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Quando me aninhava
Ao serão
No calor do teu colo
Apontavas as estrelas
E a noite nunca era escura
Falavas
Tranquila
Da princesa do bosque
Visão dos eleitos
Com alma de lua cheia
E à noite
Em sonho velado
Eu era o cavaleiro
Valente e alado
Detentor do segredo.
Depois cresci
E o regaço encantado
Já era pequeno
Para saciar o abraço
Do mundo lá fora.
Quando parti
Com o brilho da certeza
Envolveste a dor
Em traje de melancolia
E com a mais bela flor
Adornaste o aedo
Detentor do segredo
De alcançar a princesa.
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Bom saber que ainda se sonham com principes e princesas...
ResponderEliminarOlá vim conhecer seu espaço, lindo!
voltarei pra ler melhor, abraços no teu coração.
COMO ESTOU...
E quando eu te falei de amor
Tu não quiseste ouvir
desviaste o olhar, ao vento...
foste no horizonte buscar nuvens
desejar gaivotas, que voavam além
Mas eu fiquei a sonhar...
a desejar o infinito do teu olhar
A querer teu coração, tua atenção.
Eu te falei de amor, do meu amor.
Do sonho que acalentei, da ânsia...
Do fervor que ardia em mim
Olhando as auroras,
e contemplava o crepúsculo,
a esperar ainda estou,
por um novo amanhecer.
saltitantes valvesta
« E o regaço encantado
ResponderEliminarJá era pequeno
Para saciar o abraço
Do mundo lá fora. »
O regaço confortável que nunca se esquece...amor e ternura num belo poema!
É a primeira vez...gostei muito do que vi...reparei que somos praticamente vizinhos... parabéns! Um abraço!
Olá...Agostinho?
ResponderEliminarÉ lindíssimo, este poema.
O tal colinho, que se tornou pequeno para tão grandes sonhos que lá fora acenavam, nunca se esquece.
E à hora da partida, quando a dor aperta, o regaço consegue camuflar o seu pesar com um ar apenas melancólico...
Lindo! Parabéns!
Até sempre. Beijinhos
Valvesta,
ResponderEliminarFico muito grato pela visita, ainda por cima com um presente imenso, traduzido em poesia.
Obrigado e... volte sempre!
Camila,
ResponderEliminarPois é, aqui tão perto e tão longe...
Obrigado pelas palavras e pela visita, que espero mais frequente.
Um abraço.
Mariazita,
ResponderEliminarSim, o meu nome é Agostinho.
Mãe é eterna. Não há volta a dar-lhe.
Bj
O TEU POEMA É UM ENCANTO...UMA VERDADEIRA PÉROLA...NUM VERSO COUBE TUDO...O MENINO NO REGAÇO DA MÃE E A DEAMANDA ...A BUSCA DA PRINCESA...
ResponderEliminarPARABÉNS POR ESSE MIMO
BJ
"Poema Enorme". Chega?
ResponderEliminarAh,gostei da despontuação.
ResponderEliminarAbraço enorme.
Quanto à conjunção era a copulativa"e".Não era necessária.Estava lá tudo no interior das outras palavras.Continue a escrever a este ritmo e com esta qualidade.É bom o diálogo com as palavras. Elas guardam colos e outros segredos sagrados.
ResponderEliminarPedrasnuas,
ResponderEliminarAinda bem que gostaste. Os teus comentários são sempre um incentivo.
Beijo.
Ibel,
ResponderEliminarNunca me esquecerei que comecei este blogue a partir do seu encorajamento.
Obrigado por tudo.
Aquele abraço.
Permite-me, com todo o respeito e extraordinária doçura com que criaste este poema, abordar este tema, ao jeito metafórico, pegando no seu sentimento, e vê-lo ser conteúdo de uma outra "história”. Para além da interpretação pessoal é, para mim, um tema que está sempre presente na terra, no mar, nos mundos de toda a gente… (embora alguns, infelizmente, apenas conhecem “o abraço/do mundo lá fora”…).
ResponderEliminarSou pingo de água, no colo da mãe-oceano,
Navego aconchegado nas ondas do seu (a)mar
E na concha do meu brincar
Cresço no embalo do seu salino cantar.
Noite e dia, maré cheia ou maré vazia
Danço na cadência do seu abraçar
E sei que lá no fundo, no fundo do mar,
Ela guarda segredos de rir e chorar.
Na brancura do seu espumar
Que vai e vem sem parar
Traz, sem querer contar,
A tristeza de me ver demandar.
No sussurro do meu marulhar
Sabe que já soa a alegria do meu cantar
E eternamente no meu ondular
Guardarei a única pérola do nosso (a)mar.
Na maré destinada ao meu apartar
Vem o cavalo-marinho do meu sonhar
E na concha do meu brincar
Já não sou pingo de água, no colo da mãe-oceano.
Quero navegar, aconchegado nas ondas de outro (a)mar
O colo da sereia, que não pára de me evocar.
Deliciosa a leitura do teu belíssimo poema. Gostei de sentir o calor do colo onde ainda gosto de me aconchegar!
BJ
JB,
ResponderEliminarHá colos que aconchegam toda a vida. São nossos para sempre.
Bj
AC,
ResponderEliminarmais que bonito, o poema extravasou...
num colo de mãe cabe sempre tudo, mesmo que não pareça.
beijo
O possível e o impossível reside na determinação de cada um.
ResponderEliminarSe existe o Amor, irá encontrá-la.
Beijos.
Em@,
ResponderEliminarAh, o colo da mãe, onde tanto de nós se fermenta...!
Beijo.
ღPat.ღ ,
ResponderEliminarA determinação é essencial, sem dúvida.
Bjs
AC ,
ResponderEliminartão saboroso lembrar o aconchego do colo e as bençãos de uma Mãe .
Há dias que tenho saudade / necessidade desse ninho , da mão acariciando a cabeça e de toda a magia envolvente .
Poema lindo !
Um beijo ,
Maria
AC,
ResponderEliminarVim retribuir as suas visitas ao meu espaço e aproveito para lhe dizer que é um encanto o que por aqui encontro.
Este poema particularmente, está mágico. O colo de mãe é um colo que muitas vezes ansiamos deixar, movidos pela sede da independência. Agora que sou mãe, queria que as minhas crias nunca deixassem o colo que eu um dia deixei.
UM abraço :)
Agostinho,
ResponderEliminarJá não me surpreendes, mas dás-me alento com as tuas palavras (ditas ou cantadas)sempre belas, actuais e pertinentes.
Mais um belo poema de AMOR. Sentimento tantas vezes propalado e muito pouco praticado.
Gostei muito. Os comentários anteriores, se é possível, ainda o enriquecem mais.
Abraço
Caldeira
Helga,
ResponderEliminarSinto-me muito honrado com a sua visita e as suas palavras.
Gostei de cirandar pelo(s) seu(s) espaço(s), onde as palavras são bem tratadas e a imagem é sempre invocadora de sensações e sentimentos.
Abraço
Zé Caldeira,
ResponderEliminarSempre presente, obrigado!
Para o próximo mês, no tal almoço, iremos ter oportunidade de dar azo à conversa.
Abraço.
NO CALOR DO TEU REGAÇO MATERNAL NUNCA É NOITE ...É SEMPRE DIA...NÃO EXISTEM MEDOS...NEM RECEIOS...NEM FANTASMAS..POR ISSO SONHAS QUE ÉS O HERÓI ...O CAVALEIRO VALENTE E ALADO EM BUSCA DA TERRA PROMETIDA E DA PRINCESA ENCANTADA
ResponderEliminarUM ABRAÇO AO POETA
"Há dias que tenho saudade / necessidade desse ninho, da mão acariciando a cabeça e de toda a magia envolvente."
ResponderEliminarQuem não tem, Maria? Vem lá do fundo, há coisas que o corte do cordão umbilical nunca poderá separar.
Beijo
Amigo, também eu um dia parti cheio de vontade à procura de outras paragens, mas ainda me lembro dos olhos da minha mãe. Queria que eu fosse, mas ficou com um aperto no coração.
ResponderEliminarUm dia regressei e agora sou eu que cuido dela. Já está velhinha, mas a sua presença ainda me reconforta.
O teu poema é belíssimo.
Abraço
Pedrasnuas,
ResponderEliminarUm dia, em época estival, nadava com agrado em águas cálidas e acolhedoras. Sentia-me tão bem que, sem me dar conta, me fui afastando, afastando... Quando voltei à realidade, a praia estava a "quilómetros" e as forças já não eram muitas. Já tinha conquistado a autonomia, mas sabes de quem, de imediato, me lembrei? Da minha mãe! E a sua imagem ajudou-me a chegar a terra.
Beijo
Jorge,
ResponderEliminarO teu comentário diz muito.
Cuida bem dela, alentejanão!
Um abraço.
Um poema que contém muito encantamento. Adorei. Um beijo.
ResponderEliminarGraça Pires,
ResponderEliminarFico sempre contente com a sua visita. Ainda por cima com encantamento.
Beijo.
lindo poema e linda foto.
ResponderEliminarum abraço com carinho!
Numa passadinha rápida deixo abraço e votos de bom resto de feriado.
ResponderEliminarBeijinhos
Bem-vinda a este espaço, Luana!
ResponderEliminarBj
Obrigado, Mariazita!
ResponderEliminarEsta pausa veio mesmo a calhar, pois o cansaço tem garras.
Bj
Partimos, é certo, mas creio que, na necessidade do colo, coração de filho será sempre criança...
ResponderEliminarP.S: Uma vez mais, obrigada.
E.A.,
ResponderEliminarBem observado, coração de filho fica sempre moldado ao ninho, por maiores que sejam os trilhos depois da partida.
Bj
Que saudade me deu agora do tempo em que me aninhava ao serão...mas, recordar é viver.
ResponderEliminarEncantada com o poema!
Bjs
Lilá(s),
ResponderEliminarHá coisas que transportamos em nós para sempre, e a saudade desse tempo é uma delas.
Bj
AC ,
ResponderEliminarAntes de mais , agradeço a gentileza da sua lembrança .
Indica-me um seu poema , postado em 24 / 01 /10 , dizendo _ espero que goste _ .
Não gostei , Amei .
E as violetas não são o motivo . O poema é lindíssimo .
Vou roubar um pouco mais de espaço ...
Já era tarde, mãe
E a translação
Em relógio solar
Deixava sulcos
Calados e profundos
Na vontade
Do teu respirar.
Ainda falavas
Com entusiasmo
Da Maria menina e moça
Quando à tardinha
No fontanário
Em apelo de mulher
Trocava olhares
Dissimulados
Com o príncipe aldeão
E as violetas
Deslumbradas
Davam as mãos
Na elaboração do cenário
Que formalizava
As razões do coração.
O sol já se despedia
Para lá do monte
Mas ainda sentia
No teu olhar
O aroma das violetas
Que engalanou
Naquele fim de tarde
Com emoção e sem tino
O oráculo que descrevia
Num voar de cotovia
A luz do teu destino.
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Publicada por AC em 18:57
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Um beijo ,
Maria
Fico muito contente por ter gostado, Maria!
ResponderEliminarBeijo