá meninos
..........Não parem de saltar!
Depois, após um solo de sapateado da chefe, entoam em uníssono, de antenas em riste:
..........E quem não salta, não é da malta!
..........E quem não salta, não é da malta!
E toda a gente saltou, transformando o recreio numa festa ainda maior que o habitual.
A Teresa, a auxiliar, esfrega os olhos para acreditar no que está a ver. Estaria a sonhar?
Quando volta a olhar, os pequenos continuam a brincar como sempre fizeram: uns saltam à corda, outros jogam às apanhadas, outros à bola... Só o Pedro, no seu cantinho, continua a escavar o buraco, à procura não se sabe bem do quê.
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As brincadeiras param. Lentamente, num misto de curiosidade e desconfiança, os pequenos figurantes dirigem-se para o local da fonte luminosa. Então, qual filme animado, sete sorridentes formigas saltam do buraco e, a um sinal da líder, a do meio, iniciam uma coreografia hilliwoodesca, entoando em simultâneo:
..........É tempo de parar!
..........É tempo de folgar!
..........Vamos lá meninos
..........Não parem de saltar!
Depois, após um solo de sapateado da chefe, entoam em uníssono, de antenas em riste:
..........E quem não salta, não é da malta!
..........E quem não salta, não é da malta!
E toda a gente saltou, transformando o recreio numa festa ainda maior que o habitual.
A Teresa, a auxiliar, esfrega os olhos para acreditar no que está a ver. Estaria a sonhar?
Quando volta a olhar, os pequenos continuam a brincar como sempre fizeram: uns saltam à corda, outros jogam às apanhadas, outros à bola... Só o Pedro, no seu cantinho, continua a escavar o buraco, à procura não se sabe bem do quê.
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Tal como o Pedro deste conto, o Agostinho continua a escavar, a escavar... e mantem-nos em suspenso... o que irá desenterrar? O que virá a seguir? Tesouros, invenções...? Espero tudo, tal é a sua imaginação... :-)
ResponderEliminarVou continuar a "segui-lo" nesta sua viagem interior, plena de fantasia e realidade.
Obrigada por estes "pequenos" grandes momentos!
Alexandra, eu é que agradeço por ir acompanhando o que escrevo.
ResponderEliminarVolte sempre.
O magnífico mundo das crianças onde há sempre espaço para o encantatório e o maravilhoso que a maior parte dos adultos já esqueceu.Felizmente, ainda há alguns que guardam,como tesouro, esse tempo mítico para delícia de quem vê para além do palpável.
ResponderEliminarDeve ser bom conviver consigo, Agostinho.
Escave,escave!
Essa fonte luminosa, nascente na tão profunda sede de fantasia, é bem mais do que uma animação de recreio!
ResponderEliminarEssa fonte luminosa, recheada de tão mágico viver, anima em pleno qualquer brincadeira de criança...(e não só!).
Essa fonte luminosa, a não deixar de brilhar, poderia clarear a realidade adulta, mundo por vezes demasiado sério e desprovido de sensibilidade mítica e fictícia.
Deveríamos "escavar" um túnel luminoso, "à procura não se sabe bem do quê"... mas estaríamos a "escavar"! Pois... e que animais de lá poderiam sair? Ah! Já entrámos no mundo da fantasia!!!
Como eu (ainda) gosto de fazer parte da malta, deliciei-me a saltar no recreio do Interioridades! Mas agora, acho que vou ter de observar melhor as formiguinhas! :D
Agostinho, que maravilhosa fonte luminosa alimenta o teu mundo mágico da escrita!!!
Como eu quero ser da malta, também vou saltar.
ResponderEliminarOlha lá, não me emprestas as tuas formiguinhas? Eh! Eh! Eh! Que grande imaginação!
Força, amigo!
Que bom partilhar deste recreio que nos leva, tal como o Pedro, a escavar o nosso interior à procura da luz...
ResponderEliminarQue bom é conviver contigo Agostinho!
Um abraço.