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Chegaste de mansinho
Quando a bruma
Asfixiante
Inundava o fundo do vale
E trazias contigo
Sem nada o prever
O aroma das madrugadas
Com o dia por resolver
O verde das faias refulgia
Com a claridade instalada
E a cotovia
Prenúncio de sinfonia
Galgava as alturas
Em ânsia ilimitada
Gostaste do teu papel
Forjado em conto de fadas
E a sorrir adormeceste
Mas esqueceste
A função primordial
(Deixaram de bater as asas)
Então o lume
Exigente na atenção
Lentamente esmoreceu
E a bruma
Expectante
Inundou de rompante
A razão do coração.
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Reedição
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Chegaste de mansinho
Quando a bruma
Asfixiante
Inundava o fundo do vale
E trazias contigo
Sem nada o prever
O aroma das madrugadas
Com o dia por resolver
O verde das faias refulgia
Com a claridade instalada
E a cotovia
Prenúncio de sinfonia
Galgava as alturas
Em ânsia ilimitada
Gostaste do teu papel
Forjado em conto de fadas
E a sorrir adormeceste
Mas esqueceste
A função primordial
(Deixaram de bater as asas)
Então o lume
Exigente na atenção
Lentamente esmoreceu
E a bruma
Expectante
Inundou de rompante
A razão do coração.
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Reedição
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Como um conto de fadas a transfigurar, a encantar... E quando coração tem razão, ninguém pode perder.
ResponderEliminarL.B.
Mágico e envolvente.
ResponderEliminarGosto do cenário de brumas;
ResponderEliminarGosto das personagens, eivadas de mistério;
Gosto da mensagem: feitiço ou sentença (?);
Um poema muito belo!
E.A.
AC, uma beleza seu espaço. Aprecio o prenúncio da sinfonia, como citas: Inundou [inunda] de rompante a razão do coração, descongelando, desativando frieza e cálculo.
ResponderEliminarAbraços.
Priscila Cáliga
Belissimo... reflexivo...
ResponderEliminarque lindo, gosto muito daqui, beijos...
ResponderEliminarAs brumas...
ResponderEliminarO aroma das madrugadas...
O conto de fadas...
Fez-me lembrar a sensação de imaginar-me, Senhora de Avalon...
Por isso estive lá, dentro do poema e é bom quando isso acontece!
Um abraço
"...Gostaste do teu papel
ResponderEliminarForjado em conto de fadas..." - que belo poema, amigo, fez bem em reeditá-lo! Leitor recente, não tinha ainda tido o prazer de o ler, saboreando a frescura das palavras e a verdade das emoções - "...(Deixaram de bater as asas)... razão do coração" ?!
Obrigado pela sua visita e palavras simpáticas - já lá deixei resposta para a sua dúvida
Poema lindíssimo com uma ambiência misteriosa!
ResponderEliminarAinda bém que o reeditou. Gostei imenso;o)
***
Bjs*******
Render-se assim... é poesia.
ResponderEliminarlindo!
Beijos
Quantas e quantas vezes não esquecemos a nossa função primordial. Talvez seja preciso fazê-lo para que a razão nos inunde o coração. Vejo-me em cada palavra sua. Encontro-me e perco-me, nos meus defeitos e nas minhas virtudes. Conheço-me. Lindo poema!
ResponderEliminarBjs
Chegaste de mansinho
ResponderEliminarQuando a bruma
Asfixiante
Inundava o fundo do vale
Depois de ler essas quadras eu vou esperar pelo amanhã!
Linda reedição, dizem que o que escreve não muda. Sou do contra. Tudo fica melhor quando reedita, a vida simplifica!
Ternos beijos
Olá, AC!
ResponderEliminarSeja muito, muito, muito bem-vindo! Gostei do seu espaço. Não pude explorá-lo porque ando muito ocupada ultimamente... Então, infelizmente, não poderemos trocar muitas palavras profundas nos próximos tempos.
Mas tudo ocorre na hora certa. Quando eu resolver meus problemas, Fênix retornará. Se Deus assim quiser.
Beijão! Obrigada!
Olá, AC.
ResponderEliminarLindo poema! Delicado e doce. Traz a sensibilidade nos versos e um ritmo cadenciado, próprio do amor. Lindo mesmo! Parabéns!
Abraços,
Patrícia Lara
Nós (outros), leitores atentos, a saborear os teus versos - doces.
ResponderEliminarBeijooO
Chegaste de mansinho.....
ResponderEliminare ...trazias contigo o aroma das madrugadas...
Muito bom este poema que nos põe a sonhar em tantas tardes vendo o pôr do Sol ou nas madrugadas em que acordamos no desejo de viver.
Belíssimo, AC, belíssimo!
ResponderEliminarAs tuas palavras fluem e flutuam , num magnífico bailado...
Grande abraço, amigo, preenchido de gratidão pela tua visita
Não tem como ler uma vez só. Adorei!
ResponderEliminarE eu nem sei se a imagem te inspirou ou foi ela a vestir depois o teu sentir...mas que complementou , a mim complementou.
ResponderEliminarQ todo coração seja inundado de emoção, nunca de razão meu querido...vale mais é sentir.
Lindo teu poema..tocante....pungente..leve!
E agora é minha vez de te dizer, que bom que eu pude vir, que bom que eu pude vir...e é por isso que te sigo, por querer ficar.
Bjos
Erikah
sabes encantar com as palavras, e o cenário em tons lilás combina na perfeição!
ResponderEliminarBjs
As brumas encantam e fazem sonhar, o mesmo aconteceu com este teu poema.
ResponderEliminarAbraço
Página que exala poesia.
ResponderEliminarParabéns!
Bom final de semana.
Linda Simões
"Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece, por um momento os números,
ResponderEliminara semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveita, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento."
- Fernando Campanella -
Te desejo amor e paz...Beijos M@ria
Olá amigo...
ResponderEliminarNa vida a papeis que representamos que, ou que somos forçados a representar que nem sempre nos agradam fazê-los; e tentamos levantar vôos... mas as penas por vezes ainda não estão prontas, não se tem espaço suficiente pra decolagem,,,,, e vamos nos deixando de lado... mesmo porque ninguém nos vê.
Nunca nada me entrou tão bem como essas letras. obrigada pelo espelho, beijos de boa noite.
"No teatro do absurdo, o contra-regra põe e dispõe.Através do manto diáfano da clareza, onde será que eu já vislumbrei isto?"
ResponderEliminarCom certeza em algum lugar. Conhece a canção do exílio?
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá...
(Gonçalves Dias)
Tem várias paródias delas:
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos aqui
Não cantam como os de lá..
(Oswald de Andrade)
Minha terra não tem palmeiras
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há...
( Mário Quintana )
Um sabiá
na palmeira, longe.
Estas aves cantam
um outro canto. (...)
(Carlos Drummond)
Isso chama-se Modernismo!
Li na altura da primeira publicação e lembro-me de ter gostado muito. Curiosamente agora faço novas leituras do poema, o que só mostra a sua riqueza, e parece que ainda gosto mais.
ResponderEliminarAmigo, um abraço grande
Sabe aconto de fadas .
ResponderEliminarE como eles , a sedução , encanto e beleza .
Beijo
Pura alegria te-la em campos meus de girassois ,obrigado!
ResponderEliminarDagora a partir,és um girassol!
Em post esse,um amalgamento docê e o contundente sentimento que segunda pele tua,agasalha,protege e eleva,sussurras poesia em ternura forma amei amei amei!
viva la vida
Hoje ainda gostei mais do que "Lá".
ResponderEliminarAbraço nunca esquecido.
Muito belo, imagem e palavras, suavizante ao espírito, caminho aberto para o sonho.
ResponderEliminarBjs,
Manuela
Um encontro mágico, poético, desses que vale uma vida toda. Muitos lindos teus versos!
ResponderEliminarbjs.
Ah! AC ...acho que coração não precisa de razão para nada.
ResponderEliminarMas esse texto é para guardar no fundo do coração ( com ou sem razão)
Beijo.
todo o poema está rico de estrofes escritas com mestria e arte pr+opria dos poetas.
ResponderEliminarachei esta frase muito. muito bonita:
"o aroma das madrugadas
com o dia por resolver"
um bom fim de semana
Beij
Contos de fadas? Eu não acreditava mais, depois do que você escreveu eu voltei a acreditar. Gostei muito. Abraço
ResponderEliminarNÃO SE PODE ESQUECER DE BATER AS ASAS...PODE SER FATAL PARA O CORAÇÃO...APAGA A CHAMA ...E O CORAÇÃO FICA FRIO... NÃO PALPITA NEM SE ALIMENTA MAIS...
ResponderEliminarBELO COMO TODOS OS OUTROS. ALGUÉM TE TOCOU COM UMA VARINHA DE CONDÃO...FOSTE FADADO PARA ISTO...
BEIJO
Estava convencida que já tinha comentado este post... mas fiz confusão, pois não vejo cá o comentário. Mas já li o poema, anteriormente. Possivelmente quando me preparava para comentar surgiu qualquer impedimento...
ResponderEliminarSeja como for, o poema é muito lindo. Acho o ambiente de brumas muito inspirador. A mim inspirou-me um conto, há tempos.
E esses tons de lilás são lindos! Tudo em conformidade.
Beijinhos
e nesses teus versos, entre brumas, me deixei levar...mas minhas asas não se aquietaram, pelo contrário
ResponderEliminarLindo!
beijos