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Reedição
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Lutavas contra o tempo
Em sobressalto
Vendo as folhas cair
E não reparavas
Que a cor outonal
Era a satisfação
Dum desígnio cumprido
E que a queda
Suave
Era a chave
Do desvendar do segredo
Debatias-te
Angustiada
Na visão do espelho
E esquecias
O passo a dar
Para entender
A arquitectura do ciclo
Programada
Na palavra primitiva
Sentia-te a inquietude
Mas nada podia fazer
Para apaziguar o medo
De sentires
O vazio do abraço.
.Em sobressalto
Vendo as folhas cair
E não reparavas
Que a cor outonal
Era a satisfação
Dum desígnio cumprido
E que a queda
Suave
Era a chave
Do desvendar do segredo
Debatias-te
Angustiada
Na visão do espelho
E esquecias
O passo a dar
Para entender
A arquitectura do ciclo
Programada
Na palavra primitiva
Sentia-te a inquietude
Mas nada podia fazer
Para apaziguar o medo
De sentires
O vazio do abraço.
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Reedição
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AC, lírio e ao mesmo tempo filosófico. E, lindo. "Esquecias o passo a dar para entender a arquitetura do ciclo". Profundo..
ResponderEliminarbjs.
O tempo envelhece, indubitavelmente, nas nossas mãos.
ResponderEliminarE, contra isso, nada há a fazer. A não ser, talvez... Um abraço!
L.B.
Foi um prazer lhe receber no Rembrandt...
ResponderEliminarEspero q volte
abraço
Um beijo com um abraço cheio.
ResponderEliminarlindo
ResponderEliminarmuito lindo
Beijão
ahhh
tem conto no meu blog
É verdade que, por vezes, sentimos o vazio do abraço e até que já fizemos tudo. Nada de mais errado. Mesmo no Outono e depois da colheita há sempre necessidade de continuar a semear, nem que seja para os outros colherem. É a Lei da vida. E como diz um Grande Professor, a quem este País não dá o devido valor, "se soubesse que morria amanhã, hoje ainda plantaria uma macieira".
ResponderEliminarEste sentimento de positividade faz com que enfrentemos um hoje, melhor do que ontem, na expectativa de um amanhã melhor do que hoje.
Abraço amigo
Caldeira
O vazio do abraço é tão triste..
ResponderEliminarUm abraço meu!
O vazio do abraço é algo que me doi, e muito.
ResponderEliminarBjs
E bem assim é, a falta do abraço doi tanto que tudo fica na indiferença, na necessidade absoluta de mudanças, por tantas vezes anunciada, obrigada por seu carinho na visita ao meu espaço, beijos.
ResponderEliminarA dor de um abraço vazio e do tempo que passa.
ResponderEliminarLentamente vamos perdendo aquilo que não podemos controlar e que passa pelas nossas mãos.
Inquietude... muito ruim!
ResponderEliminarGrata pela visita!
Bjs!
Tão abrangente e tão profunda a dor de um abraço vazio...
ResponderEliminarAbraço
Olá, AC
ResponderEliminarAs folhas sempre caem após cumprirem o seu ciclo... mas que nós possámos desvendar o segredo a tempo! E mesmo se contra o Tempo nada podemos fazer, contra o medo do abraço vazio, isso sim... nós podemos reverter!
Teu espaço é muito lindo, rico em sabedoria e em poesia. Que bom que te aventuraste na criação de um blog. Lucramos nós... lendo-te!
Vim retribuir as amáveis visitas ao meu Encantaventos! Voltarei mais vezes!
Bjs,
Wania
Voltei.
ResponderEliminarJá na altura fiquei com o entender a arquitectura do ciclo na cabeça, e continuo a ficar. Fazes-me pensar, homem!
Repito-me, o poema é lindo!
Abraço
TAMBÉM ASSUSTA-ME ESSA IDEIA ...DE SENTIR QUE NÃO SOU MAIS A MESMA...SEI QUE FAZ PARTE DO CICLO NATURAL DA VIDA...NO ENTANTO CUSTA ACEITAR ...
ResponderEliminarADOREI O POEMA
BEIJO
"E esquecias
ResponderEliminarO passo a dar
Para entender
A arquitectura do ciclo"
Dá que pensar.
se eu pudesse passar
ResponderEliminarpara o outro lado do espelho
aquele lado de lá
que me deixa por inteiro
desvendar o outono de todas as folhas
...
o tempo é assim mesmo AC!
um abraço
Manuela
Muita gente não aceita o passar dos anos, e esquece-se de viver o presente.
ResponderEliminarO segredo é aceitar as rugas, que são prémios da vida.
Adorei, muito profundo!
Beijinhos
E quando o outono se faz inverno torna-se tudo ainda mais angustiante.
ResponderEliminarIrei, de seguida, apaziguar alguns outonos :)
Bjinhos
O pior desse ciclo que se fecha é aguentar o vazio do abraço... Mas já que é ciclo... Beijo grande, Tati
ResponderEliminarAi... que lindo poema, AC!! Carregado de simbolismos,maravilhoso.Ciclos fazem parte da vida... Parabéns!!
ResponderEliminarMas nada como um abraço e um lindo poema "de presente".[rs] Obrigada pela visita, pelos parabéns e pelo poema. Repliquei seu belo comentário.Quando tiver um tempinho, dê uma olhadinha.
Um beijo
Lindo seu blog...
ResponderEliminare suas palavras...
Por que um abraço
precisa ser tçao triste...?
beijos
Leca
Por temer o passar do tempo perdemos tanto da beleza que o tempo nos concede.
ResponderEliminarUm beijo
Houve época que fui assim. Hoje eu entendo as estações e suas cores. E espero calmamente pela minha primavera.
ResponderEliminarbeijos
Deixo-te aqui o comentário que na altura escrevi.
ResponderEliminar"Tenho de confessar que fiquei "parada" no tempo.
É sem dúvida um poema...
... demasiado profundo para ficar indiferente;
... demasiado nostálgico para não o relacionar com a "inevitável partida";
... demasiado angustiante para não o associar à luta pela vida;
... demasiado transparente para não querer ver as folhas que vão caindo;
... demasiado belo para não receberes "O carinho do abraço" de quem retira das tuas palavras sentimentos e reflexões que o Tempo não apagará.
Simplesmente intemporal!
Magnífico, Agostinho!"
Acrescento que já passou algum tempo e realmente o tempo não apagou sentimentos nem reflexões que continuo a retirar das tuas palavras.
Carinhosamente, envio-te um abraço e nele segue o desejo de o tempo nunca me roubar o tempo que vivo lendo o que escreves.
Abraço!
Há que acolher, com doçura, o que o tempo nos traz, e deixar partir, em paz, o que já não nos pertence...
ResponderEliminarAbraço
Sim isso e muito mais...
ResponderEliminarSó que escrito nessa bela forma poética nem parce tão doloroso. Como é, de facto...
A luta contra o tempo faz-nos esquecer a beleza que pode ser viver se valorizarmos os nadas da vida. Todas as fases da nossa vida têm são importantes e é a idade que nos traz o conhecimento e a calma.
ResponderEliminarOlá...
ResponderEliminarMuito Bom seu Blog.
Gostei muito..!!!
Grande Abraço.
nós medimos o tempo, mas o tempo é intemporal e passa sem passar
ResponderEliminarBj
Achei que j[a tinha comentado essa poesia tão bela, enfim acho que tu pintas muito bem com as palavras cada verso.
ResponderEliminarBeijo!
Senti-me agraciada pela sua visita e comentário:obrigada! Gostei demais do seu espaço e mais ainda desta forma concreta de poetar sobre o Tempo, perfeita! Abraços.
ResponderEliminarGostei muito! Um abraço apertado!
ResponderEliminarPalavras sempre tão fortes e certeiras!
ResponderEliminarEncantemo-nos simultaneamente...
ResponderEliminarAbraços no coração!
É complicado lutar contra o tempo tem sempre o perigo de se perder...
ResponderEliminarde um tempo na luda...
bjs
Insana
AC
ResponderEliminarÀs vezes é inquietante a aceitação do tempo, na inevitabilidade do ciclo que, não sendo interminável, tem um princípio, um propósito e um fim, para todas as coisas.
Há o medo da perda, no vazio dos abraços ou dos laços desatados... mas há também a atracção constante pela descoberta de todos os segundos seguintes, enquanto no relógio rodarem constantes e previsíveis os seus ponteiros.
Feliz a hora em que alguém lhe sugeriu a criação deste blogue!
Um abraço
A mim, o tempo me faz refletir sobre a inércia que muitas vezes dedico a minha vida...
ResponderEliminarGostaria que o tempo me fizesse sorrir ao lembrar do que deixei pra trás, com a sensação da missão cumprida, ainda que não findada...
Ah, como gostei desse poema.
Minha admiração, AC.
Meu abraço também.
Profundo o teu olhar sobre o tempo, como quem olha o rosto da estrada já percorrida, sem ter que voltar atrás.
ResponderEliminarbeijos pra ti
Eu sou outono e gosto, me sinto renovação....não há nada imutavel em mim, nenhuma folha permance em minha arvore por muito tempo...é essa a sensação que tenho...sou mais outono mas sei ver em mim tb a ciclicidade de termim todas as estações...toda mulher é meio cíclica, e a nossa magia está em sermos assim.
ResponderEliminarUm beijo ao menino.
Erikah
Quarto Motivo da Rosa
ResponderEliminarCecília Meireles
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
belo texto, ac!
ResponderEliminarcheio de sementes e raízes.
abraços!
A estação que me desenha é o Outono...
ResponderEliminarCheia de mistérios, despertares e recomeços...
Texto intenso, filosófico, cíclico...
Adorei!!!
*Obrigada pela visita e por ficar em meus despertares...
Beijos
um belo poema, pleno de contrapontos,
ResponderEliminarvívidos sentimentos
abraços a ti,
El
olá querido, como estás?
ResponderEliminar__Um beijo
Luana
Olá AC, vim agradecer-te a visita e o link que fizeste em meu blog. Gostei daqui, achei muito interessante a tua entrevista, bastante original!
ResponderEliminarVoltarei em breve, para conhecer melhor o teu espaço.
Abraços
Oi AC (não tenho com não ler essa sigla, e não pensar em ac/dc..rs).
ResponderEliminarO tempo e suas fases... necessárias. belo pensar.
Grata pela presença tua
Beijo meu
O tempo que escorre...
ResponderEliminar(Antes de tudo, obrigatório deveria ser abraçar apertado a si mesmo.)
Beijo, querido
Que, no momento da verdade, tenhamos mais do que um abraço vazio...
ResponderEliminarGostei. Muito.
Beijinhos
Não há melhor lugar para se estar que dentro do abraço de quem se ama. E este espaço, não deve nunca ficar vazio...
ResponderEliminarRetribuindo a visita... vc é um poeta e tanto!
Dolorosamente lindo!
ResponderEliminarrsrsrs...brincadeira. Naturalmente lindo!
Beijo!
"Que a cor outonal
ResponderEliminarEra a satisfação
Dum desígnio cumprido"
Me encantei, me identifiquei, amei!