quinta-feira, 3 de junho de 2010

MAIO

..
.
Maio florido
Alquimia de odor envolvente
Ainda motiva Cupido
Com dardos em tom sustenido
A tocar o amor inocente.
.
.
.

22 comentários:

  1. A "velhice" tem destas coisas. Sem esperar tive de me deslocar à Capital para efectuar uns exames médicos (cá está um handicap da interioridade) razão pela qual não acompanhei a corça que queria ter asas e não comentei. Aproveito este Maio florido para comentar os dois belíssimos textos.
    Sonhar é a essência da vida. Até o Rómulo de Carvalho (Gedeão)o afirmava com convicção. É pelo sonho que vamos e, conseguimos muitas vitórias e ultrapassamos as nossas limitações.
    Também é pelo sonho que mantemos o amor ardente da Juventude pelo Ser amado. E que bom é sentirmo-nos vivos e capazes de amar. Amar o outro; amar a diferença; amar a beleza dos campos e a Primavera em flor. Amar a vida e envelhecer com o espírito irrequieto da criança, do adolescente e do jovem adulto. Amar serenamente, sem explosão mas com ardor, entrega, doação.
    Maio dos nossos avós enamorados que diziam: "Ai dias de Maio, dias de amargura. Ainda agora nasceste já é noite escura". O Paradoxo do amor já se mostrava nos tempos longínquos em que o amor platónico era vigente.
    Abraço e parabéns mais uma vez. Chateia-me ser repetitivo a dar-te os parabéns mas tu mereces.
    Caldeira

    ResponderEliminar
  2. Subscrevo tudo o que o Caldeira diz.E que belo comentário merecido.
    Leia o seu poema em voz alta e escute a música que dele emana.

    ResponderEliminar
  3. Muito belo o poema. Maio por aqui é o mês das mais belas flores e das mais gostosas cerejas.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  4. Zé Caldeira,
    Sinto-me muito grato por seres meu leitor. E mais não digo.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  5. Ibel,
    É sempre um enorme prazer recebê-la neste espaço. Que também é seu.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  6. Graça Pires,
    "Maio por aqui é o mês das mais belas flores e das mais gostosas cerejas."
    Palavras acertadas, se estiver a referir-se à Cova da Beira. É destes lados?
    Descobri há pouco tempo o seu blogue. Gostei muito do que vi.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  7. Assino e subscrevo o anteriormente dito.
    Parabéns, AC, ainda bem que aprendei o caminho para cá.
    beijo

    ResponderEliminar
  8. A primavera do amor é sempre um novo devir. Beijos!!! Adorei teu blog!

    ResponderEliminar
  9. Em@,
    Espero que seja um caminho permanente.
    Bj

    ResponderEliminar
  10. Tânia,
    Obrigado pelas palavras simpáticas.
    Bj

    ResponderEliminar
  11. FICO-TE IMENSAMENTE GRATA PELO COMENTÁRIO QUE ME DIRIGISTE...E OS TEUS COMENTÁRIOS SÃO SEMPRE ESPECIAIS...
    O MÊS DE MAIO...JÁ CANTAVA ZECA AFONSO...

    "QUANDO VEM O MÊS DE MAIO,DE MUITO LONGE,DE TÃO LONGE AS FLORES SÃO MAIS LIVRES NA ALMA DO MAR...DEPOIS NINGUÉM SABE PARA ONDE VAI O MÊS DE MAIO...SE AO MENOS DEIXASSE UMA ROSA A CANTAR POR CÁ, SEMPRE ERA UMA FLOR A ABOTOAR-SE NO NOSSO PEITO..."-IDÁLIA FARINHA

    ABRAÇO PRIMAVERIL

    ResponderEliminar
  12. Pedrasnuas,
    Obrigado pelo excelente contributo. E, quem sabe?, talvez o mês de Maio acabe por deixar, um dia, uma rosa a cantar.

    Abraço

    ResponderEliminar
  13. Há tanta beleza neste poema , que se algo disser , estrago .

    Bem , mas afinal vou dizer ... gosto muito .

    Um beijo ,
    Maria

    ResponderEliminar
  14. Com o Cupido de permeio e tantas flores coloridas, quais os versos que resistiriam a tanta beleza???

    Que o feriado tenha sido bom... as férias estão à porta.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  15. Tal como Cupido, o teu poema “feriu-me” os sentidos. Os ferimentos provocados pelas palavras que “atiraste” (só mesmo os poetas têm esta excelente pontaria!:))despertaram um enorme prazer em te ler.

    As setas foram lançadas…!
    De amarelo, a azul prateadas,
    Vi flores serem alcançadas
    E em bálsamo lilás desmaiadas
    Renasceram sementes abençoadas.

    As palavras foram atingidas…!
    De veludo, a seda alvorecidas,
    Senti-as no corpo despidas
    E em danças envolvidas
    Marcaram primaveras esquecidas
    Em luas de Maio apetecidas.

    Os dardos foram apontados…!
    De néctar, a lágrimas envenenados,
    Ouvi os arcos preparados
    E em acordes meio desafinados
    Os sentidos foram despertados
    Em corpo e alma apaixonados.

    Parabéns, Agostinho! Com tão poucas palavras acertaste em cheio na essência do coração.

    ResponderEliminar
  16. Sinto-me envolvida na paisagem ali algures entre os amarelos, laranja e o lilás! poema tão curto e que tanto me diz!
    Bjs

    ResponderEliminar
  17. Tanto que diz em tão escassas palavras... Como se cada uma delas estivesse coroada de perfeição.

    ResponderEliminar
  18. Maria,
    Não estraga, antes pelo contrário.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  19. Mariazita,
    Obrigado. Os dias com maior disponibilidade aproximam-se, de facto, e talvez reste alguma para olhar em volta com maior acuidade. Imprimiram ao nosso mundo uma tal velocidade que há que ter a serenidade suficiente para filtrar o que realmente é importante.

    Bj

    ResponderEliminar
  20. JB,
    As palavras às vezes têm o condão de tocar em teclas interiores, que despoletam acordes traduzidos em palavras como as tuas.
    Tecla, JB, tecla! :)

    ResponderEliminar
  21. Lilá(s),
    Os tons da paisagem estão mesmo à sua medida. Ainda bem que o poema lhe diz algo.

    Bj

    ResponderEliminar
  22. E.A.,
    Ainda bem que gostou, e ainda bem que é minha leitora.
    Bj

    ResponderEliminar