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Imagem tirada da Net
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A chuva, imune a injustas reclamações, conjuga o verbo persistir.
Espreito, por detrás da vidraça, uma aberta, uma pequena folga que seja, e dirijo-me para o lado dos pinheiros. As gotas que escoam dos ramos, a dar o melhor delas, ainda me piscam o olho, mas falta-lhes o delicado toque solar, caleidoscópico porto de embarque para outra dimensão. Não, hoje não há milagres, as botas teimam em resmungar contra o terreno demasiado mole.
Tu bem perguntas para onde vou, mas raramente sei para onde. Não, hoje não há milagres, apenas sobram pequenas certezas. Hoje, com a tal música como pano de fundo, vou dialogar com a lareira.
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