Imagem retirada da Net
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Devem ter por perto um pombal, mas, durante o dia, parecem ter fixado por aqui o seu território.
Esvoaçam dos fios, na rua em frente da casa, para a figueira mais alta, situada nas traseiras, daí para os abetos, mais à ilharga, num triângulo de navegação em que o arrulhar é constante. Parecem felizes assim, a triangular, sempre lá no alto. Ao contrário dos parentes citadinos, nunca se aproximam. Devem ter, por certo, alimento farto, ou então tentavam apanhar umas sementes. Então o que os faz andar por aqui? A sensação de liberdade?
Hoje, bem cedo, enquanto apanhava tomates na horta, mais uma vez o arrulhar se fez sentir, com os pombos a empreender viagem da figueira para os abetos, indiferentes à restante passarada. Não sei se, com toda a pacatez que por aqui existe, se sentiram incomodados com a minha presença, mas, a ser assim, estes amigos vão ter que aprender a partilhar o espaço. Eles, lá no alto, enquanto se deleitam a triangular, que arrulhem, mas a horta é espaço sagrado para mim. A não ser que gostem de tomates, de couves, ou de outra hortícola qualquer, que sempre se arranja qualquer coisa, mas não me parece.
Com um sorriso de permeio, fica a conclusão, enquanto se levam os tomates para casa: os pombos que triangulem, à vontade, desde que não façam disto as Bermudas. 😏
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"" Desde que se levem os tomates para casa ""......gostei da expressão...Logo esta minha cabeça maldosa, lol
ResponderEliminarViva a horta. Vivam os pombinhos.
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Feliz início de semana
Com ironia, simplicidade e mestria na arte de bem escrever, cá está mais um texto que dá gosto ler, degustando lentamente o sabor de cada palavra.
ResponderEliminarSaudações.
( vestida com bermudas da cor dos tomates dessa horta )
Ou o Triângulo do Diabo! Salvo seja!!
ResponderEliminarQue a horta não desapareça... ou o próprio AC! Mantenha-se sempre vigilante!
: )
Há, por aqui, um bando de pombas gorduchas no pomar, mas descobri que não estão lá por causa das frutas. Vigiam o cachorro, para roubar-lhe a ração, quando não está por perto do canil. Estão arriscando a vida.
ResponderEliminarEnquanto colhe os tomates o olhar estar atento aos detalhes em torno. Nada se lhe escapa. Qualquer coisa é um belo pretexto para deixar escorrer a poesia...
ResponderEliminarUm abraço,
Tenho uma séria de "amigalhaços" que aparecem sempre que me vêem na varanda de casa.
ResponderEliminarEu trago boas novas e boas guloseimas.
Aquele abraço
E quem não gosta da horta em tempo de colheita? Arrulhando, os pombos vão debicando e desafiando a escrita. Esta triangulação realmente surpreende e deu uma boa inspiração. Palpita-me que eles devem sentir a poesia do espaço.
ResponderEliminarBeijinhos, AC. :)
Espaços de convivência pacífica desde que se respeitem os limites...é o princípio da democracia. por enquanto (rs)
ResponderEliminarUm abraço
Lindo o texto .
ResponderEliminarGostei .
Beijos
O que elas apanham nas hortas são as lagartas que por vezes surgem já os melros são mais atrevidos e marcha tudo:)))
ResponderEliminarSinceramente não gosto do arrulhar das rolas e calcula como é viver num apartamento o vizinho de cima ter tido um casal de rolas...um inferno. Graças a Deus e ao refilar dos vizinhos libertou-as. Daí quando as oiço sinto o que aturei meses a fio. Mas são elegantes muito elegantes ao invés doa parentes próximos.
Para os lados da filha até os patos reais do Rio da Praia das Maças já se fazem às hortas e para tal fazem a volta por cima da casa sempre num grupo de 6. Adoro ver:)
Beijos e um bom domingo
As aves e suas particularidades :), Um beijo.
ResponderEliminarMais um texto delicioso, sobre estes inesperados vizinhos... e visitantes da horta!...
ResponderEliminarPor aqui... é mais rolas, nos terrenos da quinta, das traseiras aqui de casa... e garças, que gostam de andar à boleia, em cima das ovelhas... ou atrás dos cavalos. Por aqui, também há umas inesperadas parcerias... :-)
Abraço
Ana